domingo, 18 de novembro de 2012

Transporte fluvial no Amazonas - O porto de Manaus

Você tem idéia de como se faz o transporte de passageiros e cargas na Amazônia? Por rios, claro. Assim como várias cidades do Brasil possuem terminais de ônibus, trem ou metrô, na Amazônia, e em parte da bacia do rio São Francisco, há terminais de barcos. Nessa minha viagem para Manaus (veja postagens anteriores) aproveitei para fotografar os barcos e as pessoas que viajam regularmente por esse labirinto hidrográfico.


Essa é a visão que se tem do porto de Manaus, observando um dos fingers que se acoplam ao porto em geral e fazem parte do sistema fluvial da região. Ao fundo, a nova ponte estaiada que liga Manaus aos outros municípios vizinhos.


Há barcos para vários lugares, com vários tipos de acomodação. Há viagens que demoram uma semana, ou mais. Uma viagem curta é de uma ou duas noites.


Aí a tabela de preços e algumas das localidades servidas.


Esse éum dos fingers principais. Seria o segundo mais importante, o principal é o antigo porto flutuante de Manaus, onde atracam os navios de passageiros e o Iberostar, o luxuoso navio local que faz cruzeiros o ano inteiro no Amazonas.


Assim como em São Paulo e outras cidades a beira de rios, todo o lixo jogado vai para a calha do rio. Aí está uma equipe de limpeza pública da prefeitura, fazendo o trabalho imenso de recolher lixo das margens que servem aos terminais de barcos.


Em novembro ainda é época de vazante e o rio está baixo. O terminal é flutuante e está amarrado à terra por cabos. Quando o rio estiver cheio, ele flutua se aproxima totalmente da margem. Nessa foto está o imenso espaço que separa a margem da água. Na época de cheias...

... a água chega até a faixa escura no alto do paredão. Veja o tamanho das pessoas no topo, para calcular a altura do muro.

A maioria dos barcos são bem rústicos e populares, mas estão chegando novos barcos, mais rápidos, confortáveis e com ar-condicionado.


É tão confortável quanto va classe econômica dos aviões comerciais.


Esse é um outro finger, bem mais popular. Esses lugares possuem lanchonetes, lojinhas, camelôs, uma cultura própria que se instala entre os barcos...

... atracados todos os dias para deixar e levar pessoas e cargas. Esse soldador faz um reparo na estrutura principal do finger que é em metal. Muitos dos barcos ainda são de madeira.


Os barcos atracam em 45º e se amontoam ao long dos piers flutuantes que fazem o papel de fingers.


Como se dorme a bordo? Em redes. Cada passageiro leva a sua rede, instala nos lugares apropriados e se refestela para fazer a travessia.


Todo tipo de carga vai junto, nos porões do barco ou nas cobertas da proa ou da popa. Vão caixas, latas, barris, pacotes, máquinas, alimentos e até motocicletas ou bicicletas.


Os passageiros levam as bagagens consigo e as deixam sob suas redes.


Depois de instalados se faz a amizade tribal e é só relaxar durante as longas horas de viagem. Nos barcos evangélicos não pode levar bebida alcólica, nos outros barcos a confraternização se faz com leite, água, suco, cerveja ou cachaça.


O fluxo de gente é imenso. Chegam de ônibus até a avenida e descem pela ribanceira do rio até a área de embarque. Daí entram nos fingers e acessam o barco do seu destino.


É uma cidade flutuante que se arma a cada dia ao lado dos principais portos da imensa região amazônica.
Você tem idéia do tamanho geográfico da Amazônia?



A bacia do rio Amazonas envolve todos os rios e riachos que convergem para o rio Amazonas. Essa bacia hidrográfica faz parte da região hidrográfica do Amazonas, uma das doze regiões hidrográficas do território brasileiro, extremamente rico em vias fluviais. Sua área é de 7 milhões de km², compreendendo terras de vários países da América do Sul (Peru, Colômbia, Equador, Venezuela, Guiana, Bolívia e Brasil). É a maior bacia fluvial do mundo. De sua área total, cerca de 3,8 milhões de km² encontram-se no Brasil, abrangendo os estados do Acre, Amazonas, Roraima, Rondônia, Mato Grosso, Pará e Amapá.



Acima do paredão fica a avenida marginal ao porto. Nessa época de vazante surgem os grandes vazios que separam a avenida da água. Na época de cheias a água do rio chega até quase o topo do muro.


No alto de uma estrutura do muro ficam alguns homens gritando ofertas de publicidade para o povo. Festas, liquidações, ofertas de todo tipo, passagens baratas e o que mais puder ser vendido é falado e cantado. Ao lado do porto está o mercado municipal de Manaus, em obras de reforma há alguns bons anos.

Navegar pelos rios da região é uma aventura única. Alguns poucos barcos possuem cabines privativas com banheiro  e ar condicionado. O navio Iberostar em Manaus, e um outro barco em Iquitos (Peru) são as opções regulares de viagens de luxo na floresta equatorial. Ao longo do ano vários navios de passageiros com pouca tonelagem (até 20 mil toneladas) entram pela foz do rio no oceano Atlântico, perto de Belém e navegam até Manaus, 1.800 km. por dentro do continente. É muito difícil navegar pelas águas turvas dos rios devido às mudanças físicas que ocorrem rodas as temporadas na calha dos rios, nas margens, em ilhas que somem ou aparecem de acordo com a movimentação causada pelas correntes das águas. Existe uma equipe de práticos e pilotos altamente experientes que são capazes de fazer a navegação co mseguranças e perícia pela região.



6 comentários:

Herika disse...

Muito interessante! Adorei!

Unknown disse...

Cool ;)

Manuel Alector Ribeiro disse...

Muito bom Post Professor. Espero um dia conhecer Amazónia. Tenho um pressentimento de que já não falta muito. Abraços desde Algarve - Portugal.
Manuel Alector Ribeiro

RUTH SAMPAIO disse...

MEU SONHO CONHECER A AMZÕNIA

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