Em 2005, o então ministro do Turismo, Walfrido Mares Guia, afirmou que, em 2007, o Brasil receberia 9 milhões de turistas estrangeiros. Era bobagem, mas ninguém do trade aifmrou isso publicamente. Eu afirmei. Na mesma entrevista que ele fez à revista Carta Capital, em junho de 2005, por ocasião do I Salão do Turismo em São Paulo, saiu uma declaração minha dizendo que esse número não seria alcançado. Se chegasse a 7 milhões estaria ótimo. Ficou em 5 milhões e alguma coisa.
O novo Ministério do Turismo re-estruturou a área no Brasil, lançou projetos interessantes e a Embratur, sob comando do Eduardo Sanowicz, incrementou significativamente a área de eventos e os gastos dos turistas estrangeiros no Brasil. O ministro não precisava fazer aquela demagogia. Mas o pior foi o trade que não se atreveu a criticar. Todo mundo sabia que aquele número de 9 milhões era bobagem, equivalia a quase duplicar o receptivo em 4 anos. Bull shit.
E não adianta falar que a culpa foi a crise da Varig, o terrorismo, o diabo. Foi a crise aérea, a violência urbana, falta de infra-estrutura, imagem problemática do Brasil no exterior e falta de competitividade em serviços. O turismo brasileiro melhorou nos últimos dez anos mas ainda falta muito para se comparar aos países top do mundo. Por hora, é só não falar bobagens e agir cada vez com mais competência. E o trade precisa aprender a falar claramente quando pisarem nos seus calinhos turísticos. Sem medos ou receios.
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