Durante trinta e um anos (1966 - 1997) ele foi o pároco da Igreja Sagrado Coração de Jesus, em Campinas, onde participei de uma comunidade de jovens e tive os melhores anos possíveis, enquanto amadurecia rumo à universidade e ao mercado de trabalho.
Sabe o que é alguém dirigir por 30 anos uma empresa, igreja ou universidade, e ao sair ninguém ter nada o que criticar ou maldizer de sua gestão? É o caso do Cônego Carlos. Ele é um dos padres que cumpre integralmente os três votos feitos solenemente na ordenação (pobreza, obediência e castidade) e deixou para todos nós (crianças, jovens, adultos, idosos) um exemplo de como devemos tratar os outros e a nós mesmos. E não era só ele que dava bom exemplo, os casais que nos acompanhavam eram bastante normais e controlavam suas neuroses, eram bem sucedidos como pais e mães então sabiam como nos levar na boa. Molecada agitada, crítica e com muita vontade de curtir a existência. Ali, sentíamos em casa. Era nossa segunda casa e nossos pais algumas vezes brigavam de tanto que a gente ficava na igreja. Também, o salão térreo do prédio administrativo e de festas era só nosso: pebolim, snooker, ping-pong, uma sala de reuniões aberta e uma sala fechada onde guardávamos instrumentos musicais, livros, coisas de esporte, tranqueiras e coisas que os adolescentes gostam de ter (revistas, alguns posters, brinquedos...). Éramos umas cinquenta ou sessenta pessoas, entre ambos os sexos. Aliás, os primeiros namoros começaram por ali mesmo.
O Cônego era paciente, prudente e muito decente. Todos gostam dele, por isso tinha umas trezentas pessoas na festa que começou com uma missa concelebrada por dois bispos e vários padres. Na foto, o padre Carlos Menegazzi, o Cônego, Dom Gilberto Pereira Lopes, Arcebispo Emérito de Campinas, portanto já aposentado (o vigente morreu a uns dias) e o bispo Dom Luiz Antonio Guedes.
Foi uma missa com cantos, solenidades e um longo discurso biográfico do Cônego Carlos, intensamente aplaudido.
Helvécia é um ugar tranquilo, com amplos salões e jardins cercados de matas e tranquilidade dos condomínios residenciais. Foi ali que o Cardeal Dom Aguinelo Rossi passou seus últimos dias depois que se aposentou no Vaticano.
Pedro Henrique é um dos meus afilhados, Sara é sua namorada e Wanda Conti (à minha esquerda) uma amiga dos primórdios. Acho que eu tinha uns treze anos quando a conheci, então uma jovem orientadora espiritual dos grupos de jovens.
Aí estou com Wanda e Luiz Timossi, amigo dos tempos da comunidade. Dessa safra de amizades hoje sou padrinho de cinco afilhados(as) e mantenho contatocom vários dos antigos companheiros.
O bolo de 90 anos tinha detalhes generosos em trigo. Adorei.
Minha comadre Raquel e os amigos Mila e Antonio Carlos. Todos dos tempos da comunidade.
O irmão do Cônego (sentado bem à frente) é Nelson Menegazzi, o pai do Padre Claúdio Menegazzi. Conheço a família desde que tinha cinco anos de idade e o "seu" Nelson sempre era de uma gentileza e atenção primorosas. Ele era empresário e mágico... Nenhuma criança chorava perto dele porque logo, de suas mãos, surgiam bolas coloridas, moedas ou lenços de seda e depois sumiam como tinham surgido, no nada.
Fernando Grohmann e Raquel Signorelli Grohmann são os pais do Pedro Henrique (e do Caio). Sou padrinho de casamento e do primeiro filho homem, isso é o topo da honra neste país e muito me orgulho dos compadres (e comadres) e afilhado(as).
Wanda, eu, o Cônego Carlos e Luiz Timossi. Quase 40 anos de amizade e convivência divertida e altamente satisfatória.
Aqui deixo uma homenagem a Dom Gilberto Pereira Lopes, Arcebispo Emérito de Campinas. Ele era o Grã-Chanceler da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (atualmente está aposentado), durante a maior parte do tempo em que fui estudante e docente da universidade. Homem culto, discreto, recatado, atento e corajoso nas atitudes. Tivemos poucos momentos juntos, mas bastante significativos. O que bem me lembro é que sua ação refletia-se, na medida adequada, na dinâmica acadêmica.
E encerro a postagem com a foto do meu amigo mais antigo, o Padre Cláudio Menegazzi. Estudamos juntos no antigo primário, no Colégio Sagrado Coração de Jesus; depois do Culto à Ciência e Senac Campinas, onde cursamos o técnico de Turismo; e depois, por um tempo, na PUC-Campinas, onde ele iniciou Turismo e depois foi para o seminário, tornar-se sacerdote católico. Um dos ótimos, por sinal. Como sobrinho do Cônego Carlos ele ajudou na festa, que teve a articulação de sua irmã, Mariza Menegazzi e de uma equipe de jovens senhoras e senhores, amigos dos tempos da paróquia, onde todos vivíamos uma gostosa utopia comunitária.
Tudo bem Luiz?
ResponderExcluirHá algum tempo tento entrar em contato com você pelo seguinte: estou criando a árvore genealógica da minha família e tenho pouca informação da parte de minha mãe. Você deve estar se perguntado: e o que eu tenho com isso, né? É que, não sei se você sabe mas eu sou primo em segundo grau do Padre Cláudio Menegazzi - nossas avós eram irmãs. Dai, eu gostaria de entrar em contato com ele e o Cônego, se possível, para saber se eles teriam informações e/ou documentos que eu pudesse acessar para a minha pesquisa. Eu sei que você e o Cláudio são amigos de longa data - acabei de ver um posting seu sobre os 90 anos do Cônego. Minha mãe era prima dele e sempre se referiu a ele carinhosamente como "Carlitos"; ela dizia ser uma referência a Charles Chaplin - a quem o Cônego gostava de imitar quando eram crianças.
Enfim, ficaria imensamente grato se pudesses intermediar o contato entre eu e o padre Cláudio.
Um abraço
Renato
Tudo bem Luiz?
ResponderExcluirHá algum tempo tento entrar em contato com você pelo seguinte: estou criando a árvore genealógica da minha família e tenho pouca informação da parte de minha mãe. Você deve estar se perguntado: e o que eu tenho com isso, né? É que, não sei se você sabe mas eu sou primo em segundo grau do Padre Cláudio Menegazzi - nossas avós eram irmãs. Dai, eu gostaria de entrar em contato com ele e o Cônego, se possível, para saber se eles teriam informações e/ou documentos que eu pudesse acessar para a minha pesquisa. Eu sei que você e o Cláudio são amigos de longa data - acabei de ver um posting seu sobre os 90 anos do Cônego. Minha mãe era prima dele e sempre se referiu a ele carinhosamente como "Carlitos"; ela dizia ser uma referência a Charles Chaplin - a quem o Cônego gostava de imitar quando eram crianças.
Enfim, ficaria imensamente grato se pudesses intermediar o contato entre eu e o padre Cláudio.
Um abraço
Renato