O barato da Festa do Livro é que tudo é oferecido com pelo menos 50% de desconto. São 140 editoras, localizadas nos prédios da Mecânica, Civil e no chamado Galpão.
O site do evento é: www.edusp.com.br/festadolivro
Do lado de fora há barraquinhas (comércio informal) com livros, bijuterias, camisetas, filmes e coisas do mundo da arte e da cultura popular.
Aí está a equipe de vendas da Editora Aleph, responsável por várias coleções descoladas.
O Adriano Frommer, um dos diretores da Aleph, trouxe para o Brasil os clássicos mais clássicos de ficção científica e domina esse segmento. Li preciosidades de Arthur Clarke, Asimov, Philip Dick e Frank Herbert em traduções precisas e com estilo proporcionadas pela Aleph.
A Aleph é uma das poucas editoras que continua a publicar na área de turismo e hospitalidade e seu consultor é meu amigo e colega da EACH-USP, Alexandre Panosso Netto, recém chegado do pós-doc em Valladolid, Espanha. Para 2012 há novidades. Enfim, é muito bom ver os nomes dos colegas ( e o seu próprio) nas capas dos livros.
A Poli - USP oferece cenários hodiernos para momentos bucólicos como esse, onde o jovem casal (amigos, amantes?) desfruta do ócio intelectual.
Algumas editoras tinham filas e morundum para a compra dos livros, em evidente sinal de que há mercado para a literatura, desde que os preços sejam razoáveis e de acordo com nossa realidade sócio-econômica.
Este ano a prestigiosa Editora Parábola voltou à Festa do Livro e levou seu lançamento mais glamuroso, a Gramática Pedagógica do Português Brasileiro, de Marcos Bagno, professor da universidade de Brasília e um dos mais importantes linguistas do país. O volumoso exemplar (1054 páginas, primorosamente editadas por Marcos Marcionilo, o exigente e severo editor da Parábola) é uma peça de bom gosto, estilo e capacidade técnica. A língua portuguesa acaba de ganhar um patrimônio fundamental.
No calor do verão brasileiro, os galpões lotaram com gente interessada em cultivar a mente e os momentos significativos e prazerosos que o conhecimento proporciona.
Montes de livros, milhares de títulos e autores, tanta coisa que eu não li, mas quanta coisa ficou na memória e excita a curiosidade...
As editoras Cosac Naify e a Companhia das Letras foram as que mais ajuntaram gente ao redor de seu magnífico catálogo. Acima, a fila para entrar no estande da Companhia das Letras.
Finalmente consegui comprar essa preciosidade do Fondo de Cultura Económica, do México: Plantas de los dioses - origenes del uso de los alucinógenos. Tenho a primeira edição, de 1979, e essa nova edição é de 2000, renovada e ampliada. É a obra máxima da área, escrita por Richard Evans Schultes e Albert Hofmann. Hofmann é cientista que sintetizou o LSD e outros alcalóides psicoativos, nos laboratórios Sandoz, da Suiça, na década de 1930. Essa editora mexicana de primeiríssima linha tem sede na rua Bartira, 351, em Perdizes (São Paulo), ao lado da PUC-SP.
Entre livros e conversas passou-se o meio do dia de hoje. A luxúria do ócio intelectual é abissal. Vamos fundo.
2 comentários:
Excelente aquisição! Parabéns!
Não sei se interessa, mas tenho um exemplar do livro "pinturas de los Reinos.
Identidades compartidas - Território del mundo hispânico siglo XV1 y XVIII,da coleção do Grupo Financeiro Banamax. So tenho um probleminha, ... esta pesado para enviar via DHL..Se voce não tiver interesse, pessoal,posso doar para a USP, e se puder me indicar como proceder para que eles se encarreguem dos cargos do transporte, agradeço.(claro se tiverem interesse) saludos.
Parabens pelo artigo. É deslumbrante saber que existem pessoas como você que divide o gostoso prazer de viver.
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