segunda-feira, 30 de maio de 2011

Culto à Ciência - Turma de 1977


No último sábado (28 de maio de 2011), participei de uma experiência que envolveu profundamente a memória, a história pessoal e a emoção. Foi num restaurante chamado Vila Paraíso, no distrito de Joaquim Egídio, em Campinas (SP), onde encontrei meus colegas da turma de 1977, quando terminei o nível médio.


Estudei o antigo "primário" (nível básico) num colégio de freiras (Colégio Sagrado Coração de Jesus, que já fez 100 anos e fiz uma postagem a respeito) e o "ginásio" e o "secundário" no tradicional e austero Colégio Estadual Culto à Ciência. Era uma escola pública, mas dos velhos tempos, com exame de admissão, bons professores e muito bem equipada. Meu curso secundário foi o Técnico de Turismo, dividido entre o Senac Campinas e o Culto à Ciência. O ano de 1977 (ano de lançamento do primeiro Star Wars), foi quando terminei o colégio e prestei o vestibular (eu pensava: "que a força esteja com você!") e assim passei na Fuvest. 

Em 1996, quinze anos depois de graduados, fizemos uma primeira reunião em Campinas. Depois nunca mais. Agora, 34 anos depois, alguns colegas organizaram um evento mito gostoso e descolado (e bem estruturado) para a gente se rever. Foi uma alegria só.


Estamos todos com uns 51 ou 52 anos de idade. Acho que estamos envelhecendo bem. À esquerda meu compadre Aluísio, que veio de Pelotas (RS) especialmente para o encontro. As outras meninas são todas da turma, mas de outra classe, diferente da minha.


Teve até um museu com as antigas carteirinhas de estudante ...


... e a literatura juvenil da época.


Várias dessas eram da minha classe de Turismo. Teve gente que veio de New York, Miami e outros lugares do Brasil e do mundo.


Como foi possível reencontrar tanta gente? Redes sociais, paciência dos quatro organizadores e muita vontade da gente se rever em tantos espelhos da memória coletiva e individual.


Nesses encontros há perspectivas interessantes. Você imagina que no alto dessa cabeça tão brilhante um dia houve uma touceira de cabelos encaracolados de fazer inveja a um rapper contemporâneo?


Foram quinze anos do último encontro até agora, 34 anos desde que deixamos o colégio rumo à Universidade e à vida adulta. Foi um encontro da maturidade. Um momento de se defrontar com o que nos tornamos, com o que fizemos com as coisas que a genética e a cultura nos legaram. Muitas histórias aconteceram, histórias cujos finais conhecemos ou, hoje, são bastante previsíveis e portanto não adianta se preocupar muito. Nos vemos no fluxo do tempo e sabemos que ele é finito para os seres mortais mas isso não impede que a gente celebre a vida e o prazer de viver que nos cerca a cada momento. Aliás, se a gente pensar bem temos é muito a agradecer. 


Algumas amizades se solidificaram e permanecem. Acima (da esquerda): Douglas, eu, Rodrigo, Geraldo e Dante.

Esse, ao centro, é o João Guilherme, um dos organizadores do evento.


Dante, eu e Éder, lembrando as  o tempo antigo e contando as novidades que surgiram ao longo das últimas décadas.

Teve a indefectível foto com toda a turma (tinha umas 140 pessoas) em meio às árvores.


E o Ortolano, outro dos organizadores falou ao povo. Hoje ele é chef (alta gastronomiae sua filha foi minha aluna na PUC-Campinas.


Foi uma boa época. Era um colégio tradicional e respeitadíssimo em Campinas. Em 1974, participei das festividades dos cem anos do colégio e assisti à abertura da cápsula de tempo enterrada na porta principal do edifício. Era também um tempo de autoritarismo e alguns professores e inspetores de alunos incorporavam as mazelas do regime. Porém o importante é que tivemos uma boa formação e a grande maioria dos egressos possui hoje uma posição digna e respeitada na sociedade. Deixo um trecho histórico sobre o colégio e no link abaixo pode ser encontrada toda a sua gloriosa e exuberante história.


"No dia 12 de janeiro de 1874 deu-se, como estava anunciado, o ato solene da inauguração do Colégio Culto à Ciência, no belo edifício construído pela Associação no fim da rua Alegre (atual Culto à Ciência). A solenidade correu entre grande entusiasmo e expansões de júbilo, mostrando a gente desta terra que bem sabia avaliar o significado do grande feito.
O vigário da paróquia de Santa Cruz (hoje Matriz do Carmo), padre Francisco de Abreu Sampaio procedeu, com todas as cerimônias do ritual católico, ao benzimento do novo edifício, percorrendo todas as salas. Concluída esta solenidade, a diretoria do Culto à Ciência, constituída do presidente comendador Joaquim Bonifácio do Amaral (depois Visconde de Indaiatuba), secretário dr. Manuel Ferraz de Campos Salles, vice presidente Antônio Pompeu de Camargo e drs. Jorge Krug e Cândido Ferreira da Silva Camargo tomou assento em lugar adrede preparado numa das salas de aula, que se achava repleta de famílias e cavalheiros."


Teremos outra reunião, com certeza, afinal em 2017 completaremos 40 anos de colegial. Nos guardem e até lá!

sábado, 28 de maio de 2011

Piadas corporativas - a vez das infames

Para terminar a semana, uma penca de piadas infames, do tipo:

- Você gosta de piada infame?
- Não, eu prefiro inlorenzetti...


Viu? É daqui prá baixo.


Dois litros de leite atravessaram a rua e foram atropelados. Um morreu, o outro não, por quê?

Por que um deles era Longa Vida... 

Por que o elefante não pega fogo?
Porque ele já é cinza 

Se o cachorro tivesse religião,
 qual seria? 
Cão-domblé 

O que o cavalo foi fazer no orelhão?
 
Passar um trote... 

O que dá o cruzamento de pão, queijo e um macaco? 
X-panzé 

O que o tomate foi fazer no banco? 
Foi tirar extrato... 

O que a galinha foi fazer na igreja? 
Assistir a Missa do Galo. 

Como as enzimas se reproduzem? 
Fica uma enzima da outra 

Por que a Coca-Cola e a Fanta se dão muito bem? 
Porque se a Fanta quebra, a Coca-Cola! 

Por que não é bom guardar o quibe no freezer?
Porque lá dentro ele esfirra.
 
Por que as plantas novinhas não falam?
Porque elas são mudinhas. 

Por que o galo canta de olhos fechados? 
Porque ele já sabe a letra da música de cor 

Por que o Batman colocou o batmóvel no seguro?
Porque ele tem medo que robin 

Por que Perón não teve filhos? 
Porque sua mulher Evita! 

Como o Batman faz para que abram a bat-caverna?
Ele bat-palma.
 
Como se faz omelete de chocolate? 
Com ovos de páscoa! 

Por que na Argentina as vacas vivem olhando pro céu?
 
Porque tem 'Boi nos Aires'! 

Por que o Maradona não gosta que chamem ele de craque? 
Porque ele prefere cocaína... 

Para que servem óculos verdes?
Para verde perto...
 
Para que servem óculos vermelhos?
Para vermelhor... 

Para que servem óculos marrons? 
Para ver marromenos... 

Por que a mulher do Hulk divorciou-se dele?
Porque ela queria um homem mais maduro... 

Por que o jacaré tirou o jacarezinho da escola? 
Porque ele réptil de ano. 

Você sabe qual e o contrário de volátil?
Vem cá sobrinho.
 
Como se fala top-less em chinês? 
Xem-chu-tian. 



E para terminar, um modelo do 14Bis...

Bom final de semana!

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Evento na Unipampa, Jaguarão (RS)

Ontem (quarta-feira), fiz uma longa viagem muito gratificante para a cidade de Jaguarão, no extremo sul do Rio Grande do Sul, fronteira com o Uruguai (Rio Branco), rumo à um dos campi da Unipampa






Saí pela manhã dessa densa e formosa teia de concreto ...



... para a imensidão selvagem e iridiscente do pampa gaúcho.


Fiquei nessa pousada, Raio de Sol, uma belezinha, mas o chão de madeira tem tábuas tão finas e com frestas tão grossas que se ouve tudo o que acontece na casa inteira. Nem pense em curtir a lua-de-mel por lá. Como fui dormir a uma da manhã e acordei às cinco não me incomodei, mas sugeri que arrumem a desgraça acústica.


Do outro lado do rio Jaguarão, que se atravessa por uma ponte clássica linda, está a cidade uruguaia de Rio Branco.


É uma cidade fronteiriça pequena e singela, com atrações incríveis como ...



... os free shops, com vários produtos baratos e que fazem a alegria dos brasileiros graças à vantagem cambial, Deus sabe até quando.


Portanto, Jaguarão, e outras cidades fronteiriças, são destinos de turismo de compras de produtos importados. Nos últimos cinco anos a febre consumista tupiniquim bombou a economia local.


Depois que fiz minha cesta básica, fui para a Semana Binacional sobre Turismo da Unipampa, objetivo principal da viagem. Fui convidado para a conferência da noite e ali encontrei outros professores da região. Aí está Índio Cândido, um dos pioneiros nos estudos sobre hotelaria; Gabirl Andrade, da Universidade Católica de Montevidéu; e Vander Valduga, coordenador do curso de turismo da Unipampa Jaguarão.


Essa é parte da equipe de alunos que organizou o evento, com grande estilo e competência.


A palestra foi no auditório da Universidade, um campus novo localizado em uma cidade pequena mas aconchegante. Não tirei fotos de Jaguarão porque cheguei à noite (são 400 km de Porto Alegre) e saí de madrugada.


A platéia contou com estudantes de Jaguarão, Rio Grande, Pelotas (tinha mais cidades que não lembro o nome) e algumas pessoas do Uruguai.



A abertura contou com uma atração especial, um grupo de adolescentes do Centro de Tradições Gaúchas local que deu um show de cultura regional e profissionalismo cênico.


Foi um início muito agradável e significativo ...


... com a graça das danças regionais. É importante que as novas gerações sejam motivadas para continuarem a atuação cultural e cidadã de seus antepassados.


Depois da dança, tudo pronto para a palestra que contou com apoio técnico dos alunos do curso de Turismo e o mestre de cerimônias (que não aparece na foto) foi um outro aluno, vereador da cidade.


Conversamos umas duas horas, respondi perguntas, falei das tendências e problemas do turismo global e nacional e depois tirei uma foto com o grupo de professores da Universidade...


... e com os alunos e alunas que armaram a festa.


Acabamos a noite num restaurante uruguaio do outro lado da fronteira, com um asador hermoso y mucho caliente en la noche fria ...


... com carne e vinhos da terra. Depois dormi um pouco e iniciei a volta para casa. Cinco horas de estrada até Porto Alegre e um voo rápido até Congonhas. Valeu Jaguarão. Valeu moçada gaúcha.

terça-feira, 24 de maio de 2011

EACH - USP O II Simpósio continua

O II Simpósio Formação e Atuação Profissional em Turismo, Lazer e Hospitalidade entrou no segundo dia, com duas mesas e duas oficinas.


O evento ocorre no Centro de Convenções da EACH - USP (USP Leste) ...


... e hoje contou com a participação de alguns alunos, apesar de ser direcionado a professores e pesquisadores, mas é bom que nossos estudantes tenham contato desde cedo com o ar mais rarefeito e revigorante do mundo acadêmico. 


A mesa sobre Educação Corporativa contou com (da esquerda) Jacques Métadier (Accor), Gleiva Rios A. Félix (Universidade Anhembi-Morumbi), Marcelo Vilela (EACH), Marisa Éboli (FEA-USP), Karina Solha (EACH) e eu, como mediador.


Jacques Métadier é francês, tem 42 anos (dez de Brasil) e é diretor da Academia Accor e de RH da empresa. Conhece profundamente o setor hoteleiro e suas especificidades. Sabe qual a sua formação acadêmica? Letras Modernas (Paris 3) e Teologia (PUC de Paris), além de uma pós-graduação em Recursos Humanos por Grenoble. Nada como unir humanidades à gestão e negócios. A Accor destaca-se por seus procedimentos éticos de inclusão e defesa da cidadania e do meio ambiente, além de ter mais de 4 mil hotéis em 90 países. 


Esse grupo tem em comum o fato de terem sido meus alunos. Thiago Schulz foi meu aluno e monitor na PUC-Campinas, no curso de turismo e hoje é doutor em Educação pela PUC-SP (recentemente fiz uma postagem sobre sua defesa no blog); Fernando Protti foi meu aluno no mestrado da Univali-SC, hoje é professor da UNESP em Rosana; e Patrícia Martins foi minha aluna da PUC-Campinas, também em turismo e hoje é coordenadora do curso de turismo na Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul. Desse jeito o (quase) velho mestre fica triplamente orgulhoso. 


Uma platéia especializada acompanhou e participou das reflexões sobre educação corporativa. Amanhã há apresentação de trabalhos e a conferência de encerramento.


Notas rápidas

1. Hoje (quarta-feira) vou a Jaguarão (RS) dar uma palestra na Unipampa, na divisa com o Uruguai. Conto tudo depois, no blog.

2. Saiu ontem (terça-feira) um artigo na minha coluna do Hotelier News achincalhando a regulamentação profissional em turismo, coisa que sempre achei uma causa inútil:
http://www.hoteliernews.com.br/HotelierNews/Hn.Site.4/NoticiasConteudo.aspx?Noticia=66336&Midia=1

3. Começa na quarta-feira a Feira de Livros na USP-Leste com todos os livros com até 50% de desconto. Imperdível para quem gosta de turbinar o cérebro com a droga mais poderosa do universo: conhecimento.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

David Airey na EACH-USP

O curso de Lazer e Turismo da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP recebeu nessa segunda-feira o pesquisador da Universidade de Surrey (Reino Unido), David Airey, para a conferência de abertura de nosso evento.


Airey trabalha junto a John Tribe (editor da Annals of Tourism Research) e à uma equipe altamente especializada em pesquisas direcionadas ao turismo. Ele veio especialmente para abrir ...


... esse evento que se propõe a ser um espaço de reflexão para a formação profissional na área.


Como sempre, os alunos e alunas voluntários da EACH garantiram o apoio aos serviços essenciais do evento.


A Profa. Dra. Marília Ansarah (UNIP) deu uma oficina sobre legislação da educação superior; a outra oficina foi sobre mapas conceituais, oferecida por um colega da EACH.



O crepúsculo outonal foi um espetáculo à parte ...


... enquanto mostrávamos o campus para o David. Aí estão professores (as): Mariana Aldrigui, Karina Solha, Eduardo Sanowicz e David Airey.


O chef e doutor José Roberto Yasoshima, ofereceu alguns petiscos em sua cozinha pedagógica. Aí ele prepara a tapioca.


Teve também caldinho de feijão, cuscuz paulista e guaraná (Antárctica, claro).


Conversa na cozinha (da direita): Sanovicz, Airey, Mariana, Marília, Yasoshima e eu.


Depois foi a hora da conferência, para poucos e bons que foram ao Centro de Convenções da EACH ouvir o estado da arte sobre a formação de turismo na Europa e no mundo.


Jorge (esquerda) foi o competente e agradável tradutor de Airey que, of course, falou em inglês.


O Prof. Dr. Marcelo Vilela, principal organizador do evento, estava feliz da vida e se refestelou na palestra.


Foi um momento de reflexão sobre as possibilidades, dificuldades e o futuro de nossa área de atuação.

No evento revi minha ex-aluna da PUC-Campinas, Patrícia Martins, que está da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul e me levou seu livro (escrito com Eliana Lamberti) intitulado Reexportação e turismo de compras na fronteira (Pelotas: UFPEL, 2010). Também estiveram presentes profissionais do Senac São Paulo, da Universidade Federal Fluminense, UNESP Rosana e amigos de São Paulo. Na terça-feira o evento continua.