Amores e dissabores,
Tesão, paixão, frustração,
Delírios e imaginários,
Que se mesclam a desencantos
Provocados por exigências frustradas em nós mesmos.
História plena de saudades e anseios,
Namoros que se foram e ficaram na memória,
Namoros que se foram e nem lembro que existiram,
Namoros que ficaram no desejo estéril
Da bacia das almas penadas em becos sem saída.
Há que se brindar:
Bebo um Baileys pelos amores docemente
embriagadores,
Bebo um vinho tinto pelos amores lânguidos em tempo
e espaço,
Bebo um champagne pelos amores eternos que persistem
na memória,
Bebo uma cerveja choca e morna pelos casos chatos,
Bebo armagnac pelos amores hibernais e
Vodka - ou cachaça - pelos amores saturnais.
Bebo armagnac pelos amores hibernais e
Vodka - ou cachaça - pelos amores saturnais.
Bebo uma Guiness pelas ficadas alegres e divertidas,
Bebo absinto em memória do que é indizível,
Bebo Chartreuse pelos namoros sacrossantos,
Bebo tequila por uma noite de amor, sob a lua na
praia, em Acapulco,
Bebo água mineral por um beijo sensual,
Bebo mescal por um sexo animal,
Bebo suco de
blueberry por um olhar pueril
E bebo um tonel de rum por uma orgia imersa na
cumplicidade
Lúbrica e dionisíaca.
E nessas vastas memórias inebriantes
Homenageio os namoros passados, presentes e futuros
Que nos legam o sentido e a alegria de viver
Num mundo onde a ilusão de encontrar a cara-metade é
real,
E a desilusão
de perdê-la é simplesmente um hiato
Entre um desejo e outro,
Entre um sonho realizado e um sonho sonhado e
molhado
A todo esplendor.
Luiz
Gonzaga Godoi Trigo
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