Parte do lixo aeronáutico do país permanece jogado em aeroportos, como os de Brasília e São Paulo (Guarulhos). Em Brasília, aviões das finadas Vasp e Transbrasil foram deixados ao largo, em uma das áreas, ocupando espaço útil do páteo.
Apodrecem ao tempo. Estão como as histórias de suas ex-empresas, afundadas em dividas e dúvidas. A ferrugem de suas fuselagens remete à ferrugem dos procedimentos atípicos e incompetentes dos gestores que levaram as companhias à lata de lixo da história. Os esqueletos insepultos ficaram, como fantasmas, ao lado das pistas, esperando que as firulas jurídicas um dia acabem e os levem dali.
Mas o aeroporto continua sereno, após os episódios da crise aérea que terminaram apenas porque o fluxo de passageiros diminuiu, por causa da outra crise financeira que se abateu sobre o mundo.
O crepúsculo ilumina os salões através dos vidros escuros das grandes paredes envidraçadas. O aeroporto de Brasília não é muito confortável, mas oferece boas imagens para fotos.
Mas é a igreja Dom Bosco, no centro de Brasília, pertinho do INEP (veja postagem anterior) que oferece às câmeras os melhores ângulos.
Um lugar iridiscente no meio do plano piloto, um lugar místico que, junto com tantas outros, faz de Brasília um hub espiritual no Planalto Central.
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