Uma viagem pode ter seus imprevistos. O meu foi a gripe que me acompanhou de São Paulo até a Chapada Diamantina. Em Lençóis, fui ao hospital público e o médico local me deu inalação, injeção e antibióticos ...
Lá do interiorzão fomos para as praias. A Bahia tem 1.100 km de litoral e nós curtimos a costa norte, dos coqueiros e da Linha Verde. Acima, a Praia do Forte, que terá postagens especiais.
Mas nosso destino final foi Mangue Seco, a 224 km de Salvador. É a última praia da Bahia, localizada em uma península entre o rio Real (que divide Bahia de Sergipe) e o oceano Atlântico. Acima a área comum de nossa pousada: Fantasias do Agreste. A vila tem umas 30o pessoas e está no município de Jandaíra, o último da Bahia, antes de Sergipe. Nessa pousada passei algumas horas lendo uma tese de livre docência sobre artes, pois estou na banca que a julgará, em agosto, na USP. Texto provocativo, de vez em quando olhava para a praça do povoado, com suas mangueiras, coqueirais e aroeiras, perto do rio. A vila é uma fronteira cultural e geográfica que nos afasta do mundo urbano e nos remete aos estereótipos passados do paraíso tropical e do Brasil rural. Um lugar perfeito para se passar uns dias, antes de chegar a vontade de voltar para outras delícias, da cidade iluminada, com suas torres e neuroses contemporâneas.
Mangue Seco é um dos últimos povoados brasileiros afastados do turismo de massa de alta densidade. Tem ruas de areia e os únicos carros são os buggys que vão às dunas e praias. Só se chega de barco, pelas vilas do lado de Sergipe, depois de atravessar o rio Real.
As praias tem os ninhos de tartarugas marinhas protegidas pelo projeto Tamar, implementado em 1980 e com sede na Praia do Forte. Em Mangue Seco e em outros pontos de desova o projeto conscientizou pescadores e a comunidade da importância de preservar a natureza.
O lugar tem oito pousadas e e cinco restaurantes, além das barracas nas praias. Praias rústicas, selvagens, lindas e quase desertas. Nessas barracas bebe-se água de coco, caipirinhas e caipiroskas (com vodka), sucos e refris. De vez em quando passa alguém oferecendo empadas, camarões e ... ostras (um projeto com apoio do Sebrae).
... nos quiosques da praia. Pode-se pagar com Visa ou Master Card (débito), via satélite, especialmente na barraca Asa Branca, a melhor do pedaço. As coisas não são exatamente baratas, mas são boas.
Esse é o lado do rio, com as varandas e jardins debruçados nas águas frescas e limpas que encontram o mar.
Esses são os licores, sorvetes e doces da dona Sula, uma senhora que possui uma casinha ajeitada e gostosa, em um dos lados da igreja.
... olhando a vida passar em slow motion, em slow food e slow travel. É aí que a gente sente mais intensamente a existência. Depois dá uma vontade de voltar, mas a alma já se embebedou da natureza e da imensidão do prazer que o planeta nos oferece.
ATENÇÃO: Campinas fez 236 anos no dia 14 de julho e há um novo site comemorando a minha cidade natal: www.campinas.com.br - Confira, sou um dos colunistas do projeto.
Olha que o jeito slow de levar a vida vicia !!!!!
ResponderExcluirJá ficou bom???
beijos baianos
Maria, já fiquei ótimo e a Bahia me curou.
ResponderExcluirPrezado Trigo,
ResponderExcluirobrigado por nos trazer fotos e textos de suas viagens...sempre enriquece nosas aulas.....rs.r.sr.s
abração do Francisco Correia....te mandei um jornalzinho em comemoração aos 10 anos de implantação do primeiro Curso de Turismo do Piauí....
eii estou indo passar minha lua-de-mel nesse lugar!! muitoo legal! adoreii
ResponderExcluirFiquei encantada por este lugar desde que a novela Tieta passou...
ResponderExcluirO meu grande desejo é de um dia conhecê lo, talvez nas minhas próximas férias...
Lindo demais...
Curti essa pagina do Face tem umas fotos legais de Mangue-Seco e Pontal. >> https://www.facebook.com/pages/Povoado-Pontal-Indiaroba/228082603997962
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