quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Lejano Sur (3) - Punta Arenas: turismo y poesia

Fotos e texto: Luiz G. G. Trigo
Obs. Clique na foto para ampliar
Postado em Chile (teclado sem til e cedilha)
Operacao turística: Orecap Campinas, Luiz Timossi

Este quiosque de atendimento turístico fica na Plaza de Armas, a principal de Punta Arenas, onde em suas laterais localizam-se a Catedral católica, prédios históricos e o hotel Cabo de Hornos.

Uma equipe atenciosa e bem informada atende às pessoas, a maior parte estrangeiros. Há folhetos, mapas e revistas disponíveis e atendimentos personalizados de acordo com os interesses turísticos e disponibilidades de gastos das diferentes pessoas.

Esse aí, por exemplo, é um brasileiro com o filhote pendurado, ambos em busca de aventuras.

O teto do quiosque em madeira e vidro. Bonito, né? Esse é um dos 3 centros de informes turísticos que vi em Punta Arenas, o outro é da Associacao de Empresarios de Turismo e o outro é do governo federal. Todos bem equipados e com gente muito bem informada para atender os viajantes.

Passava em uma rua e vi o interior dessa agência de viagens. Coloridíssimo.

A poesia chilena é famosa e o astro maior foi Pablo Neruda, ganhador do Nobel de literatura. Em seu livro Confesso que vivi, há uma passagem linda sobre os bosques do Chile.

Nos arredores de Punta Arenas localizam-se cinco painéis, cada um com 25 azulejos em ambos os lados, posicionados na costanera, uma avenida distante do centro, em frente à Zona Franca de Punta Arenas.

A água é o estreito de Magallanes, link entre o Atlântico e o Pacífico. Do outro lado, bem longe, vê-se a linha costeira da Terra del Fuego, uma das maiores ilhas da América do Sul, onde está Ushuaia (Argentina) a cidade mais austral do mundo. Se falarem que Puerto Williams é mais austral ignore, pois é apenas um pueblito chileno localizado um pouquinho mais ao sul, nao uma cidade.

Ao fundo está Punta Arenas. Quase ninguém passa por aqui, os poucos carros que usam essa via secundária dirigem-se à Zona Franca em busca de bebidas, perfumes e eletrônicos, mas a Zona possui uma entrada principal do outro lado. A iniciativa de colocar os painéis com poesias de artistas da Patagônia, muitos com temas sociais e críticos, foi da municipalidade. Para que colocar poesias em painéis de pedra em locais ermos e afastados? Por que a poesia é bela e existencial. E instigante. Uma escultura, um painel ou uma estrutura arquitetônica dá para ver de passagem, de dentro do carro. Porém para desfrutar dessa arte é preciso estacionar o carro ou andar até lá, ler devagar os textos em pedra, refletir sobre eles e, de repente, lá está o mar e o vento do sul alisando nossas peles, os cabelos (daqueles que os possuem) e nossas almas (se você se permitir). A poesia nos azulejos integra-se à natureza selvagem e no silêncio nos envolve. É uma arte para ser sentida. Slow art. Slow travel. Leia por você mesmo...




O céu, o mar, o vento e o imaginário. E o observador, o leitor, o viajante.

É. "O poeta espera um trem de outras épocas..."

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