Atravessei a linha imaginária temporal de nossa civilização ocidental (ano novo, para os íntimos) de forma tradicional: curtindo praias e cachoeiras. Mas praias sem poluição, sem água-viva e sem aquele caos urbano que é transplantado para o litoral em algumas épocas do ano (só tinha um semi-caos). E cachoeiras de águas límpidas e frias, cercadas por rochas primordiais e pela mata atlântica.
Tive o prazer de rever uma praia da minha adolescência, ainda não destruída pela especulação imobiliária e com jeito de quem vai atravessar boa parte do século 21 sem essas desgraças que matam o prazer de curtir a natureza. E com conforto, apesar dos borrachudos. Mas tinha vagalumes, estrelas cadentes no céu estrelado, amizades antiquíssimas para rememorar tudo o que aprontamos no passado e, claro, os filhotes, a nova geração que me chama de "tio" e com a qual compartilho as brincadeiras antigas e novas, trocando risadas e asneiras. Kids and seniors, all together in the wilderness.
Onde foi? Num dos santuários mais ou menos preservados do país: Ilhabela. Mergulhei ao longo da ilha das Cabras; desci a corredeira da Cachoeira da Lage, depois de 20 anos; nadei nos poços frios de águas limpas dos rios; servi meu sangue aos borrachudos; me refestelei com os mariscos da Novi Iorqui (restaurante no final da estrada, sentido sul, rumo a Cachoeira da Lage), fizemos churrasco e falamos muuuuuita bobagem. Old friends, always new experiences.
Tenham um ótimo 2008, 9, 10... Com paz, saúde, dinheiro, prazer, cultura, esporte, amizades, inteligência e sabedoria. O universo e o infinito, para nós todos.
Obs. Os textos em inglês são protesto contra o projeto de lei de banir palavras estrangeiras de nossa língua. That´s real bull shit.
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