Essas três revistas são algo interessante para ler. Desde o início da década de 1990, acompanho a edição especial anual da revista britânica The Economist. Agora está em português em um licenciamento especial para Carta Capital. Esta edição da Newsweek é aquela que listou a nova elite global (veja postagem anterior, Cenários 1). A Exame é para ver quem deixou de ser bilionário em 2008 (veja se seu nome está na lista) e algumas tendências nacionais.
2008 foi sinistro na economia e finanças. E para as previsões. Olhe o que The Economist escreveu na página 124 de sua edição especial: "2008: nossas desculpas. A edição O mundo em 2008 não conseguiu prever nada disso." Coragem e sinceridade. Mas a revista previu algumas coisas e indicou outras tantas tendências. Precisamos de alguns palpites, algumas informações que prevejam algo dos cenários, mas é importante notar que ninguém é infalível (só os picaretas, malucos e ditadores). Às vezes interpretamos mal os fatos e as coisas. Por exemplo, a escultura asiática acima pode assustar, mas não representa o mal e sim a força.
Agora, algumas coisas são realmente estranhas. Como escreveu a revista, quem imaginaria que nomes como Lehman Brothers, Bear Stearns, AIG, Merryll Lynch, Wachovia, Freddie Mac, Fannie Mae e Washington Mutual não sabiam - ou sabiam e sacaneavam - o que estavam fzendo? E desapareceriam, ou perderiam suas características principais, em poucas semanas?
Você tem idéia de quanto as bolsas do mundo perderam? Mais de 11 trilhões de dólares!
As perdas foram assim distribuídas:
Estados Unidos: 5.099,00 (bilhões de dólares)
China: 1.880
Inglaterra: 1.717
Japão: 1.253
Índia: 986
Brasil: 692
Fonte: Exame, 31/12/2008, p. 131
O cenário para 2009 é povoado por nuvens de tempestade, mas o sol brilha por entre a névoa e as águas. The Economist faz análises e cenários para continentes, países e para 16 setores da economia mundial. A parte sobre Viagens e Turismo diz que a área vai registrar seu sexto ano consecutivo de crescimento mas que os altos custos de energia e das passagens e a desaceleração dos gastos de norte-americanos e europeus trarão efeitos no sentido de frear o crescimento. A França manterá posição como o destino mais popular do mundo (83 milhões de visitantes internacionais), mas a China aparecerá pela primeira vez no segundo lugar, com 65 milhões. A Espanha ficará em terceiro lugar (62 milhões) e os EUA em quarto lugar (57 milhões). Porém quem mais arrecada com gastos feitos pelos viajantes continuará sendo os EUA (US$ 110 bi), seguido pela Espanha (US$ 71,2 bi) e China (US$ 68 bi). Quem mais exporta turistas é a Alemanha, seguida pelos EUA e Reino Unido. As companhias aéreas perderão muito dinheiro em 2009, principalmente as norte-americanas. Se você tem dúvidas sobre isso, viaje na classe econômica de qualquer companhia dos EUA para sentir o que é um mal serviço em grande estilo. Quem terá mais sucesso? Transportadoras asiáticas (até na classe econômica o serviço é bom) e os hoteis econômicos. Las Vegas que se cuide. Macao está desenvolvendo novos resorts e se tornará o maior destino em cassinos e jogos de azar do mundo. Bem ao lado de Hong Kong e perto de Cingapura, a cidade se transformou em um destino direcionado aos chineses, asiáticos e amantes da jogatina internacional, dos bons hotéis e do charme cosmopolita. A Ásia mostra sua face de energia cada vez mais. Enfim, 2009 será um desses anos importantes de transição na história da humanidade. Pronto, já fiz minha previsão.


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