Como eu nasci no ranço da ditadura militar tive que aprender a gostar do meu país, entendendo que ele era muito mais do que aquela gente chata que ficou mandando bestamente por vinte anos (1964-1985). Nunca fui nacionalista ou patrioteiro, mas curto imensamente ter nascido e viver por aqui.
... tenho as referências do passado. É bom olhar as raízes, o berço, a aurora da vida e assumir minha história pessoal.
Assim como é bom olhar as novas gerações e torcer para que elas curtam ainda mais a festa e a aventura que tudo isso nos proporciona.
Pátria tem a ver com tardes preguiçosas, com quintais antigos iluminados pelos últimos raios do sol ...
É olhar pela janela e ver lá embaixo o mar quebrando nas pedras, agradecendo por ele ter oferecido a trilha sonora dos nossos sonhos ardentes nas quentes madrugadas.
É ver o futuro crescer em campos vastos, com céus amplos e possibilidades infinitas. É perceber que esse presente novinho com cheiro de futuro ...
O país tem pátios quase secretos com jardins feitos de afeto e esperança onde impera o silêncio da reflexão e da paz.
... e mesmo com tempo nublado de inverno é possível sair e andar com jeito e estilo de quem sabe e conhece onde mora. A gente se orgulha não apenas de uma "pátria" estereotipada em hinos e textos arcaicos, mas sim de uma terra, de um povo, de uma festa e uma história que possuem a sensação e o sabor de mundo inteiro e de vida plena, refestelada em nossos ninhos de tempo e espaço.
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