quarta-feira, 12 de junho de 2013

Dia dos namorados




Amores e dissabores,

Tesão, paixão, frustração,

Delírios e imaginários, 

Que se mesclam a desencantos

Provocados por exigências frustradas em nós mesmos.

História plena de saudades e anseios,

Namoros que se foram e ficaram na memória,

Namoros que se foram e nem lembro que existiram,

Namoros que ficaram no desejo estéril

Da bacia das almas penadas em becos sem saída.

Há que se brindar:

Bebo um Baileys pelos amores docemente embriagadores,

Bebo um vinho tinto pelos amores lânguidos em tempo e espaço,

Bebo um champagne pelos amores eternos que persistem na memória,

Bebo uma cerveja choca e morna pelos casos chatos,

Bebo armagnac pelos amores hibernais  e

Vodka - ou cachaça - pelos amores saturnais.

Bebo uma Guiness pelas ficadas alegres e divertidas,

Bebo absinto em memória do que é indizível,

Bebo Chartreuse pelos namoros sacrossantos,

Bebo tequila por uma noite de amor, sob a lua na praia, em Acapulco,

Bebo água mineral por um beijo sensual,

Bebo mescal por um sexo animal,

Bebo  suco de blueberry por um olhar pueril

E bebo um tonel de rum por uma orgia imersa na cumplicidade

Lúbrica e dionisíaca.

E nessas vastas memórias inebriantes

Homenageio os namoros passados, presentes e futuros

Que nos legam o sentido e a alegria de viver

Num mundo onde a ilusão de encontrar a cara-metade é real,

 E a desilusão de perdê-la é simplesmente um hiato

Entre um desejo e outro,

Entre um sonho realizado e um sonho sonhado e molhado 

 A todo esplendor.

Luiz Gonzaga Godoi Trigo

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