sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Biblioteca Felix Tomillo chega na USP-Leste


Quando há boa vontade e disposição favorável as coisas rolam muito bem. Hoje (dia 26) chegou na USP-Leste a biblioteca especializada em cultura e turismo, doada por Felix Tomillo, de Valladolid, Espanha (vide postagens anteriores).

O projeto foi viabilizado pela TAM Cargo, que realizou o transporte intercontinental, e por toda a equipe administrativa da Universidade que apoiou totalmente o projeto.

Rosa é a diretora da biblioteca da EACH e sua equipe esteve conosco na entrega dos livros, supervisionando as 382 caixas e analisando as condições iniciais do acervo.

A transportadora Transpallet é parceira da TAM e participou da gentileza de entrega da biblioteca entre o aeroporto de Guarulhos e a USP-Leste. O acervo chegou em doze pallets, quase nove toneladas distribuídas.

O fotógrafo Hans Georg foi contratado pela assessoria de imprensa da TAM para fazer a cobertura fotográfica do evento. Esse tipo de de apoio à cultura é importante e deve ser divulgado amplamente. É a contrapartida que a Universidade oferece e serve de exemplo para outras empresas que podem ajudar a sociedade com atitudes concretas e altamente edificantes.

Marcelo é motorista do caminhão. Como só tínhamos dois ajudantes, ele mesmo colocou mãos a obra e ajudou a retirar as caixas dos pallets.

Foi uma operação árdua e deliciosa. O dia estava perfeito, não tinha sol e nem fez o calor escaldante que torrou a cidade durante a semana. E tampouco choveu. O céu nublado e a brisa fresca amenizaram nosso trabalho.

O trabalho foi feito pelo Flávio e Renato, funcionários da USP ...

... e por cinco professores do nosso curso de Lazer e Turismo, voluntários, que ajudaram a descarregar a biblioteca. Acima os professores Edmur e Sidnei descansando após carregar todas essas caixas.

O trabalho levou quase três horas. Foi um cansaço sadio e estimulante.

Sidnei e Reinaldo em pleno trabalho de campo. São todos doutores, pesquisadores e excelentes professores e sabem que às vezes precisamos fazer aquele algo mais pelo que acreditamos. Eles escrevem, lêem, criticam e, se preciso, até carregam os livros.

As caixas estão armazenadas numa sala especial da USP-Leste. Os próximos passos serão: retirada do acervo, organização em estantes em ordem alfabética de título e triagem geral (separação de livros, periódicos, folhetos e documentos). Depois o pessoal da biblioteca fará a higienização, limpeza e catalogação de todo o acervo. Finalmente, daqui a alguns meses, estarão a disposição de alunos e pesquisadores de todo o país. Precisaremos de patrocínio para agilizar esse processo, se alguém está disposto é só nos contatar.

Enfim, a primeira parte do projeto está terminada. Eu e Panosso agradecemos à direção da EACH, aos funcionários, ao nosso coordenador (Prof. Uvinha), aos professores que nos apoiaram desde início até hoje e, especialmente, à TAM.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

EACH - USP Aulas Magnas 2010


A USP possui uma tradição de abertura do ano letivo com aulas magnas. Este ano a comissão organizadora da semana de recepção dos novos alunos resolveu convidar gente da casa, que desde o início ajuda uma imensa equipe de funcionários, docentes e alunos a construir a Escola de Artes, Ciências e Humanidades, entrando em seu sexto ano de operação. As aulas foram na terça-feira, 23 de fevereiro.

No período da manhã o Prof. Ulisses Araújo (educador e psicólogo), falou sobre o projeto inovador da EACH, sobre as novas propostas educacionais e os desafios de trabalhar com instrumentos pedagógicos mais interativos como o cilco básico e a Resolução de Problemas.

No período da tarde, o Prof. Luis Menna Barreto (especialista em cronobiologia e estudos sobre o sono) falou de sua história na USP (30 anos de docência) e o que se espera de uma universidade pública, seus compromissos, obrigações e direitos ao cumprir as metas de ensino, extensão e e pesquisa que se espera de uma instituição de qualidade.

E à noite eu (Luiz Trigo, áreas de turismo e filosofia), falei sobre a Universidade no contexto da sociedade e da ética. Comentei sobre as responsabilidades individuais e sociais, a vida acadêmica e profissional, as escolhas que cada um deve fazer, com lucidez e coragem, para viver bem e articulado com outras esferas dessa sociedade. Fiz relações entre liberdade, tempo e responsabilidade, articulando conceitos e experiências sobre a vivência acadêmica, cultural e socio-política.

Foi uma terça-feira plena, assisti às aulas dos meus colegas e pude curtir, mais uma vez, a amplitude e a complexidade do processo de consolidação de uma universidade. Essa semana terá várias atividades para inserir os novos alunos na realidade da USP. O tema da semana é Ser EACHIANO, uma boa reflexão sobre o que é viver uma universidade pública.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

EACH-USP ganha biblioteca da Espanha

Texto: Luiz G. G. Trigo e Alexandre Panosso Netto
Fotos: Alexandre Panosso Netto

A Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da Universidade de São Paulo (USP) recebeu um presente significativo neste início de 2010. Trata-se de uma biblioteca especializada em história da Europa e da arte, ciências sociais, viagens e turismo, com aproximadamente oito mil livros e dez mil documentos sobre destinos turísticos de todo o mundo. O problema é que ela estava em um depósito na Universidade Européia Miguel de Cervantes, na cidade de Valladolid, Espanha, a 210 km de Madrid. A TAM resolveu o problema do transporte das quase nove toneladas de informação ao trazer gratuitamente esse material para o Brasil e assim ajudar a construir o centro de documentação e investigação em lazer e turismo que se originará desse acervo e será referência no Brasil.




O professor Felix Tomillo em seu escritório.
Francisco Muñoz de Escalona y Lafuente (doutor em economia do turismo) degusta uma Ypioca, levada por Alexandre Panosso, do Brasil, com Félix Tomillo Noguero, o doador do acervo.

Francisco de Escalona, Alexandre Panosso e Felix Tomillo, em Valladolid, acertando os detalhes do transporte da biblioteca para o Brasil (depois de brindarem com a Ypioca e antes de brindarem com vinho espanhol).

A biblioteca pertencia à Escola Superior de Turismo de Valladolid, uma instituição privada fundada em 1967, sendo seu diretor o professor espanhol Felix Tomillo Noguero. A escola deixou de existir em 2004, por mudanças na legislação espanhola sobre o ensino superior. Nesse momento todo o acervo foi transferido, provisoriamente, para a Universidade Européia Miguel de Cervantes. Nesse período (2007) o professor Felix já havia estabelecido um relacionamento de cooperação e pesquisa com o professor Alexandre Panosso Netto, do curso de Lazer e Turismo da EACH/USP. Nas conversas sobre o futuro daquele material, ao longo de 2009, Felix ofereceu o acervo completo ao Alexandre Panosso, com a recomendação de que fosse encaminhado a uma instituição pública brasileira e ficasse à disposição de todos os interessados em pesquisar e conhecer mais sobre o os temas ali disponíveis. Claro estava, para Panosso, que o destino da biblioteca seria a USP.


No final de novembro de 2009, o professor Luiz Gonzaga Godoi Trigo, também do curso de Lazer e Turismo da EACH/USP, estava em Manaus em um evento (Feira Internacional da Amazônia) onde a TAM estava presente, com a equipe de Carlos Alberto P. M. Amodeo, diretor de carga da empresa. Depois de uma conversa, Carlos Amodeo entendeu imediatamente a importância de se trazer a biblioteca para o Brasil e ofereceu prontamente ajuda.


Enquanto isso, na EACH, Panosso e Trigo conversavam com a direção, o pessoal da biblioteca e da infra-estrutura da universidade para acertar os inúmeros detalhes que compreendem a aceitação de uma doação desse porte. Desde o diretor que terminava seu mandato, Prof. Dante de Rose Junior, até o novo diretor, empossado em fevereiro de 2010, Prof. José Jorge Boueri Filho, deram apoio total ao projeto.

Em 14 de janeiro Alexandre Panosso foi até a Espanha cuidar pessoalmente da triagem, organização, processamento, embalagem e despacho do material para o transporte. A TAM enviou uma equipe até Valladolid para recolher o material e enviar até o aeroporto de Barajas, Madrid, de onde a carga seguiu para o Brasil entre os dias 28 e 29 de janeiro.


Na próxima fase de trabalho estão limpeza, conserto, catalogação, organização e inserção de cada livro ou documento no Sistema de Bibliotecas da USP, para, enfim, disponibilização para consulta dos usuários de todo o país. Por último ainda pretende-se a criação do centro de documentação e investigação em lazer e turismo, que também deverá ser fundado na EACH/USP, o que deverá levar aproximadamente 2 anos para que o projeto esteja completo.


Felix Tomillo feliz em ver que a sua biblioteca não ficará abandonada, mas terá uma longa vida nos trópicos. Trabalho quase terminado, as 382 caixas foram montadas e numeradas ...

... para conter todo o acervo.

Desde os nomes mais conhecidos dos estudos turísticos espanhóis até relatórios e outros documentos importantes ...

... tudo foi levado para vans e caminhões, por profissionais de carga e mudança. Um detalhe, a TAM transportou a biblioteca das portas da Universidade, em Valladolid, até dentro da EACH, em São Paulo.

Das estantes ao caminhão foi um trabalho duro que levou mais de uma semana.

Dados aproximados do acervo

Temas principais: história da Europa e da arte, ciências sociais, viagens e turismo.

Livros: 8.000

Teses: 500

CDs: 500

Folhetos turísticos de todas as regiões do mundo: 8.000

Peso bruto: 8.750 quilos.

Coordenadores do projeto: Alexandre Panosso Netto e Luiz Gonzaga Godoi Trigo (professores do curso de Lazer e Turismo da EACH/USP).

Agradecimentos especiais: TAM Cargo na pessoa de Carlos Amodeo, por entenderem imediatamente a importância de um projeto cultural desse porte e a equipe da EACH-USP, nas pessoas do ex-diretor Dante de Rose Junior, e do atual diretor, José Jorge Boueri Filho.

A biblioteca está no aeroporto de Guarulhos aguardando liberação. Assim que chegar na EACH faremos outra postagem.


quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

2010 - O que devo saber?


Terminando o carnaval, os anos fiscal, letivo, político e outros se intensificam em atividades e projetos, objetivos e metas a serem cumpridas, erros a serem corrigidos e cenários a serem desvelados.

O contexto em que vivemos caracteriza-se pela falta de tempo. Há uma pressão objetiva e difusa de sabermos o que acontece, como acontece e o que vai rolar nos próximos minutos. Se você não percebeu isso é porque está fora do jogo que estamos falando. Se já percebeu então precisa basicamente de ferramentas simples e eficientes que não te façam passar por otário(a) numa conversa com gente acima do nível médio, que lê mais do que uns quatro livros por ano, assiste filmes descolados e conhece alguma coisa fora de sua região geográfica imediata.

Como não dá para ler todos os livros, teses, artigos e reportagens, eu indico algumas revistas básicas para saber o "estado da arte" das coisas mundanas, corporativas, políticas, sociais, ambientais e culturais. O anuário da The Economist é bem legal. Leio a uns vinte anos e agora ele é traduzido integralmente pela Carta Capital. Tem o perfil dos países, regiões, temas importantes, setores da economia e tendências. Para mim é melhor anuário disponível em português e um dos melhores em língua inglesa.

Uma outra publicação interessante, mas que sai irregularmente, é o Atlas do Le Monde Diplomatique. Há edições em francês, inglês e espanhol. O Atlas saiu em 2004, 2007 e agora está na terceira versão (2009-2010). É dividido em cinco seções: Novas relações internacionais de forças; O mundo visto desde...; Os desafios da energia; Conflitos que persistem; e África na encruzilhada. O jornal Le Monde Diplomatique em português é mensal e possui uma visão social de esquerda face à problemática mundial, além da indicação de preciosos sites sobre os temas analisados. Possui um texto bem didático e fundamentado.

A revista Exame é quinzenal. Ótima para acompanhar o mundo econômico, os investimentos, as questões corporativas e políticas relacionadas aos setores produtivos. O anuário saiu no final de dezembro de 2009.

Seja na universidade, nas empresas, setor público ou terceiro setor, a informação é fundamental para superar a vala comum dos "achismos", a pobreza da superficialidade conceitual e a mediocridade das opiniões baseadas em nada.

Além dessas revistas, claro que é preciso manutenção do conteúdo em livros, sites, mídia eletrônica de massa (TV, cinema), artigos acadêmicos e uma cipoal de fontes de informação e conhecimento.

Divirta-se. 2011 vem aí.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

EACH/USP - Trote 2010

Hoje foi o primeiro dia de matrículas na USP. Com os bichos, vieram as brincadeiras, o bom humor e o ritual de passagem da vida adolescente (ok, uns ficam nessa até os trinta - ou mais) para a grande formação acadêmica. Um rito medieval, na verdade pagão, como vários dos ritos que existem hoje em nossas igrejas e palácios governamentais, quartéis e corporações.

As experiências anteriores (é a sexta turma da Escola de Artes, Ciências e Humanidades - EACH) mostraram que uma boa organização é fundamental para a parte burocrática e para a parte festiva. Os funcionários(as) deram uma amostra de eficiência e bom atendimento aos alunos, pais, amigos, vizinhos, avós e tias que acompanharam a cria à Universidade.

A festa rolou tranquila. Ficou muito bem acertado que a farra é boa mas tem que ser voluntária. Quem quiser brinca, quem não quiser fica na boa, sem cortar cabelo, pintar o corpo e rolar na grama. Vários professores foram ver a alvorada acadêmica despertar mais uma vez.

A maioria quis brincar e festejar. Os alunos estão de parabéns pela organização, consciência de cidadania e bom humor com que organizaram as boas vindas dos novos alunos(as).

A Universidade é um espaço de formação e reflexão, mas também de crítica e contestação, mas junto ao bom humor. A sátira, a ironia e a informalidade são, necessariamente, parte da academia...

... e a festa é parte indissolúvel da sociedade. É melhor festejar que lamentar.

E todo mundo que atinge um objetivo na vida tem mais é de relaxar e comemorar a vitória.

As barracas dos cursos mostravam suas qualidades...

... e talentos criativos.


Em resumo:

Dias e dias de estudo...................... 1x
Noites e noites de resguardo.......... 2x
Tempos de incerteza e angústia.....5x

Entrar na universidade desejada............ não tem preço.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

UOL - Assistência Técnica irritante

Sabe o que faço agora, domingo à tarde, em casa? Aguardo atendimento UOL para resolver uns probleminhas da impressora.


Eventualmente a gente precisa desse maldito serviço a distância (telefone e internet) e aí a trilha kafkiana se inicia. Você liga. Se não estiver ocupado, atendem. Ouve uma gravação. Tecla agumas respostas. Depois de muito tempo alguém uma pessoa te atende. Pergunta tudo de novo. Checa sua identidade. Pergunta o que aconteceu. Passa para um especialista. Ele te atende, orienta etc. Faz conexão remota, começa a vasculhar os programas, firewall e o tudo o mais
Daí a ligação cai. Depois de meia hora o sistema da empresa derruba, troca ou ferra de agum modo sua ligação. Isso já aconteceu com a American Express e outras empresas.
Você tem que ligar novamente e passar pelo mesmo trilho kafkiano novamente.
Perguntei, porque nao ligal de volta para o cliente qe estava no meio do atendimento.
Porque o sistema, muito estúpido, nao permite ligações para evitar que os funcionários fiquem ligando poroutras coisas que não o serviço. Mas o sistema não é seguro o suficente para manter uma chamada sem problemas. Essas ligações duram de vinte a quarenta minutos. Já fiquei mais de uma hora para resolver uma encrenca. Então quando a chamada se perde gasta-se o dobro de tempo para entar resolver algo e estraga o bom humor.
Os técnicos que aendem são bons e pacientes, o problema são ligações que e depois outro tempo enorme para ser atendido novamente.
Será que a UOL e outras empresas poderiam pensar em como resolver isso? Qua parte da frase "o cilente está cheio de ser enrolado" as pessoas custam a entender?

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Coisas domésticas

Em fevereiro de 2009 resolvi fechar com vidros basculantes a varanda do meu apartamento que fica no 24º andar. O condomínio indicou umas empresas, escolhi uma e semanas depois a coisa ficou pronta. É uma beleza, desde que não vaze água. E a minha vazava. Reclamei, a empresa mandou duas vezes funcionários para arrumar e nada. Agora veio uma equipe que descobriu que os trilhos da base não estavam devidamente forrados com silicone. Como é uma empresa decente desmontaram tudo e resolveram o problema.

Esse é o Elias. Para verificar o que estava errado ele foi para fora da varanda, sem proteção alguma, e viu o que causava a enchente doméstica.
Perguntei se ele não gostava do cinto de segurança. Disse que atrapalhava. Está bem, se cair é uma vez só.

Esse não tem medo de altura.
Não façam isso em casa. Depois de horas de trabalho - dentro da varanda - ficou tudo pronto de novo. Aguardo a chuva diária para ver se funciona.