domingo, 23 de novembro de 2008

Teresina - luz, cor e cultura (II)

Comecemos pelo topo: a comida mais gostosa do nordeste para mim é a torta de caranguejo do Camarão do Elias, vista abaixo em todo seu explendor segundos antes de ser devorada com pimenta, azeite de oliva e uma água de coco gelada (pode ser com cerveja também).

Cajuína é refrigerante local. Num copo grande, com muito gelo é extremamente eficaz contra o calor local.



Detalhes da decoração da rede de restaurantes Favorito (seis unidades em Teresina, todas segmentadas), este especializado em comidas típicas. A gastronomia piauiense é variada: galinha caipira, capote com arroz, linguiça caseira, carneiro ao leite de coco, carne-de-sol, maria isabel e os doces caseiros. E ainda por cima os peixes e frutos do mar. Para ver mais acesse: http://www.favoritorestaurante.com.br/

O artesanato é algo especial. Em cerâmica, madeira, metais ou tecelagem, as peças artasanais nordestinas representam a evolução estética da cultura popular em sua expressão mais profunda e bela.

O encontro das águas dos rios Parnaíba e Poti.


E junto à margem, o restaurante flutuante...


... onde Sanmya, Julia e eu, antes de me levarem ao aeroporto e depois de visitarmos o Polo Cerâmico de Poty Velho...


...comemos esta deliciosa peixada com uma pimenta arretada e uma cerveja gelada.

Este é um dos anjos de Mestre Dezinho. Nascido José Alves de Oliveira, em 1916, no interior do Piauí, o artista passou por uma infância e juventude bastante pobres e, sem estudos, tornou-se um artesão em madeira altamente respeitado, com exposições no Brasil e no exterior. No voo de volta vim lendo seu livro Minha Vida onde a simplicidade e expontaneidade deixam entrever sua capacidade de expressar o mundo através do artesanato em madeira. Boa parte de suas obras podem ser vistas na igreja N. Sra. de Lurdes, no bairro Vermelha de Teresina.

A igreja Nossa Senhora de Lurdes está em obras. Por trás dessa porta simples abre-se uma comunidade que preserva seu passado através da arte do mestre Dezinho e vive seu presente em grande estilo. O Padre Antonio Cruz, pároco da igreja, está instalando ar-condicionado no templo, tem bebedouros para o povo matar a sede no calor e é muito respeitado pela comunidade.

Na porta de entrada, o Espírito Santo. A obra de mestre Dezinho foi bastante danificada e restaurada depois de sua morte. Atualmente é preservada por Kim, o Joaquim José Alves, sobrinho do mestre.

Aí está o padre Antonio Cruz (de costas) conversando som seu rebanho. Nos recebeu bem à vontade, deixou tirar fotos e voltou a cuidar de seu povo.

O conjunto do altar feito por mestre Dezinho, formas e cores que levam a sensibilidade popular ao núcleo da religião estabelecida.

É uma igreja simples e grande, com o madeirame do teto fazendo parte do conjunto artesanal.

Detalhe do altar.

O Polo Cerâmico de Poty Velho, onde artesãos de cerâmica (alguns em madeira) possuem suas lojas, ateliês, depósitos e fornos. D produtor ao consumidor direto, isso garante variedade, escolha e preços ótimos.

Algumas peças ficam nas calçadas, colorindo a rua com seus traços alegres e significativos.

O interior de um dos ateliês onde mestre se ajudantes trabalham na criação de um imaginário moldado em barro cozido.

O barro mole e molhado, modelado por mãos e mentes instigantes, é cozido nos fornos de tijolos.

Peças largadas esperando compradores.

Essas bonecas são o maior sucesso.

Os peixes em tecido e cerâmica foram premiados em exposições de artesanato.

Trabalho e criatividade em equipe.



Aí está o processo manual de moldar o barro.

O motor elétrico é controlado por uma tábua no pé.

Quase pronto.

Pronto para o forno.


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