domingo, 3 de maio de 2009

Recife (1) - Instituto Ricardo Brennand


Estou em Recife, a convite da Secretaria Estadual de Turismo de Pernambuco para uma palestra aos estudantes e profissionais de turismo, gastronomia, eventos e hospitalidade. Claro que aproveitei para visitar alguns pontos culturais da cidade, com o apoio e companheirismo da própria Secretaria.

Pernambuco já começa no aeroporto Franco Montoro, em São Paulo, onde está um grande mural de Romero Brito, aquele artista pernambucano que ficou famoso primeiro no exterior para depois bombar no Brasil. 

Ao chegar o pessoal me levou para almoçar no novo Spettus Grill, na Boa Viagem. Uma churrascaria descolada, com atendimento bem personalizado (o dono recebe as pessoas, conversa e acompanha todo o processo de serviço e qualidade gastronômica) e pãezinhos de queijo amineiradíssimos. E uma pimenta local arretada de boa porque, para mim, Tabasco é doce-de-leite.

Aí estão as lagostas da churrascaria, competindo ferozmente com a picanha e a carne-de-sol muiiiiiito boa demais da conta.

A hospitalidade local é exemplar. Almoçamos juntos: João Alberto Martins Sobral (esquerda), do Diário de Pernambuco, colunista social que adora (e entende) turismo e gastronomia; Michelle Lima, assessora especial da Secretaria de Turismo; eu, feliz da vida após o almoço; e Tomé Franca, Secretário executivo da Setur-PE.

Por muito tempo tenho vontade de conhecer o Instituto Ricardo Brennand, aberto ao público em 2002, formado por um Castelo (museu), Pinacoteca e Biblioteca. Tive o prazer de conhecer e conversar com o próprio Ricardo Brannand que almoçava no Spettus, com sua família. É um senhor educado, sensível e usou de suas posses (é um grande empresário regional) para colecionar arte e organizar seu acervo em uma exposição pública estruturada com grande qualidade estética e museológica. Para mim compartilhar investimentos nas questões sociais, ambientais e culturais é um imenso avanço na cidadania e no humanismo.

O Castelo São João abriga uma importante coleção de armaria: canivetes, lanças, adagas, sabres, espadas, clavas, estiletes, armaduras, além de quadros, tapeçarias, objetos de arte em geral e móveis dos séculos  XVI e XVII. 
Os prédios foram especialmente construídos em uma propriedade com gramados, lagos e resquícios da mata atlântica. Acima está a entrada da Pinacoteca.
Parte da coleção de armas brancas. 
O lugar é climatizado, bem organizado, possui informações em português e inglês (para os estrangeiros aprenderem sobre nossa cultura), visitas guiadas e uma atmosfera que transmite o  respeito que a família tem pela arte e cultura. 

A coleção de armaduras está sob um vitral e na frente de um retábulo trazidos de uma capela de York (Reino Unido)  desativada e que, graças ao colecionador, parte do acervo chegou aos trópicos onde está preservada e exposta.

Detalhe do cabo de jade de uma adaga curva indiana. Jade é a beleza mineral expressa em luz e brilho esverdeado...

É um prazer e um orgulho visitar um local como esse no Brasil. O Instituto Ricardo Brennand é um exemplo vivo e competente de como a cultura e as artes devem ser tratadas neste país.

 www.institutoricardobrennand.org.br 

 Amanhã devo rever a exposição ao ar livre de Francisco Brennand, primo de Ricardo, além de outros tesouros artísticos de Recife. Me aguarde.

5 comentários:

Michelle Lima disse...

Trigo, seja muito bem-vindo a Pernambuco!!

Andréa disse...

Delícia viajar um pouco com você....
bjs

Tomé Franca disse...

Trigo,
desejo que esta sua estada em Pernambuco tenha a marca de grandes
experiências, vivendo a nossa cultura, gastronomia e curtindo os nossos
atrativos turísticos.
Pernambuco é isso e muito mais.
É só chegar!

Beatriz Morgado disse...

Trigo, quantos lugares lindos em Pernambuco! Espero poder conhecer um dia.
Adorei o mural do Romero Britto no aeroporto, sou apaixonada pelos trabalhos dele. Outra coisa que adorei foi a coleção de armas brancas e armaduras! O lugar deve ser incrível!
Boa viagem!

Beatriz

Silvannir Jaques disse...

Trigo, na sua opinião o quanto é importante um espaço cultural como o Instituto Ricardo Brennand?
E qual das tantas obras você mais gostou?