segunda-feira, 25 de julho de 2011

Existencialismo, um enfoque cultural - a história do projeto

Recebi em casa, no final da semana passada, minha última publicação: Existencialismo, um enfoque cultural (Curitiba: Editora IBPEX, 2011). É meu  segundo livro sobre filosofia (o primeiro foi Pensamento filosófico, um enfoque educacional, também da IBPEX, mas de 2009). Os projetos surgiram em 2008, quando meu amigo Bertelli, se aposentou da editora Senac SP e foi para a IBPEX, no escritório de São Paulo, fazer prospecção de novos títulos destinados prover publicações para educadores e estudantes na área de ciências humanas em geral. Mandei os dois projetos que foram aprovados e comecei o trabalho de escrever, ler, reler, corrigir, lapidar palavra a palavra meus projetos primeiros filosóficos, pois toda minha vida publiquei em turismo, educação ou ciências sociais aplicadas (caso do meu livro Entretenimento, uma crítica aberta publicado pelo Senac SP em 2003, fruto de minha tese de livre docência na ECA-USP). 


Esse livro foi escrito em São Paulo e no Mosteiro Jesuíta de Itaici (Indaiatuba, SP), onde me retire várias vezes para me isolar e mergulhar nas difíceis reflexões, nas articulações entre os pensadores cristãos do existencialismo (Pascal, Kierkegaard, Chestov) e os pensadores materialistas como Sartre e Simone de Beauvoir. Foi uma experiência ímpar escrever sobre um tema que outros autores brasileiros já tinham publicado e sobre textos que marcaram minha juventude. Foi algo intenso porque me obrigou a repensar antigos aspectos da minha vida em um período novo e desafiador, pois participava da implementação da EACH (USP-Leste), juntamente com centenas de colegas professores, funcionários e alunos. Uma ótima época para escrever filosofia. 


O Existencialismo demorou bastante para ser publicado. A estrutura do livro foi refeita, alguns trechos ficaram um pouco áridos, coloquei novos exemplos como filmes, livros técnicos de aviação (Ivan Sant´Anna), poesias, muita literatura, autores cristãos e Sartre, muto Sartre. Quando cursei filosofia na PUC-Campinas (1985-1988) eu li quase toda a obra literária e teatral de Sartre, um acervo precioso da biblioteca da PUCC, e escrevi um artigo que foi publicado em 1989 com o capítulo de um livro organizado pelo meu futuro orientador de doutorado em educação na Unicamp (Uma vida estranha, in MORAIS, Régis (Org.). Filosofia, educação e sociedade. Campinas, Papirus, 1989). 



Viver a existência, seja sob a ótica materialista ou religiosa, é uma aventura humana. Acima, a igreja de São Francisco Xavier em Amsterdam, Holanda, iluminada pelos raios de sol que atravessam seus vitrais. Essa arquitetura gótica representa a aspiração humana do transcendental e da tentativa de vivenciar profundamente seus sentidos, sua existência.


Para os que não me conhecem tanto, lembro que tenho uma dupla formação: sou bacharel em turismo, com livre docência em Lazer e Turismo; mas sou também licenciado em filosofia, mestre em filosofia (pela PUC-Campinas) e doutor em educação (Filosofia da educação) pela Unicamp. Claro que termino o livro encarando o existencialismo como uma viagem e dou exemplos a respeito. Afinal, viajar é uma das grandes maneiras de existir nesse mundo. 

O livro pode ser encomendado nas livrarias ou diretamente na editora: www.editoraibpex.com.br ; ou editora@editoraibpex.com.br ; ou pelo telefone (41) 2103.7306.

Um comentário:

Alexandre Panosso Netto disse...

Trigo, parabéns por mais esta obra!
Reserve o meu exemplar!
Abraços!