domingo, 8 de junho de 2014

Turismo sertanejo

De 5 a 7 de junho rolou, em João Pessoa (PB), na UFPB, o II Congresso Nacional de Turismo Comunitário e o VIII Simpósio de Turismo Sertanejo. Aconteceram oito conferências, três mesas redondas e oito Grupos de Trabalho com cerca de 60 apresentações.






Parte da delegação da UFS - Universidade Federal de Sergipe.


O prof. Giovanni Seabra (UFPB), geógrafo (UnB) com doutorado na área (USP), é o coordenador do evento e o idealizador de várias pesquisas, eventos e publicações sobre turismo sertanejo. Seabra é referência nacional e internacional, tendo mapeado e analisado muitos roteiros turísticos sertanejos no nordeste brasileiro. Atualmente realiza um estudo comparativo entre nossos roteiros e o deserto de Atacama, no Chile. Ele consegue articular pesquisadores nacionais interessados nos segmentos de turismo rural, ecológico, sertanejo e tudo o que se relaciona com comunidades e meio ambiente. 





Outros professores como Anderson Pereira Portuguez, Jean Carlos Vieira Santos, Luzia Neide Coriolano e o próprio Seabra lançaram livros. O volume sobre a Paraíba é a última produção de Seabra e faz uma análise vasta e profunda sobre o estado da Paraíba.





Anderson Portuguez, Luzia Neide e eu, em um dos intervalos das atividades.





Um momento interessante do evento é conhecer as pesquisas e projetos dos novos participantes dos jogos acadêmicos, com seus mestrados e doutorados.


Alguns dos livros de Seabra. o Turismo Sertanejo (João Pessoa: Ed. Universitária/UFPB, 2007), é um clássico na área, assim como o livro que foi consequência da Conferência da Terra - Fórum Internacional do Meio Ambiente, cuja terceira edição foi realizada em João Pessoa, em novembro de 2012. 



João Pessoa, assim como Natal, Aracaju e Teresina, é uma das capitais de menos porte do Nordeste, com boa qualidade de vida, ótima gastronomia e alguns monumentos históricos como o complexo da igreja de São Francisco de Assis. 

No claustro da igreja havia uma filmagem com temática bíblica. Jesus e turma esperavam a diretora começar a rodar naquele cenário insólito.


A Cachaçaria Philipéia é um ponto de degustação no centro da cidade, onde se experimenta o sabor do néctar destilado da cana mesclado a outros sabores regionais.


No sábado à tarde, em uma das praças da cidade, rola música, cerveja, comidinhas e muita conversa. Nesse final de semana começaram os festejos juninos em Campinas Grande, localizada a uns 120 Km de João Pessoa. Com isso parte da cidade migra durante um mês para as mega-festas anuais que, nessa temporada, se unem à Copa do Mundo. 


Depois da sábia indicação de um ex-aluno que encontrei em João Pessoa, fui jantar no Roccia, ao lado do meu hotel. Saí, além de satisfeito, com uma bibliografia. Ao elogiar a qualidade e fator surpresa experimental da comida, o mâitre Otoniel Abílio da Costa (trabalhou com Laurent Suadeau, no mítico Saint Honoré, do ex-Meridien Rio de Janeiro), agradecido, presenteou-me com seu livro (Arte e Desejo. Recife: Caleidoscópio, 2011). Depois ele apresentou-me o jovem chef Onildo Rocha, que também me presenteou com seu livro "A casa é sua", uma celebração do restaurante. Onildo fez gastronomia na Universidade Anhembi Morumbi e atualmente pilota o restaurante. Juntamente com o Nau (do mesmo grupo do Mangay) é um dos excelentes locais gastronômicos da cidade. 

João Pessoa, assim como Aracaju e Natal, evitou significativamente a destruição imobiliária de sua orla marítima e isso é ótimo. Apesar dos altos índices de violência que assola as capitais nordestinas, não se percebe uma sensação de insegurança, o que não significa tomar os devidos cuidados ao sair. Como fiquei na praia de Cabo Branco, a tranquilidade era ainda maior.


Um comentário:

  1. Belo relato Trigo! As fotos também ficaram bem legais e a do centro de João Pessoa foi a que mais gostei. Parabéns!

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