A Espanha tem quase 47 milhões de habitantes e é a 12ª economia do mundo. A partir de 2008 entrou em uma recessão que provocou uma taxa de 20% de desemprego (2011), cerca de 700 mil imóveis fechados graças à crise imobiliária e uma certa instabilidade perante o futuro. Mas o país, que se democratizou em 1975 e ingressou na União Européia em 1986, teve um longo período de crescimento econômico, garantia de liberdades civis e diretos humanos e atingiu um patamar social onde as liberdades individuais, a cultura e os investimentos em infra-estrutura floresceram por todo o país. Em suma, é uma gostosura viajar pela Espanha.
Nessa minha última viagem estive em Barcelona, Madrid e Valladolid. A postagem de hoje é sobre Madrid, uma cidade de quatro milhões de habitantes, com arquitetura monumental e seus habitantes dizem te uma expressão "de Madrid ao cielo" que não deixa dúvidas do que eles pensam da cidade. Acima a Plaza Mayor.
Fiquei no apartamento de um velho amigo, hoje professor na Inglaterra que estava em período sabático na Espanha. Ele alugou um apartamento no subúrbio (estação Pan Bendito do metrô). Olha a vista do apartamento, localizado no décimo andar. Ao fundo está o centro de Madrid.
A Gran Via continua clássica, cortando o centro da cidade, conservou seus prédios antigos. Buenos Aires lembra bastante Madrid, mas a capital espanhola tem mais charme histórico e estilístico devido à antiguidade.
Essa é uma das pontes que levam à Puerta de Toledo.
Esses jardins são novos. Antigamente havia avenidas nesse local que foram transformadas em túneis viários que cortam boa parte da cidade. As avenidas foram enterradas e por cima criaram fontes, praças, jardins e trilhas de caminhada.
Turismo, esporte, cultura, gastronomia e entretenimento tem tudo a ver com Madrid e com a Espanha.
A monumental Puerta de Toledo, uma das antigas entradas da cidade.
Localizada em um lugar alto, está perto do Clube de Campo, uma imensa área verde na capital (muito maior que Retiro) e do centro da cidade. É cercada por residências e apartamentos sofisticados.
Da Plaza Mayor saem várias ruas estreitas e estilosas com lojinhas, bares, casas noturnas e preciosidades como El Aventurero, uma loja de histórias em quadrinhos na calle Toledo, ao lado da Plaza.
Da Gran Via várias ruas conduzem à Plaza del Sol.
Já a alguns meses a Plaza del Sol está tomada, em parte, por manifestações contra a crise econômica na Espanha e na Europa.
Murais populares ilustram a indignação e a revolta perante o desemprego, a queda do poder aquisitivo, a ambição desmedida do sistema e ...
... a situação mundial que se deteriora em parte da Europa, mais especificamente em Portugal, Itália, Irlanda, Grécia e Espanha, o famoso PIIGS, em inglês.
Esse é um bar descolado, unido à uma loja, no início da Gran Via (número 74), perto da Plaza de España. Sabe o nome do bar e loja?
National Geographic Store. É a sétima loja da Nat Geo criada para levar consciência ambiental, informação sobre viagens e cultura e angariar fundos para o grupo. As outras lojas são em Londres, Málaga, Palma de Mallorca, Andorra, Cingapura e Kuala Lumpur. O café tem uns pinchos (comidinhas) e bebidas descoladíssimos. Dê uma olhada nas lojas da Nat Geo no site:
http://www.ngmadridstore.com/ES/madrid.html
Essa é a frente da loja. Tem mapas, livros, roupas, badulaques, brinquedos, globos, mochilas e toda a tralha imaginável para viajar pelo mundo.
Ali pertinho está a Plaza de España, com suas fontes, jardins e ...
... até mendigos se banhando nas águas cálidas no verão espanhol. A crise é visível em alguns pontos da cidade. Andando de onde estava até o centro, passei por uma praça onde se concentravam desempregados. Um dos rapazes, pensando que eu era espanhol, não me pediu dinheiro mas perguntou se eu não tinha um emprego para ele. Disse que não era dali e me afastei com um nó na garganta que demorou a se desfazer.
As fontes são uma marca da Espanha da França, da Itália e mantém sua beleza em pedra ou bronze, sempre com as águas límpidas.
Esse prédio da Plaza de España sediava escritórios e o hotel Crowne Plaza, fiquei lá umas duas vezes, antigamente. Hoje está fechado para reforma, mas quando será ocupado novamente, com a crise imobiliária?
Na extremidade norte da cidade, perto da estação ferroviária Chamartin, estão os novos espigões pós-modernos reluzindo ao sol.
Essa foto tirei na garupa da BMW 1200 do meu amigo, Marcos Caruso, em plenos túneis viários de Madrid. Ele é professor em Nottingham (foi no apartamento dele que fiquei hospedado), adora velejar, pilotar moto e fazer pesquisa sobre bioquímica. Sua mulher é professora em uma escola católica de Norwich. Estão a mais de vinte anos na Inglaterra e seus dois filhos cresceram tipicamente britânicos.
Na próxima postagem mais comentários sobre a Espanha e seus contrastes.
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