As origens pré-cristãs das festas de final de ano remetem ao solstício de inverno no hemisfério norte, o dia mais curto do ano, em pleno inverno. Ora, depois do dia mais curto do ano começa o lento mas firme processo de dias e dias cada vez mais longos. É o nascimento da luz, que atingirá sua plenitude nas fogueiras do solstício de verão (o dia mais longo do ano), em junho, também no hemisfério norte.
Com a consolidação do cristianismo as festas pagãs do solstício de inverno transformaram-se no Natal. Mas continua sendo a celebração do nascimento, a festa da vida. São duas festas que celebram a vida e a liberdade (ou a ressurreição): o Natal e a Páscoa, esta última também comemorada, em seu contexto próprio, pelos judeus. Sempre festejando vida.
Qual vida comemoramos? A nossa, de nossos amigos e parentes, dos vizinhos, dos desconhecidos, dos que gostam e dos que não gostam de nós, das outras tribos, da vida inteira existente no planeta. E se houver vida em outros planetas, de outros sistemas solares, de outras galáxias, também sintam-se celebrados nesse ecumenismo inter-galáctico. A vida é algo único e articulado em nosso planeta. Um fluxo incessante que se esparrama pelo mundo. Uma benção rara no universo gelado, imenso e incognoscível. Então vamos viver nossas vidas sem encher o saco dos outros, sem aporrinhar a nossa própria mente e exercendo o direito raro e recente de nossas liberdades individuais e consciências coletivas sociais.
Feliz Natal, com muito sentido e significado, seja você cristão, judeu, islâmico, budista, ateu, agnóstico, xamânico, hinduísta ou o que seja, afinal, Deus não tem religião mesmo.
Qual vida comemoramos? A nossa, de nossos amigos e parentes, dos vizinhos, dos desconhecidos, dos que gostam e dos que não gostam de nós, das outras tribos, da vida inteira existente no planeta. E se houver vida em outros planetas, de outros sistemas solares, de outras galáxias, também sintam-se celebrados nesse ecumenismo inter-galáctico. A vida é algo único e articulado em nosso planeta. Um fluxo incessante que se esparrama pelo mundo. Uma benção rara no universo gelado, imenso e incognoscível. Então vamos viver nossas vidas sem encher o saco dos outros, sem aporrinhar a nossa própria mente e exercendo o direito raro e recente de nossas liberdades individuais e consciências coletivas sociais.
A imagem que ilustra essa postagem é algo em construção permanente lá em casa, mas fácil de fazer. Dou a receita. Pegue um jarro de vidro GPC (grande prá cacete) e encha aos poucos com rolhas das bebidas que degustar com as pessoas queridas de sua existência. No meio das rolhas coloque algumas bolas de Natal ou o que você quiser que fique bonito e ao seu gosto. Depois é só colocar o jarro ao sol e fotografar em um dia sem nuvens, quando até as linhas das montanhas distantes são perfeitamente visíveis no horizonte sem nebulosidade. Sirva aos convidados com algumas linhas de texto, leves mas significativas, sem melodramas ou poesias anódinas copiadas de outros sites da internet. Vá enchendo o jarro e, no próximo ano, poderá mostrar os progressos lúdico-etílicos à comunidade enlevada.
Para não dizerem que soneguei os evangelhos, aqui vai um trecho, mas do evangelho apócrifo de Tomé (não aceito pelas igrejas oficiais cristãs), que tem tudo a ver com a psicanálise:
"Se trazes à tona o que está dentro de ti, o que trazes à tona te salva. Se não trazes à tona o que está dentro de ti, o que não trazes à tona te destrói."
Jung disse algo parecido: "Aquilo que não fazemos aflorar à consciência aparece em nossas vidas como destino."
Feliz Natal, com muito sentido e significado, seja você cristão, judeu, islâmico, budista, ateu, agnóstico, xamânico, hinduísta ou o que seja, afinal, Deus não tem religião mesmo.
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