segunda-feira, 23 de março de 2009

Luiz Trigo - Os melhores momentos em 50 anos (6)

Padrinhos e afilhados

Batizar uma pessoa é algo belo e sério. Tem a ver com amizade, com família e, claro, com Deus. Minha posição frente à religião é simples: sou católico liberal e escolho os padres (como escolheria rabinos, pastores ou pais-de-santo) que eu penso serem edificantes para minha vida espiritual. Não é qualquer um que pode nos acompanhar, em qualquer campo da vida, seja profissional, amoroso ou espiritual. Então abro com uma homenagem a dois honoráveis padres: Padre Cláudio Menegazzi, à esquerda, e Cônego Carlos Menegazzi, à direita. Cláudio é meu amigo há 45 anos, desde que tínhamos cinco anos de idade e fomos estudar no Colegio Sagrado Coração de Jesus, em Campinas (tem uma foto nossa nas primeiras postagens de 50 anos). Seu tio, Cônego Carlos, está em sua missa de celebração dos seus 60 anos de sacerdote.


Participei de uma comunidade de jovens em Campinas e o Cônego Carlos era o pároco que nos aturou durante anos. Tivemos a sorte de ter um sacerdote íntegro, sábio e (muito) paciente para nos acompanhar. É uma pessoa que possui laivos de santidade, certamente uma das melhores que conheço.


Meus pais se casaram na igreja, na Catedral de Campinas. Aí estão eles, em 1958, na festa de casamento.

Mas uma pessoa que também muito me marcou foi meu avô materno, o Juvenal, sentadinho ao lado da minha avó com algum primo no colo. Minhas fotos com ele estão muito apagadas, uma pena. Ele era da Irmandade do Santíssimo Sacramento da Catedral de Campinas e tinha uma fé serena, sem neuroses. Foi um ótimo exemplo para mim de dedicação tranquila. Morreu quando eu tinha cinco anos. Foi meu padrinho.

Minha avó materna está ao centro da foto (maio de 1970) a matriarca e minha madrinha. Ela ajudou a me criar, pois minha mãe (na foto, bem atrás da avó) trabalhava como professora de história e já tinha se separado do meu pai. Eu estou ao seu lado, com 11 anos de idade. Ela morreu quando eu tinha 13 anos. Meus avós me batizaram e me legaram um exemplo simples, direto e honesto de vida no pouco tempo em que convivemos.

E eu tive a graça de batizar cinco pessoas. Minha primeira afilhada foi a Camila (em pé), filha dos meus primos Carla e Kléber. Foi um batizado especial, pois sua vida foi um presente para a família. Sentadinho está o seu filho, Gabriel.


Meu segundo afilhado foi o Pedro Henrique (à esquerda, ao lado de seu irmão Caio). Ele é filho da Raquel e do Fernando (à direita), velhos amigos do tempo da comunidade. Aliás, a amizade com minha prima Carla, cresceu justamente porque ela fazia parte da mesma comunidade de jovens.

O Aluísio é outro amigo que conheci na comunidade, casou com a Maristela em Campinas e tiveram o Marcelo, meu terceiro afilhado. Ele fez o doutorado em Londres onde tiramos essa foto, no Natal de 1995, comendo uma típica ceia britânica. Quem batizou o Marcelo foi um padre também amigo, o Geraldo Labarriére S.J., um dos sacerdotes corajosos e porretas que conheço.

O Celso é irmão da Carla, minha primeira comadre. Ele teve uma filha com a Ana Maria, a Isabela, e aqui estamos a batizá-la. O padre é outro amigo, o Divino, conhecido desde 1973, nos tempos dos movimentos de jovens.

Minha quinta afilhada é a Aléxia (no colo), filha da Ingrid (de costas) e do José, também meu amigo dos tempos de comunidade, amigo do Aluísio e conhecido dos meus primos. É toda uma rede de amigos e parentes que tem um passado comum. Quem batizou a Aléxia foi o mesmo padre Divino.

O Diego, filho da Maria Clara (veja fotos na postagem de sua formatura), não é um afilhado formal mas é como se fosse. A amizade que tenho com sua mãe, que completa 30 anos em abril, vem dos tempos da Abreutur.
Não tenho filhos. Ainda não leguei a ninguém o mistério da minha existência. Por outro lado, já plantei muitas árvores, escrevi alguns livros, tenho afilhados(as) muito legais e até mesmo alguns discípulos do coração.

7 comentários:

Dôglas disse...

Trigo,
Dependendo da herança, cogito a eleição para "filho adotivo".

Você tem um lado família cristã que eu nunca poderia imaginar. Já batizei dois também. É tamanha responsabilidade mesmo? Ninguém me avisou disso.

Abraço,
Douglas

Dôglas disse...

Trigo,
Dependendo da herança, cogito a eleição para "filho adotivo".

Você tem um lado família cristã que eu nunca poderia imaginar. Já batizei dois também. É tamanha responsabilidade mesmo? Ninguém me avisou disso.

Abraço,
Douglas

Dôglas disse...

Trigo,
Dependendo da herança, cogito a eleição para "filho adotivo".

Você tem um lado família cristã que eu nunca poderia imaginar. Já batizei dois também. É tamanha responsabilidade mesmo? Ninguém me avisou disso.

Abraço,
Douglas

Unknown disse...

Como disse o Dôglas, a responsa é grande!! rss

É bom saber que posso sempre contar com vc!!

Grande abraço!!!

*Filho adotivo

Anônimo disse...

Lindo mesmo tio!! tudo de bom!! e mais 50 anos pra frente certeza! amu vc muito!!,,
Obs: vc ainda tem essa camiseta do E.T. muito style rs - beijones jones rs

Anônimo disse...

Camila disse! hauhau não apareceu meu nome na de cima rs - bjussss

Unknown disse...

Luiz,
Realmente os dois padres tem uma profunda vivencia vocacional!
Na questao nao ter filhos, compartilho com vc, pois sempre questionei a continuidade da minha vida, num filho gerado por mim!Por enquanto sou madrinha de Claudia e Miguel Augusto e sou feliz com a existencia deles!!( pc sem acentuacao)
Abraco
Maria Paula