Céu azul. Marzão. Calor. Praia. Skate. Cores. O país de bunda nova. Feliz e contente olhando os horizontes futuristas e o presente very cool.
A tribo está e festa. No cinema, Hollywood destrói o Cristo Redentor com as ondas de 2012 e na vida real a revista britânica The Economist, em sua capa regional, coloca o nosso Jesus Cristinho decolando como um foguete poderoso, ou talvez como um potente falo místico auto-propusionável prestes a deflorar o universo a partir de um leito de nuvens seminais.
Sobrou até para o meu bairro, a Liberdade, em Sampa. No dia 27 de novembro entra em cartaz o filme Plastic City, uma produção Brasil-China-Hong Kong-Japão, dirigida pelo chinês Yu Lik Wai e que trata da disputa pelo controle de produtos piratas e contrabandeados. No meu bairro que, no cinema, tem selvas e mares. Está certo que o filme foi vaiado no Festival de Veneza mas o que importa é que estamos em cena. Falem mal mas...
Agora, com The Economist é diferente. Eles capricharam em uma matéria especial de 14 páginas about our lovely and exquisite country. "De certa forma o Brasil supera alguns índices do BRIC. Ao contrário das China, é uma democracia. Ao contrário da Índia, não há movimentos separatistas, conflitos étnicos ou religiosos ou vizinhos hostis. Ao contrário da Rússia, ele exporta mais do que petróleo e armas e trata os investidores estrangeiros com respeito. Sob o presidente Lula ... o governo está reduzindo as desigualdades que por tanto tempo desfiguraram o país." p. 15.
Tudo bem, podem até errar a data de nossa independência (1825, ao invés de 1822, pág. 4 do relatório especial), o importante é que os fatos que nos levaram a uma estabilidade política e econômica lá estão bem explicados: auto-suficiência em petróleo e novas jazidas encontradas em 2007; as três agências internacionais classificaram o país ao nível de grau de investimento favorável; os investimentos estrangeiros chegam ao país em nível maor que 2008, apesar da crise internacional; e o país até emprestará dinheiro para o FMI, nosso antigo tutor econômico.
Quem pensou que as privatizações de FHC e a política social de Lula comprometeriam o país quebrou a cara na rota da história. Claro que anda há problemas, mas o mundo está imerso em encrencas de todos os tipos. Aliás, na chamada da reportagem (pág. 7) fica bem claro que o maior risco para essa história de sucesso brasileira é uma eventual hubris, ou seja, não podemos mergulhar no orgulho e sim melhorar e sanar os problemas sociais, burocráticos e institucionais que ainda prejudicam nossos índices de desenvolvimento. Ainda há muito a fazer, mas que despontamos no cenário internacional de boa cara ( e bunda firme), isso é um fato. Let´s do it.
Serviço: The Economist. 14 a 20 de novembro de 2009. R$ 24,00.
Um comentário:
Olá, professor.
O Brasil como sempre nos surpreendendo! Ainda bem!
Kleber - lzt
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