terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

USP-Leste Calourada 2009

A Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP, ou USP-Leste, completa quatro anos agora, em fevereiro de 2009. As primeiras turmas serão graduadas em março e, pela quarta vez, mais calouros chegam ao campus. 

Obs.: Toda a programação de recepção aos novos alunos foi organizada por uma comissão de alunos, funcionários e professores para evitar violência ou constrangimento aos calouros. A proposta é informação, integração, diversão, brincadeiras e muito humor. Para todos e todas.

Desde fevereiro de 2005, o campus ganhou novos prédios, gramados, sinalização, estacionamentos, uma estação de trem, o heliponto virou quadra, o mato virou centro esportivo (a ser inaugurado) e hoje quase 5 mil estudantes, uns 260 professores e uns 200 funcionários convivem academicamente.

E com festas. Hoje, terça-feira, foi o segundo dia da matrícula e a farra continuou solta. Com os cornos na Lua.

Tintas, brincadeiras, palestras, informações, papos, correrias, risadas e olhares felizes e curiosos esperando entender o que é a universidade. Claro que muitos papais, mamães, titias e outros agregados levaram suas crias para serem entronizadas na academia.

Os cães veteranos lá estavam. Esse não é o meu preferido (mostro futuramente a criatura) mas bem demonstra a tranquilidade de que desfruta em nossa convivência acadêmica. Ele está escarrapachado no chão da cantina principal.

Novas amizades podem ser inauguradas nesse período de iniciação. 

Os cursos preparam kits de sobrevivência no campus. Esse é do curso de Ciências da Atividade Física (CAF). 

Lazer com segurança e cabeça feita para curtir sem problemas.

Parte do povo veterano de Lazer e Turismo.
Alguns veteranos de Gestão de Políticas Públicas em seu espaço de dvulgação.

Arte corporal: pintura, enbelezamento por farinha, água para refrescar, eventualmente ovos e lama. Sorrisos amarelos a vontade.


Eu completaria: Use até quando aguentar

"Mamãe, entrei na USP. Ganhei um monte de coisinhas..."

"... mas está tudo azul formoso. Eu sou linda em qualquer cor ou formato."

Veteranos da Gerontologia. Os outros cursos são: Sistemas de Informação, Marketing, Obstetrícia, Licenciatura em Ciências da Natureza, Têxtil e Moda e Gestão Ambiental. 

Na semana que vem há acontecem as festas nos campi do Butantã e da EACH. Farei a cobertura da farra, pelo menos postarei as fotos mais publicáveis. 

2 comentários:

Asmayr disse...

Coincidentemente estava vendo um artigo na net sobre a origem medieval do trote universitário . Para Antonio Zuin, os candidatos aos cursos das primeiras universidades europeias não podiam frequentar as mesmas salas que os veteranos e, portanto, assistiam às aulas a partir dos "vestíbulos" - local em que eram guardadas as vestimentas dos alunos. "As roupas dos novatos eram retiradas e queimadas, e seus cabelos, raspados. Essas atividades eram justificadas sobretudo pela necessidade de aplicação de medidas profiláticas contra a propagação de doenças".
Não pude deixar de fazer uma analogia com os tempos atuais. Quais seriam as doenças que os calouros poderiam propagar, a ponto de merecerem os trotes? Parece, sobretudo que um dos problemas é a capacidade desestabilizadora dos que chegam. Quem está acomodado não quer perder os privilégios, o status quo. Daí a necessidade de domesticar, trotar, estabelecer de antemão as regras dos que mandam. Para não ficar muito explícito, ai usa-se o termo integração, socialização, “boas-vindas”, ritos de passagem e tantas outras variações sobre o mesmo tema. E nós, por já estarmos bem acostumados com tudo isto, não nos sentimos incomodados e queremos apenas que fiquem em níveis aceitáveis – de preferência sem mortes ou lesões permanentes. A cada início de semestre o ciclo se refaz e la nave vá...

Luiz Trigo disse...

Arnaldo, penso que mais antigamente é um tiro de passagem que hoje é usado, quando bem usado, com muito humor, festa e diversão. De resto os calouros não trazem grandes coisas desestabilizadoras. O importante é o humor, a festa, a transição (normal em todos os grupos humanos) do fim da adolescência para a juventude acadêmica ou profissional. É a farra.