Embarquei ontem para portugal. Vim participar do INVTUR, na Universidade de Aveiro, mas aproveitei para umas visitas técnicas no final de semana. Vim com o A-340 da TAP.
Essa foto foi tirada no aeroporto de Guarulhos, na traseira do avião. Voo tranquilo mas os controladores de tráfego aéreo estão parcialmente em greve, porisso a Universidade (de Aveiro) pediu que eu viesse um dia antes. Mais uma vez fiz uma maratona: de São Paulo e Lisboa, onde cheguei às cinco e meia da matina; depois peguei o Alfapendular (duas horas de trem) até Aveiro, onde já acertei uns detalhes para o evento; daí aluguei um carro e dirigi mais duas horas até a região da Serra da Estrela, no centro norte do país. Não tinha reservado nada, mal vi umas informações na internet pois não deu tempo, mas gosto de improvisar nas minhas viagens, aquele sabor de dúvida e surpresa para mim mesmo. Geralmente funciona. Meu faro e a memória me trouxeram até Belmonte onde brasileiro é rei.
Aqui nasceu Pedro Álvares Cabral. Aqui estão as ruínas de seu castelo; as cinzas de seu corpo (a maior parte dos restos está em Santarém; nomes de ruas e praças remetem ao Brasil e o Museu dos Descobrimentos faz uma homenagem escancarada à maior ex-colônia de Portugal, com alguns clichês, mas tudo bem. Fiquei agradavelmente surpreso com a receptividade das pessoas, nas ruas, nos museus e no centro de turismo já fiz amizade com colegas turismólogos locais.
É um museu interativo, com muitas mídias e textos, fotos e músicas. De tão cansado que estava quase dormi na estrada, o que me acordou foi o acostamento sonoro avisando que eu estava dando bobeira. Chegando em Belmonte acordei plenamente com o astral da cidade e o estilo da da Pousada do Convento de Belmonte (um antigo convento fransciscano frequentado por Cabral e sua nobre família) onde estou hospedado, ansiando pela cama ampla, dos jardins e dos museus.
tem um monte de fotos, mas quando tiver uma conexão mais rápidaeu postarei. Por hoje, fica aironia de sair do Brasil, viajar a noite inteira e arte do dia e encontrar as raízes do imaginário brasileiro na terra natal de Cabral. A vila é chamada de janela para o mundo. O mundo somos nós, dos trópicos alvissareiros.
Agora à noite comerei um javali e espero dormir como um monge medieval (do alto clero, faz favor), em meio aos contrafortes serranos.
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