domingo, 10 de abril de 2011

Piadas corporativas IX - a famosa Lei de Murphy

Na cultura corporativa norte-americana há a Lei de Murphy, amplamente conhecida em todo o mundo, inclusive no Brasil. Essa lei diz, em resumo, que “tudo o que pode dar errado, dará”. Diz a lenda que a lei nasceu em 1949, na Base aérea Edwards, nos EUA, quando o capitão Edward A. Murphy disse a respeito de um técnico que “se houvesse uma maneira de se fazer algo errado ele a encontraria”.  O Poke Yoke é um método pretende, justamente, evitar essas situações. Mas, segundo Murphy, isso é realmente difícil, senão impossível.




Há inúmeras variações da lei de Murphy:

Se algo puder dar errado, dará.

Se há possibilidade de várias coisas falharem, aquela que originará maiores estragos e problemas é a que fatalmente acontecerá.

Se nada pode der errado, algo dará.

Se você perceber que há quatro possibilidades e erro e cercar essas quatro variáveis de todos os cuidados possíveis, uma quinta variável surgirá e fará o erro.

Deixe. As coisas tendem a ir de mal a pior.

Sorria. Amanhã será pior.

Pesquisa em escala suficiente tende a apoiar qualquer teoria.

A pesquisa embasa uma determinada teoria dependendo da quantidade de investimentos destinados a essa pesquisa.

Nada é tão fácil como parece.

Tudo demora mais do que você imagina.

A fila do lado anda mais rápido que a sua.

O pão sempre cai com a face da manteiga virada para baixo.

Toda solução origina novos problemas.

A legibilidade de uma cópia é inversamente proporcional à sua importância.

Lei das Unidades de Medida: Se estiver escrito “Tamanho único” é porque não serve em ninguém, muito menos em você.

Lei da Gravidade: Se você consegue manter a cabeça enquanto à sua volta todos estão perdendo, provavelmente você não entende a gravidade da situação.

Lei do Esparadrapo: Há dois tipos de esparadrapo: o que não gruda e o que não sai.

Outros exemplos:

"O seguro cobre tudo, menos o que aconteceu"

"Quando você estiver com apenas uma mão livre para abrir a porta,
a chave estará no bolso oposto."

"Quando tuas mãos estiverem sujas de graxa,
vai começar a te coçar no mínimo o nariz."

"Não importa por que lado seja aberta a caixa de um medicamento.
A bula sempre vai atrapalhar."

"Quando você acha que as coisas começam a melhorar,
é porque algo te passou despercebido."

"Sempre que as coisas parecem fáceis,
é porque não entendemos todas as instruções."

Os problemas não se criam, nem se resolvem, só se transformam."

"Você vai chegar ao telefone exatamente
a tempo de ouvir quando desligam."

"Se só existirem dois programas que valham a pena assistir,
os dois passarão na mesma hora."

"A probabilidade que você se suje comendo é diretamente proporcional
à necessidade que você tem de estar limpo."

"A velocidade do vento é diretamente proporcional ao preço do
penteado."

"Quando, depois de anos sem usar, você decide jogar alguma coisa fora,
vai precisar dela na semana seguinte."

"Sempre que você chegar pontualmente a um encontro
não haverá ninguém lá para comprovar,
e se ao contrário, você se atrasar,
todo mundo terá chegado antes de você."


 Uma variável dessa lei é a Lei de Finagle, ou Lei da Dinâmica Negativa. Ela diz que “tudo o que puder dar errado dará no pior momento”. Adaptada da segunda lei da termodinâmica da física, sobre a entropia do universo, ela diz que “a perversidade do universo tende ao infinito”. Foi popularizada nos Estados Unidos entre 1940/1960, pelo editor John W. Campbell Jr.

Como Murphy morreu? Em um escuro anoitecer de inverno (nos EUA), o carro de Murphy ficou sem combustível em uma estrada. Ele saiu e começou a pedir carona, tendo o cuidado de usar roupa branca e caminhar de frente para o tráfego. Foi atropelado por um turista britânico que dirigia pelo lado errado da rodovia. 




Grandes desastres mostram que essa lei pode ser implacável:


A NASA perdeu duas espaçonaves (Space Shuttle), a Challenger, durante a decolagem, em 1986, e a Columbia, na reentrada da atmosfera, em 2003;

Em 1997, a Mercedes Benz alemã marcou uma demonstração do carro Classe A para um público de jornalistas em sua pista de provas, sem considerar o aviso de alguns engenheiros que o sistema de suspensão não estava adequado. O carro capotou durante a denominada “curva do alce”, uma simples manobra para se desviar de animais inesperados na pista. O problema de suspensão foi resolvido, mas o vexame internacional perante a imprensa especializada já estava feito. Cabeças rolaram na linha de montagem do Classe A-160.


Exemplo extremo

Teoria Aplicada de Murphy à TAM. Note como o pior aconteceu com a empresa ao longo dos últimos anos. A empresa aérea brasileira teve dois grandes acidentes com o maior grau possível de danos físicos, materiais e comprometimento na imagem da empresa.

Seu primeiro grande acidente foi em 31 de julho de 1996, quando um Fokker-100 caiu sobre algumas casas ao lado do aeroporto de Congonhas (São Paulo), vinte segundos após a decolagem, matando todos os passageiros e algumas pessoas no solo (99 mortos, no total). O avião era o único da empresa pintado com as cores de um prêmio internacional recentemente conquistado e tinha a frase Number One na fuselagem. . A queda, pela manhã e em plena cidade de São Paulo, atraiu em minutos helicópteros da imprensa que transmitiram a tragédia ao vivo para o mundo.

O segundo grande acidente, também em Congonhas, foi em 17 de julho de 2007, em plena crise aérea da aviação civil brasileira, quando um Airbus-320 não conseguiu parar durante a aterrisagem e saiu da pista atingindo um prédio da própria TAM. Explodiu e matou 199 pessoas. De novo, por ser em área central, minutos após a CNN transmitia a tragédia para todo o mundo.

A TAM teve pelo menos sete incidentes ou pequenos acidentes com os aviões Fokker-100, um modelo fabricado pela Fokker holandesa, uma empresa que já faliu. A empresa lentamente substituiu esses aviões por novos jatos.

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