Não esqueçam o que eu escrevi. Na minha coluna do www.hoteliernews.com.br, de 18 de março deste ano, escrevi claramente: "A bolha de Dubai explodiu". Fui dos primeiros na mídia especializada brasileira a apontar os problemas estruturais graves dos Emirados. Na época um leitor me mandou um e-mail muito educado dizendo que as informações eram falsas e que tudo fazia parte de um plano sionista para desestabilizar parte da economia islâmica. Bobagem, garanto que Israel prefere mil vezes ter vizinhos ricos a vizinhos pobres se explodindo pelas ruas.
Hoje a moratória de Dubai está nas primeiras páginas e derrubando bolsas pelo mundo. Espera-se que seja uma crise sob controle e que não leve outros bancos para o buraco, apenas os investidores que puseram seu dinheiro num sonho de areia. O mago, Paulo Coelho, ganhou uma casa de Dubai mas alugou-a, assim como várias celebridades o fizeram.
Se você digitar "Dubai bubble" no google verá que minha coluna aparece na primeira página. Bem, agora vou polir minha bola de cristal. Brincadeira, na época um amigo, professor, estava trabalhando em Dubai, mandou-me as dicas sobre o que ocorria. Chequei tudo na internet e escrevi o texto que foi, inclusive, inserido na oitava edição do meu livro Turismo Básico (São Paulo: senac, 2009) que acaba de sair.
Se quiser ler o artigo é só acessar o link abaixo:
http://www.hoteliernews.com.br/hoteliernews/hn.site.4/NoticiasConteudo.aspx?Noticia=49378&Midia=1
Dias atrás recebi um daqueles arquivos com fotos maravilhosas das maravilhas de DUBAI. Foi antes desse noticiário anunciando o "estouro" dessa bolha financeira que é mais um sintoma do descontrole/crise da economia mundial. O que me chamou a atenção foi o comentário que acompanhava o arquivo de fotos: "VEJAM O TAMANHO DA LOUCURA!"
ResponderExcluirOlá Trigo,
ResponderExcluirPois é, como conversamos há tempos atrás, quando ainda morava em Dubai, o sistema de crescimento focado nos exageros e na mania de grandeza trouxe a Dubai também uma grande dívida e grandes obras inacabadas.
Dubai focou seus investimentos no crescimento acelerado do turismo e da indústria imobiliária, mas, de onde viriam recursos para honrarem seus empréstimos estrangeiros? Do petróleo? - que por sinal deve se esgotar em Dubai até 2016 no máximo (de acordo com previsões). Enquanto isso, Abu Dhabi, o emirado mais rico e menos famoso, focou seus investimentos em desenvolvimento e, hoje, ao menos por enquanto, nada se ouve falar sobre crise neste Emirado que é governado ainda pelos princípios do admirado Sheik Zayed bin Sultan Al Nahyan, que dizia: ““A verdadeira riqueza de um país não é sua riqueza material, é o seu povo. O povo é a força real da qual se pode ter orgulho; eles são as árvores das quais recebemos sombra. A nossa firme convicção nesta realidade nos leva a colocar todos os nossos esforços na educação do nosso povo”.
Há quem diga que Abu Dhabi pode socorrer Dubai em meio a esta crise. Outros dizem que este emirado pode, com isso, sofrer reflexos da crise do emirado visinho.
O importante é refletir sobre a diferença entre crescimento e desenvolvimento!