A Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP, ou USP-Leste, completa quatro anos agora, em fevereiro de 2009. As primeiras turmas serão graduadas em março e, pela quarta vez, mais calouros chegam ao campus.
Obs.: Toda a programação de recepção aos novos alunos foi organizada por uma comissão de alunos, funcionários e professores para evitar violência ou constrangimento aos calouros. A proposta é informação, integração, diversão, brincadeiras e muito humor. Para todos e todas.
Desde fevereiro de 2005, o campus ganhou novos prédios, gramados, sinalização, estacionamentos, uma estação de trem, o heliponto virou quadra, o mato virou centro esportivo (a ser inaugurado) e hoje quase 5 mil estudantes, uns 260 professores e uns 200 funcionários convivem academicamente.
E com festas. Hoje, terça-feira, foi o segundo dia da matrícula e a farra continuou solta. Com os cornos na Lua.
Tintas, brincadeiras, palestras, informações, papos, correrias, risadas e olhares felizes e curiosos esperando entender o que é a universidade. Claro que muitos papais, mamães, titias e outros agregados levaram suas crias para serem entronizadas na academia.
Os cães veteranos lá estavam. Esse não é o meu preferido (mostro futuramente a criatura) mas bem demonstra a tranquilidade de que desfruta em nossa convivência acadêmica. Ele está escarrapachado no chão da cantina principal.
Os cursos preparam kits de sobrevivência no campus. Esse é do curso de Ciências da Atividade Física (CAF).
Lazer com segurança e cabeça feita para curtir sem problemas.
Parte do povo veterano de Lazer e Turismo.
Alguns veteranos de Gestão de Políticas Públicas em seu espaço de dvulgação.
Arte corporal: pintura, enbelezamento por farinha, água para refrescar, eventualmente ovos e lama. Sorrisos amarelos a vontade.
Eu completaria: Use até quando aguentar.
Veteranos da Gerontologia. Os outros cursos são: Sistemas de Informação, Marketing, Obstetrícia, Licenciatura em Ciências da Natureza, Têxtil e Moda e Gestão Ambiental.
Na semana que vem há acontecem as festas nos campi do Butantã e da EACH. Farei a cobertura da farra, pelo menos postarei as fotos mais publicáveis.
Coincidentemente estava vendo um artigo na net sobre a origem medieval do trote universitário . Para Antonio Zuin, os candidatos aos cursos das primeiras universidades europeias não podiam frequentar as mesmas salas que os veteranos e, portanto, assistiam às aulas a partir dos "vestíbulos" - local em que eram guardadas as vestimentas dos alunos. "As roupas dos novatos eram retiradas e queimadas, e seus cabelos, raspados. Essas atividades eram justificadas sobretudo pela necessidade de aplicação de medidas profiláticas contra a propagação de doenças".
ResponderExcluirNão pude deixar de fazer uma analogia com os tempos atuais. Quais seriam as doenças que os calouros poderiam propagar, a ponto de merecerem os trotes? Parece, sobretudo que um dos problemas é a capacidade desestabilizadora dos que chegam. Quem está acomodado não quer perder os privilégios, o status quo. Daí a necessidade de domesticar, trotar, estabelecer de antemão as regras dos que mandam. Para não ficar muito explícito, ai usa-se o termo integração, socialização, “boas-vindas”, ritos de passagem e tantas outras variações sobre o mesmo tema. E nós, por já estarmos bem acostumados com tudo isto, não nos sentimos incomodados e queremos apenas que fiquem em níveis aceitáveis – de preferência sem mortes ou lesões permanentes. A cada início de semestre o ciclo se refaz e la nave vá...
Arnaldo, penso que mais antigamente é um tiro de passagem que hoje é usado, quando bem usado, com muito humor, festa e diversão. De resto os calouros não trazem grandes coisas desestabilizadoras. O importante é o humor, a festa, a transição (normal em todos os grupos humanos) do fim da adolescência para a juventude acadêmica ou profissional. É a farra.
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