A vida a bordo pode ser de contemplação, ócio, agito, reflexão, leitura, comilança, beberagem. Cada tribo ou pessoa escolhe o que fazer. Cada um na sua.
Percorrer os decks construídos pela arquitetura naval para possibilitar o lazer e o entretenimento. Desde que os navios deixaram de ser apenas meios de transporte um ponto ao outro para se tornarem espaços flutuantes de desfrute, a arquitetura e a engenharia naval passaram a pensar os barcos sob a ótica do conforto, da funcionalidade hedonista e da estética exuberante.
Todo navio da Royal Caribbean possui o Viking Crown Lounge. Parece um disco voador pousado no topo do barco. É boate, área de descanso e lugar para ver as piscinas e o mar.
Delícias doces e salgadas, calorias prazeirosas. Pode-se comer o dia todo sim, mas pode-se controlar a ingestão absurda com bom senso. Está certo que depois do terceiro copo instala-se a resiliência existencial...
Os restaurantes informais do topo ficam abertos 24 horas. A luz é natural, vinda das amplas janelas panorâmicas.
Há uma piscina interna aquecida. Muito útil nas viagens ao Alaska ou nas altas latitudes, fora do verão.
Essa arquitetura naval pós década de 1990 tem muito dourado, frisos, detalhes e espaços monumentais. Meio over, mas com certo charme kitsch. Acima o atrium lobby e os elevadores panorâmicos.
A mesa do comandante, que raramente janta com os hóspedes. Tem suas razões, ninguém aguenta o mesmo papo toda noite meses seguidos.
Lazy, lazy days...
Há um programa de proteção ambiental a bordo. Em meados da década de 1990, quando viajei pelo Caribe, esse programa já existia e era divulgado aos passageiros.
Daria, uma russa simpática; eu; e João Leite, um catarinense descolado. Eram os que serviam a mesa no restaurante principal.
A proa do Splendor. Não, não pode repetir a cena do Titanic pendurado lá na frente, mas dá para ir à popa, pois é uma área aberta aos passageiros.
Momento de orgulho. A Claudia Camacho foi minha aluna de turismo na PUC-Campinas e hoje faz carreira a bordo. A moçada brasileira que trabalha a bordo nos melhores cargos possui nível superior (administração, direito, educação física, turismo...). O pessoal de linha de frente (limpeza, auxiliar de cozinha, manutenção) ganha pouco e não tem qualificação. Um dos responsáveis pela animação (Maike) fez turismo na Unicenp, em Curitiba.
Comer, beber e ... Assim passam-se os dias e noites nos berços aquáticos do prazer pós-industrial. Not bad, my friends, not bad.
Um comentário:
O navio na foto não é o Lirica, e sim o Armonia!
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