sexta-feira, 28 de maio de 2010

Drops do Salão do Turismo

Olha minha cara de contente com o Salão do Turismo, em Sampa. Fiquei com essa cara alegre porque gostei das caras com que o Brasil se viu, se mostrou e se imaginou.

A imagem que nosso país tem hoje, para nós e para os estrangeiros, é melhor que a imagem que ele tinha quando eu era adolescente. Os últimos vinte anos nos fizeram bem. Separei umas fotos mostrando o que eu mais gostei no 5. Salão do Turismo (entre outras dezenas de exemplos possíveis).

Um delicado artesanato feito em palha de milho. São peças de um tabuleiro de xadrez, também em palha de milho.

Os estados capricharam em mostrar painéis com as suas regiões estruturadas para o turismo.

Algumas festas populares de alto significado religioso mostraram seus temas com muita competência estética e simbólica. O Brasil é um país de símbolos, portanto é importante entender a linguagem sutil e profunda dos símbolos para melhor entender o país e suas raízes culturais e históricas.

É um país de cores intensas e formas grandiosas. A natureza é a plataforma da beleza e da sensualidade brasileiras.

Essa natureza foi transformada em cultura e essa outra riqueza é mostrada em vitrines monumentais, iluminadas, bem desenhadas que valorizam apropriadamente o nosso imaginário expresso pelas artes dos povos.

Os mesmos povos nativos que um dia correram o risco de desaparecer totalmente, enquanto produtores culturais, hoje têm o que mostrar aos outros povos que, com eles, fazem um país instigante.

"Um velho calção de banho
Um dia prá vadiar
O mar que não tem tamanho
E um arco-íris no ar...
"

Nao precisa falar mais nada...

E no meio das cores e formas, da natureza e da cultura, das paisagens e dos povos, o Salão mostrou um pouco de cada momento e cantinho que a cada dia forma e reinventa seus trabalhos e festas. A atmosfera lembra as palavras de Chico Buarque:

Vai passar nessa avenida um samba popular
Cada paralelepípedo da velha cidade essa noite vai se arrepiar
Ao lembrar que aqui passaram sambas imortais
Que aqui sangraram pelos nossos pés
Que aqui sambaram nossos ancestrais

Porque esses antigos povos e comunidades, até a pouco esquecidos, hoje montam roteiros e experiências para mostrar ao país.

"E tudo de lindo que eu faço
É ver com você, é ver feliz
Você me abre seus braços
E a gente faz um país."

E há projetos para preparar pessoas e competências para a Copa. Já não é sem tempo, afinal há alguma coisa atrasada no cronograma. E não é porque somos belos, formosos e melhoramos nos últimos anos que podemos pensar que já temos um nível de qualidade turística do topo do mundo. Não temos. A Malásia, Chile, Tailândia ou Uruguai ainda estão à nossa frente (para não dizer de EUA, Canadá, Europa Ocidental...). Com vontade política (pública e privada), conhecimento e trabalho a gente melhora ainda mais.

Em homenagem às minhas próximas férias...

A turma do Paraná em volta do Secretário de Turismo Herculano Lisboa (ao centro), no estande da Uninter. A Uninter é uma rede de nove empresas educacionais que está investindo em turismo. Paradoxalmente, meu primeiro livro publicado por eles foi "Pensamento filosófico - um enfoque educacional" (IBPEX, 2009), lançado recentemente em Sampa. Logo tem mais um, aguardem.

Daniel Godoy, meu primo, é um dos mais novos profissionais em turismo. Veterinário de formação acadêmica (alguém tem que cuidar da família), entrou recentemente no turismo e já se sente uma abelha na colméia. Vai fundo.

E assim é o Salão de 2010. O futuro promete.



Um comentário:

Elaine Cuencas disse...

Também fiquei encantada com os jogos de xadrez...havia um que recriava a Guerra de Canudos! E outro a do Contestado! Quanta beleza nesta terra!