Obama

É hora de declarar meu voto para as eleições nos Estados Unidos. Não voto lá mas me interesso por política inernacional, especialmente pela gringolândia. Espero que Obama ganhe. Por que?

É inteligente.

É do partido Democrata.

Não é da corja do Bush.

Possui uma história política bem construída.

Pode melhorar a imagem dos EUA no exterior.

Pode melhorar as políticas públicas dos EUA.

Está distante do estereótipo dos red necks cretinos e reacionários dos EUA.

Possui a história de um ser humano decente.

Representa a esperança, num mundo onde essa palavra tornou-se pálida...

Algumas boas frases do orkut

Uma boa frase é como um artesanato bem feito ou uma pequena obra de arte. Pode ser original, copiado, modificado, encurtado ou ampliado, mas o importante é que tenha atitude e estilo. Fuçando na seção about me do orkut, em vários e aleatórios perfis dos(as) amigos(as), selecionei algumas frases que me causaram uma ... presença:

# Quem sou? Como sou? decifra-me.

# Seu pensamento pouco me interessa e o seu preconceito é o seu espelho. Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos...

# So long, and thank´s for all the fish (Mochileiro das Galáxias... Leu? Então não adianta explicar).

#Face your fears, live your dreams.

#Uma pessoa em busca de um canto pacífico para se vivê, de uma profissão digna de se exercê, de um amigo para junto bebê e de uma mulher maravilhosa para junto envelhecê.

# Tudo faz mais sentido com você a meu lado.

# Não posso dizer....

# Uma pessoa que saiu em busca de um sonho. num lugar estranho e encontrou muita gente esquisita.

# A vida não vale nada se você não tiver uma boa história para contar.

# Acredito que a essência da felicidade é realizar o seu potencial.

#O que os olhos não vêem ... a vida esfrega na nossa cara.

# I am a cool person. Just it.

# Sou louco mas não insano, embora esteja sempre a um passo disso.

Se eu tivesse de deixar algo, hummmm, xovê:

Não é minha, é do Nietzsche, mas eu poderia ter dito:

#Anda atrás do sol. À sombra.

Quer uma só minha?

# Arrogância, insegurança e mau-humor são apenas facetas diferentes das mesmas - e complicadas - limitações.

Diário da crise anunciada

O editorial do The New York Times de 24 de outubro (sexta-feira) está ótimo. Parece que foi escrito por um diretório estudantil de esquerda. Os primeiros parágrafos são sobre a "herança maldita" de Bush: duas guerras, imagem dos Estados Unidos arruinada no exterior e incapacidade de proteger seus cidadão, seja contra inundações provocadas por furacões, seja para garantir padrões decentes de saúde, seja para evitar que percam suas casas, empregos, poupança e pensões no meio da maior crise econômica das últimas décadas. O resto do texto apóia explicitamente Barack Obama para presidente.

A Folha de São Paulo de 26/10 (domingo) traz um artigo (no suplemento mais! ) de Edward Luttwak, autor de turbocapitalismo e outros livros. Ele é historiador e especialista em política e guerra. Curto e grosso, ele fala da crise, da desaceleração da economia real, do colapso de empresas ligadas à economia especulativa e como Londres e New York sofrerão os efeitos nocivos da recessão em suas áreas metropolitanas. Entende que haverá um declínio relativos dos EUA, mas a economia do país superará as dificuldades - com dificuldades. O parágrafo sobre o Brasil merece ser reproduzido: "Como exportador altamente diversificado de todo tipo de bens - aviões, metais, soja, carne bovina, suco de laranja, café -, o Brasil vem sendo atingido em todas essas frentes, mas de maneira não muito severa. "Comenta que a China possui um risco razoável e que a Venezuela está ferrada porque gastou dinheiro em projetos populistas inócuos e com a queda do preço do petróleo suas contas não fecham. A Rússia é outro país a se preocupar, também com a baixa do petróleo.


Enquanto isso, na segunda-feira, as bolsas européias e asiáticas continuam a cair. Só não é manchete porque o segundo turno das eleições monopoliza o noticiário. Marta viu que a língua solta e a falta de parâmetros razoáveis na ética pela disputa eleitoral pode corroer o patrimônio eleitoral, tanto quanto a queda das bolsas corrói o dinheiro dos investidores. Saiu das eleições menor do que entrou e, sem nenhuma necessidade, comprometeu seu passado de lutas pela diversidade social.

Turismo em Itu, SP

Na última sexta-feira à noite estive no CEUNSP, em Itu, para falar aos alunos de turismo, administração e áreas afins. Foi um convite de minha amiga, Profa. Sandra Rigatto, atual coordenadora do curso. É uma dessas escolas com tradição e prédios antigos, com muitas árvores e jardins bem cuidados.

Itu e Salto são cidades históricas do interior de São Paulo, cercadas de condomínios sofisticados e algumas áreas geológicas importantes. Itu é também a sede da Schincariol e outras indústrias. Como todas cidades de porte médio ou pequeno no Brasil, está buscando se inserir nas novas realidades do turismo. Falei sobre cenários, tendências e, claro, sobre as influências da atual crise econômica global nas áreas de viagens e turismo.

Aí está o auditório, num prédio em estilo moderno com a platéia. Depois da palestra fomos ao bar Cafundó onde comi um delicioso sanduíche de mortadela. Dormi em Itu mesmo, na casa de meus primos, cercado pela goiabeira em flor e a cachorrada da casa.

Reflexões sobre meu blog

Meu amigo, o prof. Maurício Pinheiro, pediu que eu comentasse meu blog para o Encontro Anual de Extensão da PUC-Campinas, onde ele fala sobre novas tecnologias etc. Aproveito para comentar algo que interesse a todos e todas que leem este espaço.

Comecei o blog em 17 de setembro de 2007 e já postei 142 vezes (com essa). Aí embaixo estou eu, escrevendo no meu apartamento de Sampa.

Um blog é a versão virtual do antigo diário, só que esse era confidencial, escondido e o blog é aberto a todo mundo. Quais são suas vantagens?

Liberdade. Quando publico um livro ou um artigo em jornal, revista ou site, tenho que respeitar uma linha editorial, ser mais formal etc. No blog não. Opino, ilustro e fotografo o que eu quero. E o mais importante: eu mesmo pesquiso, escrevo, edito e publico. E posso alterar as versões, corrigindo, eliminando ou inserindo coisas ao meu gosto e prazer.

Rapidez. Quando dou palestras, em geral faço uma pequena matéria a respeito, com fotos. Então a pessoa me vê e ouve num dia e à noite (ou no dia seguinte) lê minha versão do evento. Amanhã vou para Itu. No sábado você saberá o que fui fazer, como foi etc.

Informalidade. Um blog legal não tem frescuras, formalidades ou rapapés ignóbeis.

Humor. É fundamental, né? Aliás, faixa numa avenida de São Paulo: "Marta, se perder as eleições, relaxa e goza!"

Prazer. Quando escrevo profissionalmente, bem, é profissional. Mas aqui é por puro prazer de escrever o que me dá na telha. De ser hiper-moderno (ou pós). De guardar num lugar público coisas que me são significativas e que podem ser compartilhadas. É meu show de Truman particular, minha mônada de contato no hiperespaço. Meu hub virtual. E este prazer está ligado à diversão, informação. liberdade, informalidade, humor, tudo on line.

Keep in touch. Contato humano é fundamental. Mesmo sendo à distância. Não tem problema de ser virtual, antigamente as epístolas, cartas em geral e telegramas eram distantes e demoravam para chegar e ser respondidas. O blog é rápido. Já chegou. Gostou? Quer interagir? Vai fundo, é fácil e rápido. No meu caso, que escrevo e dou aulas, meus alunos e leitores podem me conhecer em um espaço mais livre, leve e solto. Aliás, um e-mail ou postagem pode ser tão charmoso quanto uma velha e boa carta. Eu disse charmoso e, talvez, romântico. Nada de auto-ajuda, coisas melosas ou mensagens pretensamente edificantes e genuinamente jecas.

Informação. Aquilo que eu acho importante posso divulgar. Ou criar. Meu grupo de contatos pode estar sempre on line comigo, de maneira mais solta. Por exemplo, vocês sabiam que o Alexandre Panosso e eu acabamos de terminar um novo livro sobre os cenários do turismo atual? Vocês estão sabendo em primeira mão. Em breve será publicado, com capítulos sobre o que há de mais atual no pedaço. Mais informação? Em janeiro farei uma viagem ao extremo sul do Chile, nos lugares mais inacessíveis do emaranhado de ilhas, lagos e fiordes que devem ser vistos com o espírito aberto e um copo de vinho na mão. Por último: Grande abraço à turma da PUC-Campinas. Qualquer dia eu posto as fotos que tenho dos tempos em que era aluno de turismo e da filosofia. E conto das festas que organizamos no Páteo dos Leões quando era do centro acadêmico da Filo. Até Dom Gilberto se lembra...

Congonhas airport - flanando na maionese

Não gosto de chegar em cima da hora dos voos. Não é só por causa do trânsito em Sampa, é que gosto de flanar um pouco pelos cantos e corredores do aeroporto de Congonhas. Inaugurado em 1936, seu saguão central é um exemplo clássico de arquitetura moderna em São Paulo, apesar das modificações feitas recentemente. Quinze milhões de passageiros passam por ali anualmente. Na minha última viagem tirei algumas fotos de ângulos que acho interessantes. Esse mapa do Brasil por exemplo, feito em madeira, está no salão de embarque, depois da passagem pelos raio-X e detectores de metais.

Um aeroporto é um hub de sonhos. Portanto precisa de lojas com coisas decorativas, estranhas e coloridas. Como nossos sonhos. A vitrine dessa loja de quinquilharias oníricas está entre o saguão de check in e o saguão central.


Este é o saguão central. Uma das modificações foi a instalação das escadas rolantes para acesso às passarelas telescópicas para embarque e desembarque no segundo andar. Antigamente era tudo feito pelo térreo. Um horror. Hoje já é bem mais confortável, porém quando há atrasos ou fechamento o aeoporto fica impraticável.

Um espaço tranquilo é o segundo andar, onde está o restaurante principal e um bar com vista para a pista. Ali também há umas fotos antigas, das décadas de 1930 e 1940 quando viajar de avião era um glamour exuberante.

Geralmente há carros expostos no saguão central e no salão de embarque no primeiro andar. Vendas e marketing fazem parte da vida de um aeroporto.

Pilotis, balaustradas e curvas. Uma visão do saguão central do alto do primeiro andar, área de embarque. As linhas elegantes do aeroporto revelam um período de charme da cidade. Outro aeroporto charmoso e clássico é o de Santos Dumont, no Rio de Janeiro, hoje totalmente reformado depois de um incêndio e das obras de remodelação.

Este painel de Romero Brito (artista pernambucano descoladíssimo) está na área próxima ao saguão central, antes do embarque, portanto todos podem admirar. Comemora os 100 anos de Santos Dumont.

O aeroporto tem recantos menos tumultuados como a sala VIP da American Express, acessível para seus associados com cartões gold e platinum. "Não saia de casa sem ele".

Vista interna da sala VIP da American Express. Seus cafés são excelentes. Há também água, sucos, refri, comidinhas anódinas, TV, jornais, computadores e banheiros limpos. No aeroporto de Guarulhos há outra sala VIP, com um café da manhã excelente.

Depois das reformas que demoraram anos, da crise aérea e do acidente com o avião da TAM, Congonhas passa por um período mais tranquilo. Que os deuses preservem

Professors

Esperei até o final do dia 15 para escrever sobre professores. Para pensar melhor sobre isso. Sobre minha vocação.
Gosto de ensinar, porque gosto de aprender com meus interlocutores.
Gosto de ensinar, porque isso dá prazer, se for bem feito.
Gosto de ensinar, porque isso diminui a estupidez e a ignorância, inclusive a minha própria.
Gosto de ensinar, porque e a única maneira de melhorar uma civilização.
Gosto de ensinar, porque me afasta da barbárie e da insensibilidade.
Nós, educadores, temos que apoiar e, se possível, colaborar para que nossos alunos realizem os seus próprios sonhos, escolhidos por vontade e liberdade também próprias.
Uma amiga, Luzia Neide Coriolano, de Fortaleza, me mandou uma mensagem significativa dizendo que a educação nada tem a ver com pássaros em gaiolas, mas com pássaros voando livremente pelos céus. Por isso a foto da porta com o cadeado inútil porque do outro lado a fechadura está destruída. A porta é educada, pois está aberta ao mundo, deixando passar e fluir as pessoas e suas idéias, mas sem que uma queira obstruir a outra.

Deixo minha homanagem aos meus alunos e alunas que abriram suas portas e escolheram seus caminhos.

Ao que parecia um porra-louca mas era um sábio que hoje vive de artesanato na Europa com uma menina maravilhosa;
aos que se tornaram docentes e possuem um brilho nos olhos ao encontrar suas classes;
aos que abandonaram os estudos formais e foram à luta no mundo;
ao que se assumiu eterno, perante a classe e a universidade;
aos que se titularam nos diversos níveis com glórias e honras;
aos que se tornaram presidentes de companhias aéreas;
aos que se tornaram profissionais nas mais diversas empresas;
aos que mantiveram o bom humor;
àquela que encontrei num vôo, chefe de cabine, e me contou sua vida: rica, linda, corajosa e bela;
ao que escreveu no seu blog: "esse cara é meu amigo";
aos que leram meus livros - e os criticaram;
aos que não me esqueceram;
aos que eu me esqueci e me esqueceram;
aos que possuem uma esperança e por ela continuam a estudar;
aos que se tornaram sábios;
aos que reconheceram seus limites;
aos que entenderam os meus limites - ou não;
a todos e todas que sabem olhar a lua, o sol ou outras estrelas e ver mais do que astros, marcos de tempo ou símbolo e sentem, no fundo de suas existências, que são parte consciente desse universo;
a todos e todas que sabem olhar os outros seres humanos e a teia de vida neste planeta e sentem uma correspondência invadir suas mentes e sentimentos.
E, claro, que homenageio também meus colegas;
meus mestres;
e todos que me ensinaram.

"We don´t need no education
we don´t need no thought control
no dark sarcasm in the classroom
teacher leave us kids alone
hey, teacher leave us kids alone
all in all is just another brick in the wall"

Pink Floyd - The Wall

UNESP Rosana, SP

Na segunda-feira à noite voei para Presidente Prudente, dormi e no dia seguinte fui para Rosana. É o extremo oeste do estado de São Paulo. Localizada a 770 quilômetros da capital, Rosana está entre dois rios, o Paraná, ao norte, e o Paranapanema, ao sul. Nas décadas de 1970/1980 lá foram construídas duas barragens pela CESP (Centrais Elétricas de São Paulo). O lago da barraegem Primavera submergiu partes de 16 municípios entre MS e SP. Quatro anos atrás, numa das antigas instalações da CESP, foi instalada a unidade de UNESP (uma rede de universidades estaduais de SP, irmã da Unicamp e USP) em Rosana, no distrito de Primavera, todinha dedicada ao Turismo. E para lá fui eu, convidado por uma turma bem legal. Veja só:

Em pé o coordenador do curso, Prof. Edson Piroli, depois os professores Sérgio Oliveira, Rosângela Thomaz (Coordenadora Executiva do campus), Fernando Protti, Marcos Carvalho Lucas (Vencestur e Aviesp), Claudia Moraes e Luiz Neto (da UFMT).

Abri a II Semana de Turismo com o tema "Turismo e mercado de trabalho na contemporaneidade" e falei exatamente sobre isso. Acima está parte do auditório.

Na foto abaixo a estrada que passa pelo rio Paraná unindo MS e SP (olha a placa de divisa estadual). A estrada passa por cima da barragem. O lago tem águas cristalinas, ótimas para o calor que faz na região. Pena que não há marinas, mas há muita natação, pesca e festa na margem do rio.

Com partes de 16 municípios foram alagas, foi instituído um museu para preservar parte dessa memória submersa. Uma turismóloga especializada cuida do lugar, auxiliada por estagiárias do curso de turismo da Unesp.

O dia acabou assim. Crepúsculo à beira do rio Paraná, uma imensidão de água, matas, ilhas e um céu deslumbrante. E era noite de lua cheia...

Depois voltei para Presidente Prudente para dormir um pouco e embarcar na madrugada seguinte com destino a São Paulo. Pela GOL. Mas à noite ainda jantei no restaurante Tacchino, um dos melhores da região (http://www.tacchino.com.br/). Tive o prazer da companhia do Marcos Lucas, da Vencestur e delegado da AVIESP na região. O abadejo com risoto estava ótimo, o chopp gelado e cremoso e a conversa fluída como os rios do extremo oeste de São Paulo.

Last but not least... a equipe de professores e alunos de Rosana está bem integrada com o mercado turístico e apesar da distância, esse jovens professores participam bastante de eventos, congressos e reuniões da área pelo país. A primeira turma de alunos graduou-se em 2006 (a unidade é de 2003). Certamente vamos ouvir falar cada vez mais de Rosana.

Sunny monday

As notícias sobre a crise internacional foram melhores graças às estatizações européias. Interessante essa postura de socializar os prejuízos e gastar privadamente os lucros. Neoliberalismo de araque e oportunismo.

Depois de três anos recebi um texto sobre a CVC, transcrito para o inglês. Finalmente parece que será publicado e pediram que eu o atualizasse. Relendo as políticas da CVC que a tornaram líder no mercado nacional após as crises de 1999 e 2001, vi claramente que essas mesmas políticas a preservam desta crise de 2008. Não resisti a escrever que, pela primeira vez, o Brasil encontra-se mais bem protegido nesse caos financeiro global. Espero que a loucura não nos atinja e o governo mantenha-se acima da hybris nacional. Mas ainda há um longo caminho pela frente e o FMI (lembram dele?) disse que as bolsas ainda podem cair uns 20%. Como a tela do meu computador não é uma bola de cristal, resta-me profetizar apenas sobre o passado. Boa semana.

Algumas lições de Jafari

Deixo aqui o resumo de parte da palestra de Jafar Jafari. São palavras e idéias que muitas vezes comento e leio em outros autores. Sempre é importante acentuar esses pontos a respeito de posturas profissionais e pessoais em nossas vidas:

Ter a mente e os braços abertos ao mundo;

Entender que nenhuma cultura, religião ou nação é melhor que a outra;

Estudar seriamente ciências sociais para entender melhor o mundo;

Trabalhar com estrangeiros e pessoas diferentes;

Ler livros. De ficção ou técnicos. Exercita a mente e "desemburrece" (essa é minha, não do Jafari);

Ter amigos em outros lugares;

Assistir filmes de outras culturas e países;

Trabalhar em outros lugares e no exterior;

Estudar, viajar, estar disposto aos novos desafios e mudanças.

Jafari fez seu doutorado em antropologia, portanto valoriza as outras culturas e etnias. Ele mesmo é iraniano, estudou na Europa e vive nos Estados Unidos. É muçulmano mas completamente aberto às outras religiões e idéias.

Amanhã estarei na UNESP de Rosana (extremo oeste de São Paulo), na semana de turismo da região. Fotos e notícias em breve. Adianto que os(as) professores(as) de Rosana têm participação bastante ativa nos congressos e atividades acadêmicas do turismo nacional. Minha palestra será: Panorama e perspectivas do turismo na sociedade contemporânea e a importância da atuação do profissional em turismo.

Melting down na economia - Black friday

As más notícias começaram na madrugada brasileira com as quedas brutais das bolsas asiáticas (entre 4% e 10%). Pela manhã foi a queda das bolsas européias e norte-americanas O índice Bovespa chegou a -10,19% às 10h35 e parou por meia hora. Foi a terceira vez que isso aconteceu em menos de uma semana. A bolsa de Moscou nem abriu. As notícias se precipitam em um jorro de fatos inéditos: seguradoras quebram na Europa; bancos quebraram nos EUA; a General Motors e a Ford tem quedas expressivas em suas ações; o sistema bancário da Islândia quebra levando investimentos de países europeus para buraco; agências de risco desacreditadas em suas avaliações; falta de confiança; mercado em pânico; pessimismo. E o FMI avisou que a crise ainda não acabou.

2009 será um ano de desaceleração na economia mundial. A crise chegou ao Brasil com a falta de crédito, queda das bolsas, aumento do dólar. Tenho um tio de 95 anos, lúcido como uma raposa, que trabalhou no Banco do Brasil e no Banco Central. Já viu muita coisa em sua vida. Suas palavras sobre a crise foram: é um período de indecisões, de expectativas, de receios perante o futuro.

A situação ficou sombria em semanas. É um cenário de ficção científica. No passado li relatórios sobre uma eventual quebra sistêmica do sistema financeiro internacional. Não é o caso, mas a sucessão de quedas nas bolsas é inédita, depois de 1929. Esta crise é diferente porque acontece em um mundo globalizado com as informações cobrindo o planeta em tempo real, interrompidas apenas pelos fusos horários e o movimento de rotação do planeta que alterna dias e noites. Mas a crise funciona 24 horas, juntamente com o sistema financeiro internacional. As sociedades pós-industriais estão interligadas pelos novos meios de telecomunicações desenvolvidos nás últimas décadas. E os países, empresas e pessoas funcionam na base da confiança.

E aí reside o problema. A confiança foi quebrada. Por quem? Analistas de crédito gananciosos. Consumidores iludidos pela alta dos preços dos imóveis nos Estados Unidos, o que gerou hipotecas e dívidas em escalas acima do recomendado pelo bom senso. Agências de controle lenientes, cúmplices de uma especulação absurda. Bancos irresponsáveis. Uma corrente que se transformou num círculo vicioso terrível. Subprime significa crédito para pessoas com pouca capacidade de pagamento. O sub da palavra é o mesmo que em português: abaixo da capacidade. A lógica perversa dos ganhos a qualquer preço encontrou ambiente favorável no contexto político perverso do governo Bush. Esta é mais uma crise cíclica do capitalismo, agora monopolista e financeiro, globalizado e interligado eletronicamente. On time. Just in time. "Welcome to the desert of the real".

O futuro? O sistema não quebrará totalmente mas centenas de bilhões de dólares se evaporaram e outros derreterão em uma crise que envolve quanto? 40, 50 trilhões de dólares? Não dá para prever. Estamos no meio à crise. Pânico é o que se vê nas TVs e se lê nas telas de computador. Esse frio na barriga é uma queda e ainda não dá para ver o fundo. O ponto de inflexão demora a aparecer. Fique frio. Fique ligado.

X Seminário Internacional de Turismo - Curitiba, PR

O prof. Panosso está em Curitiba, no SIT e mandou essas fotos e notícias para o blog.

O X Seminário Internacional de Turismo tem como tema Pesquisa e novas tecnologias: ciência e inovações tecnológicas em benefício do turismo e está sendo realizado em Curitiba-PR.
O evento pela primeira vez está sendo organizado formalmente pela Universidade Positivo e pela Universidade Federal do Paraná (por meio do Observatório de Turismo do Paraná).
Os principais responsáveis pelo evento são o prof. Dario Paixão e o prof. José Manoel Gandara, coordenadores do curso de turismo da UP e da UFPR, respectivamente.
O primeiro dia do evento foi um sucesso. O número de inscritos chegou a quase 700 e são mais de 300 trabalhos científicos que será apresentados.
O evento foi aberto com a palestra magistral do prof. Dr. Jafar Jafari (que estava conosco na EACH/USP no início da semana).

Aqui temos José Gandara (UFPR), Jafar Jafari, Alexandre Panosso (USP) e Dario Paixão (UP)

Abertura do evento no salão de eventos da Universidade Positivo. Uma curiosidade, o Positivo possui uma biblioteca instalada em um prédio de 6.500 metros quadrados, especialmente construído para sediar o complexo. Eles compraram a biblioteca de Roberto Campos e seu acervo está à disposição para consulta, em uma seção devidamente ambientada com recordações do falecido economista. Como eu sempre digo, diga-me o tamanho da biblioteca e de seu acervo e te direi se a sua instituição realmente preza o conhecimento.

Painel e logotipo do SIT. As noites curitibanas estão turisticamente mais animadas com a turma do Positivo e da Federal atuando juntos em um evento que tornou-se referência no cenário nacional.

Aliás, esses três jovens senhores (Gandara, Panosso e Dario ) estão no livro Segmentação do Mercado Turistico (São Paulo: Manole, 2008), ao lado de outros 30 autores e autoras. E o livro está bem divulgado na última revista de bordo da TAM.

O site do evento é http://www.sit2008.com/ . Confira a festa.

Jornada de lazer e turismo - último dia

Dia 7, foi o último dia da III Jornada de Lazer e Turismo na EACH-USP. Foi o dia dos mini-cursos. O almoço de despedida do Jafari em São Paulo foi no Walter Mancini. Ele adorou o vinho uruguaio (Elegido), a pescada a molho de maracujá e o creme de papaya de sobremesa. Montamos uma sala VIP para ele trabalhar na USP e à tarde teve uma webconferência com seus alunos em Wisconsin. Panosso e eu falamos sobre turismo no Brasil e ele conferiu os rabalhos da turma. Algo que o instigou foi a exótica e saborosa jaboticaba. Ele até mostrou o pote de frutas para seus alunos nos EUA.

Para quem não conhece a EACH (ou USP-Leste), aí está um dos centros de convenções. Bonito, né? E confortável.

O professor Rui José de Oliveira em seu curso sobre backpackers. Ele já viajou o mundo inteiro de mochila e vontade de descobrir coisas.

O professor Newton, de Ourinhos (SP) e a professora Rita Giraldi, colega da USP.

Participantes do mini-curso mais agitado do dia. Adivinhe de quem???

Do brincador Edinho Paraguassú, que não aparece na foto porque está se preparando para se jogar no meio do povo.

Aí está o interior do maior prédio da EACH, o I-1, também chamado Titanic.

Vale visitar a área. até a próxima.

Jafar Jafari no Brasil II

A III Jornada de Lazer e Turismo da EACH-USP foi um sucesso. A palestra de Jafar Jafari foi uma aula de erudição humanista, visão aberta de mundo e posicionamento perante as mudanças contínuas e os valores permanentes. Escreverei um artigo sobre sua palestra oportunamente.


Tive a honra de mediar a palestra do mestre.


Aqui estão alguns de nossos alunos e alunas que ajudaram na organização do evento. Foi impossível colocar todos na foto porque estavam espalhados pelo Centro de Convenções.

Meu amigo André Pousada, Diretor Executivo do FOHB e um dos palestrantes da tarde. Falou sobre o profissional na hotelaria, suas competências e aptidões necessárias e desejadas. Alexandre Panosso Netto mediou a palestra.

Outro amigo, José Bento Desie, do SEBRAE-SP. Falou sobre as competências necessárias ao empreendedorismo. Ele é um dos especialistas nesse campo, com profunda experiência e sensibilidade na área. Mariana Aldrigui mediou a palestra.

Jurema Monteiro, veio especialmente do Ministério do Turismo. Ao seu lado, Eduardo Sanovicz, que mediou sua palestra. Jurema falou sobre a atuação do profissional na gestão pública do turismo.

Old friends in Brasil. Jafari e Mário Beni encontram-se na EACH-USP. Amigos de outros eventos em outros países, os dois estiveram juntos, dessa vez em São Paulo.

Eu, Jafari, Panosso e Beni. Beni foi orientador do Panosso no doutorado na USP e participou das minhas duas bancas de ingresso, também na USP. estivemos juntos e vários lugares do mundo em congressos e eventos. Jafari é um ídolo dos nossos tempos de estudante. Foi ótimo recebê-los em nosa casa acadêmica.

Os professores e alunos juntos numa foto ao final da palestra de Jafar Jafari, numa as alas de convenções da EACH-USP. Uma bela cena de interação acadêmica. Estiveram presentes também colegas da ECA-USP, UNESP-Rosana, PUC-Campinas e outras instituições amigas. As palavras de Jafari foram um estimulante forte e saboroso para toda a turma.

Jafar Jafari no Brasil

Foi um domingo agradável na companhia do Jafar Jafari, editor fundador do Annals of Tourism Research, editor da Enciclopédia de Turismo e professor de Hospitalidade e Turismo da Universidade of Wisconsin at Stout (EUA). Ele veio participar da III Jornada de Lazer e Turismo da EACH-USP e depois vai para o 10º Seminário Internacional de Turismo, em Curitiba, organizado pela Universidade Positivo e UFPR (www.sit2008.com.br). Aliás, quem bancou a vinda dele foi o pessoal de Curitiba que sempre dá um show de organização no evento que acontece de 8 a 1o de outubro. Deixamos aqui os agradecimentos aos profs. Dario Paixão, José Gandara e toda a equipe da Universidade Positivo e UFPR

Aí está o Jafari, almoçando no Marinheiro, início da zona leste de São Paulo. Conversamos sobre a crise americana (capa das principais revistas semanais brasileiras), o turismo e a vida acadêmica.

Jafari e Alexandre Panosso, o responsável pela equipe que organiza a III Jornada de Lazer e Turismo da EACH-USP.

Jafari e eu, lembrando nossos outros encontros na China e no Rio Grande do Sul. Depois fizemos um tour por São Paulo passando pelos três túneis até a zona sul, campus da USP-Butantã, shopping Cidade Jardim, ponte estaiada, Moema, praça da Sé e a Catedral, Páteo do Colégio, bebemos um Porto em casa, falamos do mundo e depois o deixamos no hotel. Amanhã tem a abertura da Jornada, palestras e a conferência do Jafari será às 19h00 (Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP, na zona leste).

... and last but not least... ele adorou o Badejo do lugar e a pimenta caseira, degustada em meio aos camarões, o arroz e as batatinhas. Amanhã queremos levá-lo num restaurante descolado na região da Av. Anália Franco, o filé do Tatuapé.

Amanhã também fotos e notícias da III Jornada de Lazer e Turismo da EACH-USP.