terça-feira, 30 de setembro de 2008

Teoria do Turismo

Com 73 conceitos bem discutidos e dividido em seis partes, o novo livro de Alexandre Panosso Netto (EACH/USP) e Guilherme Lohmann (ex-EACH/USP e agora na Universidade do Havaí) traz uma ampla teia teórica articulada e atualizada sobre o turismo, no Brasil e nos principais centros de pesquisa ocidentais.
O livro foi publicado pela Aleph, uma editora que continua a acreditar na área, apóia diretamente os eventos acadêmicos e investe nesta nova fase da configuração da pesquisa e produção teórica do turismo no Brasil. Sem contar que a Aleph também arrasa numa área deliciosa que é a ficção cientifica. Ler Phillip Dick, por exemplo, em sua bem cuidadas traduções é outra deliciosa viagem.
A viagem teórica de Lohmann e Panosso, analisando autores, conceitos e métodos, faz seis paradas ao longo das quase quinhentas páginas:

Teorias, sistemas e modelos
Conceitos
Disciplinas
O turista
Intermediação, distribuição e viagens
O destino turístico

Resultado de pesquisa ao longo de alguns anos, o texto traz aos estudantes, docentes, pesquisadores e profissionais material para consulta e ampliação de seus horizontes teóricos. Tive o prazer, juntamente com o colega Marcelo Vilela, de fazer a revisão técnica do livro.

Boa leitura.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Diamantina, MG - As fotos

Diamantina possui muitos ângulos, um povo legal, música e cenários diversificados. Em suma, uma delícia. Abaixo a antiga vila de Biri-Biri, uma ex-tecelagem localizada próxima à Diamantina, hoje abandonada e aberta à visitação.

As namoradeiras são peças de artesanato local. A cidade transmite uma certa paixão e desejo. Ótimo lugar para perder-se nas malhas de Eros.

Parte da Estrada Real, antigo caminho feito pelos escravos no século 18 e que ia até Paraty ou Rio de Janeiro (há controvérsias). Por ali escoaram riquezas, sonhos e sangue.

A praça onde acontece, um sábado por mês, a Vesperata. às sextas-feiras há também as serenatas (nessa não teve porque choveu).


O casario local. A mineiridade colonial esparrama-se pelas colinas, por entre ruas de pedras irregulares, como são os desígnios humanos.


As torres da Catedral. O catolicismo encontrou seu lugar nas montanhas exuberantes de riquezas das Minas Geraes.


Casas com amplas janelas, portas altas e telhados solenes. Com o desfiladeiro de pedras ao fundo.


Minha palestra na Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri. Promoção ABBTUR-MG, realização SENAC-MG e UFVJM. Platéia atenta, divertida e interativa.

Nossa mesa da Vesperata: Prof. Marcelo, Sérgio Martins (ABBTUR-MG), eu. Atrás: pessoal da Universidade e do Senac (Cristiano).

A palestra do Cristiano acabou numa farra da boa.

Eu, bem acompanhado da turma de turismólogos da UFVJM.




sábado, 27 de setembro de 2008

Dia Mundial do Turismo em Diamantina, MG

Parabéns para nós todos e todas. Entrei o dia 27 dançando no Planetarium, em Diamantina, com o pessoal da Universidade Federal e agregados, em plena Enturmefest. Provei o criotwist, à base de rum, limão e menta. Encontrei colegas professores (Caê e Juliana), um casal que foi aprovado no concurso daFederal e que, com uma equipe de docentes, pilota o curso de turismo local. Flanei pela cidade e hoje à noite verei a famosíssima Vesperata.

Me perguntaram o que comemorar neste dia. Em primeiro lugar o prazer de fazer o que se quer, para si e para a comunidade. O prazer de viajar, conhecer, aprender, curtir. A comemoração insere-se num processo:

Comemorar os avanços do turismo no país;
a consciência de entender que ainda a muito a ser feito;
entender o turismo como um direito das pessoas, inclusive das mais humildes;
entender que viajar pelo planeta é também protegê-lo;
aprender a respeitar as diferenças;
eliminar o preconceito, racismo, machismo, etnocentrismo e xenofobia;
vivenciar o prazer em sua plenitude, do sexual ao espiritual;
proteger o direito dos outros sentirem esse mesmo prazer;
respeitar os diversos meios de sentir e procurar o prazer;
viajar no mundo real e virtual;
ousar propor novos destinos e meios de atingí-los;
perceber os sentimentos e o conhecimento como destinos privilegiados dessa viagem;
criar roteiros próprios, inclusive para nossas vidas.

"E quando nada mais restar, ainda restará a história do que fizemos."

E eu completo: restará também o prazer dos sonhos e desejos realizados.

Um ótimo dia e vida de turismo para todos e todas que entendem o sentido e o significado de suas próprias viagens.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Diamantina e a riqueza do turismo

Diamantina (MG) está bombando na Semana do Turismo. Uma iniciativa inédita entre a ABBTUR-MG, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri e Senac-MG (com duas sedes em Diamantina) possibilitou o segundo ENTURME (Encontro de Turismólogos Mineiros).
Houve uma abertura rápida com apresentação da Banda Mirim, um grupo musical formado por crianças e adolescentes de excelente nível musical. Aliás, Diamantina tem história, música e gastronomia, só para começar, sem contar o patrimônio artístico e cultural e a hospitalidade mineira, bão demais sô. Dei minha palestra com uma grande participação do público e depois houve quatro mini-cursos. À noite, violão, cachaça e cerveja gelada.
Hoje há vários grupos de discussão e a palestra do Cristiano Henrique Lopes, coordenador de turismo do SENAC-MG, sobre novos paradigmas do turismo. Depois tem forró do ENTURMEFEST.
Amanhã, dia do Turismo, tem comemoração na praça e à noite a famosa Vesperata, o ponto alto das atividades culturais e musicais de Diamantina.
A ABBTUR-MG inova em parcerias e contatos para valorizar mais e mais os turismólogos e todos que trabalham na cadeia produtiva do turismo.
Aguardem as fotos.
Obs. Postado da sede do Senac Diamantina.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

SESC e UFSCar Sorocaba e o dia do Turismo

Estive hoje (24/09) fazendo a palestra de abertura da Semana de Turismo do SESC Sorocaba, realizada na sede da Universidade Federal de São Carlos, em Sorocaba. Em fase de implantação na cidade, o SESC organizou várias atividades ao longo de setembro, todas relacionadas ao turismo, sustentabilidade e cultura.
A UFSCar também está e fase de implantação e o curso de turismo está no terceiro ano, com cerca de uma centena de estudantes no total e uns 15 docentes, aliás, vários ex-alunos meus, da PUC-Campinas ou da Univali-SC. É ótimo ver essa turma inserida nas universidades do país.
A turma do segundo ano de turismo organizou uma feira de comidas brasileiras que estava bem gostosa. Pena que tive que vir correndo para São Paulo postar o blog, fazer as malas e daqui a pouco (às seis da madrugada) vou para Belo Horizonte e de lá vou para Diamantina, nas festividades da semana de turismo organizadas pela ABBTUR-MG e SENAC-MG. Aguardem as próximas postagens.

Teoria, filosofia e turismo

Luiz Trigo, a coruja filosófica e Alexandre Panosso

Alexandre Panosso Netto está feliz da vida. Hoje, dia 24/09, foi o lançamento de seu novo livro, escrito em parceria com Guilherme Lohmann Palhares: Teoria do Turismo: conceitos, modelos e sistemas (São Paulo: Aleph, 2008. 488 pág.).
O lançamento foi na Livraria da Vila, no shopping Cidade Jardim, o mais descolado da capital paulistana. Mas não foi só um lançamento. A Beth Frommer, responsável pela editora Aleph, organizou uma noitada de discussão sobre turismo para comemorar a semana da área (dia 27 é dia do Turismo). Compareceram ao debate Mariana Aldrigui, Elizabeth Wada, Mirian Rejowski, Viviane Martins, Ricardo Uvinha e Alexandre Panosso. Foi uma conversa agradável e com vários convidados íntimos da turma. Guilherme Lohmann não foi porque deixou a USP-Leste e agora está na Universidade do Havaí, residindo no paradisíaco arquipélago com sua mulher e os três filhos. Eu não pude ir porque já tinha me comprometido com uma palestra em Sorocaba (SP) - veja próxima postagem.
Em breve mais novidades: o livro Filosofia do Turismo, de Panosso (São Paulo: Aleph, 2006) será publicado em espanhol pela editora Trillas, do México. Tem mais algumas novas mas ainda estão nos fornos secretos da criação... Aguardem.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

SHORTBUS - O filme

Ficha técnica: Direção de John Cameron Mitchell. EUA, 2006, 102 minutos


Shortbus é um filme instigante. É o nome de um clube, bem heterodoxo, de New York, onde as pessoas exercem seus delírios e desejos sexuais. O flme é uma confrontação com a vida sexual mas não acaba aí. É uma confrontação com a afetividade e relacionamento entre as diversas pessoas, seus sonhos, estilos de vida e ... desejos. É um filme forte e dócil, hard e terno. Erótico e ao mesmo tempo pueril, com as pessoas tentando encontrar-se em um mundo como esse no qual vivemos, contraditório e paradoxal.
Frases: (o dono, ao mostrar a sala de sexo grupal) - "É como na década de 1960. Só que com menos esperança."
"Na minha idade já cansei de tentar mudar o mundo. Apenas quero sair dele com dignidade.
Vale assistir. Mas prepare-se para ser confrontado(a) com sua sexualidade e afetividade.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Crepúsculo

Para MA



O que são nossas pequenas preocupações e inquietações ante a beleza impassível do dia que se transforma em noite? Do vento que passa nas alturas, enquanto o sol ilumina cada vez mais fracamente o céu e as estrelas tentam furar as nuvens e se mostrar aos nossos olhos mortais?
Resta-nos o que para curtir à noite? Comemorar.
O dia que foi.
A noite que vem.
A vida que passa.
O mundo que se torna admirável ante nossos olhos.
Nosso futuro,
absolutamente irrelevante ao crepúsculo,
mas profundamente significativo
ante nossos projetos,
essenciais para nós,
eternos como nós,
densos como nossos sonhos.
Até a próxima alvorada...

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Cantinho do Curuca

Algumas coisas nos dão prazer em dose dupla. É o caso do Cantinho do Curuca, um restaurante que fica na praia do Meaípe, no litoral capixaba, perto de Guarapari. É grande, rústico, em frente à praia e começou com o dono (Curuca) vendendo guloseimas do mar em uma barraca de praia. Hoje possui o amplo restaurante, com cozinhas panorâmicas, um hotel com 36 apartamentos e uma moquecas saborosíssimas, sistemáticas ganhadoras do selo do Guia 4 Rodas. Esse é o primeiro prazer.
O segundo prazer é a inserção social do Curuca. Ele oferece apenas uma sobremesa em seu cardápio (a torta de coco) e o restante é oferecido pelas senhoras da comunidade que desfilam pelos corredores com cocadas, pés-de-moleque e outras delícias locais. Outras senhoras e moças oferecem artesanato. Assim ele divide seu sucesso econômico com a comunidade e demonstra uma grande (e ainda não muito comum) sensibilidade social e cultural. O restaurante vive cheio na baixa estação e entupido por todo o verão.
Para pegar as receitas, conhecer a história e seu sucesso há dois caminhos: vá até lá ou acesse www.cantinhodocuruca.com .
Sucesso Curuca, para você e toda a comunidade. Que seu exemplo seja seguido pelos empresários que apenas colocam a culpa nos governos, sindicatos ou instituições e não se dignam a sequer pagar salários justos e dar treinamento básico aos seus funcionários.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Cachoeiro de Itapemirim, ES - As pedras

Cachoeiro de Itapemirim possui dezenas de locais para extração e processamento de mármore granito. Algo importante e que dá lucros, mas que arrebenta o meio ambiente. Visitei uma empresa modelo, que exporta granito para o exterior (EUA, Dubai, Europa, China...) e usa tecnologia que dá segurança aos trabalhadores e protege a natureza. É a Pemagran (www.pemagran.com.br) que nos recebeu na area, abriu para visitas deixou tirar fotos e ainda degustamos uma aguardente da boa com o dono.
Acima, o estande de exposições de alguns dos granitos vendidos .


Enquanto outras processadoras de pedras usam explosivos (isso às vezes atinge os trabalhadores ferindo-os gravemente), a Pemagran usa fios adiamantados ou perfuradeiras especiais. Há robôes e máquinas automáticas para cortar, polir, transportar e armazenar as placas de granito que pesam, em média uns 300 quilos cada.




Uma visita para vislumbrar a beleza perene das pedras polidas para decoração de interiores e de como a alta tecnologia e os cuidados ambientais podem ser lucrativos e sustentáveis. É uma pena que essa realidade não seja a regra, e sim a exceção, nas áreas de extração mineralógica no país.

Agradeço a equipe da São Camilo e da Pemagran que possibilitaram essa visita.

Cachoeiro de Itapemirim - ES

Nos dias 11 e 12 de setembro estive no Congresso Brasileiro de Turismo Rural e Ecológico, promovido pela integratur (www.integratur.org), dos estudantes de turismo do Centro Universitário São Camilo, em Cachoeiro de Itaemirim (ES).

Abaixo a chegada em Vitória, ponto de partida para Cachoeiro. À bordo, claro, da TAM.


No aeroporto encontrei minha amiga a professora Luzia Neide Coriolano, de Fortaleza, outra convidada para palestrar no evento. A caminho, almoçamos do restaurante Curuca, uma delícia litorânea perto de Guarapari.

Abaixo o prof. Wellington Correia, coordenador do curso e um cara super hospitaleiro e tranquilo.

O evento possui uma área de exposições com vários estandes e atrações. Abaixo está a figura de Rubem Braga, cronista original de Cachoeiro, a Luzia Neide, o Pe. João Batista (Reitor do Centro Univ. São Camilo) e eu.

Aqui está o Reitor na cerimônia de abertura.


Participaram também do evento, como palestrantes: Adonis Zimmermann (de Florianópolis), Bayard Boiteux (do Rio de Janeiro) e a Luzia Neide Coriolano (de Fortaleza).
Em tempos difíceis para os cursos de turismo, a São Camilo investe firme na qualidade de seus tecnólogos em turismo. Os profs. Wellington Correia e Alexandre Valim Machado lideram uma equipe que mantém em alta as expectativas educacionais na área. Deu para perceber que o reitor apóia firmemente o curso. O evento foi um desses prazeres pedagógicos da vida acadêmica.

Shoppings neuróticos

Depois do que escrevi sobre o Shopping Higienópolis (sobre não poder fotografar), falei com uma de minhas fontes confiáveis e ela disse que é proibido fotografar na maior parte dos shoppings de São Paulo. Por que? Ninguém sabe. Pura neurose. Se for por segurança, acho bom eles interditarem o Google pois ele mostra o entorno, a vista de cima, os detalhes e o diabo sobre qualquer coisa, até mesmo os shoppings.
Humpf, jequeira neurótica das elites é super out.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

São Paulo - pluralidade, bom humor e neurose

Dia 11 vou para Cachoeiro do Itapemirim (ES) falar sobre turismo e questão social. Para conseguir algumas imagens, peguei minha câmera e fui pelo nobre bairro de Higienópolis, em São Paulo. Aqui estão as 16 melhores imagens e histórias.


Braveza: essa senhora gritava no celular contra alguém que tinha feito algo contrário ao seu gosto.
Dupla maternidade: na esquina da Angélica com Higienópolis, ela desfila seu futuro.


Restos: Esse é o Pedro. Ele anda pelos canyons de riqueza buscando fragmentos que sobram do cenário para fazer sua história. Autorizou a foto.

Nem restos: um homem jaz, abandonado, na rua Sabará, a 50 metros da av. Higienópolis. Á sombra de um dos maiores PIBs e IDHs do mundo. Não tive como pedir autorização para a foto, mas poupei seu rosto.

Segurança: O cão está com focinheira (raridade). Pedi à garota para tirar a foto, ela disse que era a adestradora e apontou a dona, uma senhora elegante. Ela me olhou, avaliou e autorizou. O garotinho que estava com outro cãozinho ficou encantado e quis posar para a foto.

Este senhor é motorista de táxi do ponto da av. Higienópolis, quase esquina com Angélica. Descansa curtindo uma melancia. Adorou a foto.

Luxo: vista interior do Shopping Higienópolis, um dos templos de alto consumo de São Paulo.

Perigo: enquanto tirava fotos no shopping Higienópolis um segurança me seguiu. Depois me abordou com muita delicadeza e perguntou o que eu fazia. Papo vai, papo vem, acabei indo na cobertura pedir autorização ao departamento de marketing para fotografar. A secretária, Thaíse, não soube me expliar se proibiam turistas de tirar fotos de um shopping tão bonito. Deu o telefone de seu chefe, o Patrick (3823.2321), mas ele estava num congresso. Sua expressão corporal talvez tenha insinuado que eu não deveria tirar fotos e incomodar as pessoas em um lugar tão distinto.
Cuidado: se você quer levar seu cãozinho no shopping Higienópolis pode, mas leia antes este totem, na entrada, com as explicações de como proceder com o animal. Mas se você for pobre, mal encarado ou os seguranças entenderem que você é indesejável, não adianta ler nada, você não pode entrar no shopping. Sorry, miserable people.

Cúpula: telhado de vidro do shopping Higienópolis. Arquitetura majestosa, mas quando chove a impermeabilização não é perfeita.

Lixo: na calçada da Av. Higienópolis, esperando o caminhão da limpeza pública.

Verde: com prédio ao fundo. Uma esquina privilegiada.

Serenidade: janelas que se abrem para ruas frondosas e tranquilas.

Trabalho: na esquina da Av. Higienópolis com a rua Martim Francisco, este homem exerce o raro ofício de consertar cadeiras de palhinha. Na calçada.

Consumo: o supermercado Pão de Açucar da rua Maria Antonia, em frente ao Mackenzie, tem um pessoal simpático, mas para tirar fotos tem que falar com a Paula (imprensa), no telefone 3886.0465.

Cidadania: já os policiais do posto da PM, na rua Major Sertório, desconfiam que sou bom moço e posaram tranquilamente para a foto.
Agora é só articular mais algumas idéias e mostrar que em qualquer cidade latino-americana o pluralismo, o bom humor e as neuroses andam pelas ruas sem grandes preocupações com o mundo.














Garagem criativa




Meu primo está construindo um ultraleve na gagarem de sua casa, em Campinas. É o Amilton, engenheiro, trabalha com informática e está realizando um sonho antigo. Construindo algo com suas mãos e idéias para se divertir nas nuvens. Nefelibata tecnológico.

Ele está testando sua criatividade, inteligência e a paciencia de sua mulher que ganhou uma oficina em casa. Pelo menos ela, a Airbus e a Boeing têm algo em comum.


A estrutura está pronta. Falta ainda colocar as asas, o motor (Rotax 912 ou Subaru), entelar, instalar instrumentos de vôo, pintar, fixar parabrisa (lexan), janelas, portas e forrar os assentos. Previsão do primeiro vôo? Ele não me disse, mas vocês serão os primeiros a saber.
Claro que estou só esperando o vôo inaugural para fotografar e inserir no blog. Já garanti meu lugar na lista de espera.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Jose Américo de Godoy Netto - 95 anos

Domingo teve festa em São Paulo. Na minha família há dois aniversários em 7 de setembro: uma prima, Carla, que fez 44 anos e meu tio, José Godoy, que fez 95 aninhos. Aqui está ele, o patriarca da família. Bem humorado, lúcido, com a dose certa de cinismo e astúcia que caracterizam a velha guarda dos Godoy e que alguns herdaram. Genes. Cultura. História.




Aqui está ele e sua terceira esposa (Leo). O tio enviuvou duas vezes, mas não desiste. Do outro lado seu irmão do meio, meu tio Juvenal, 87 aninhos. Minha mãe era a irmã mais nova, teria 74 anos. Quando minha mãe morreu esses tios terminaram de me criar. E muito bem criado.


Veio gente que eu não via a anos. terezinha, grande amiga da Zulma, segunda esposa do meu tio, minha prima Mara (filha do Godoy) e Alzira, uma da sobrinhas da Zulma, com seu filho.


O Marcos é filho da Leo. Com a família.




Não é uma simples questão de sangue. São os genes e a cultura. Os sentimentos, as nuances, a história em comum ou imaginada, os significados, a cumplicidade. A festa. As risadas. Mara e Alexandra são exemplo disso.



Aí está a parte nova da família. Eu sou o mais novo da segunda geração e essa molecada é a terceira geração (a partir dos patriarcas). Adriana, Max e Alexandra.


Iara e Mara são as flhas do José Godoy. Amilton é um dos meus três primos, filhos do Juvenal: Amauri, Amilton e Amilcar.



Glória e Graça. Primas agregadas por parte dos primos.


Jorn é casado com a Mara. Alemão, viveu na Argentina, divertido, de bem com a vida e companheirão de festas e risadas. Incorpora o melhor de Nietzsche e Sartre. Feliz da vida com a Leo.



Meu tio Juvenal. Esteve doente no início do ano mas recuperou-se em grande estilo. Sério, absorto em seus pensamentos, teimoso como todos nós, mantém o apetite e o prazer de curtir a família, sem muitas palavras, mas olhando o estranho mundo que o cerca.



Adriana com os tios. Vários primos não vieram. Tem gente na Austrália, Argentina e Reino Unido. Global family.



O patriarca sorvendo licor naquelas brincadeiras típicas de churrascaria. Com quase um século, ainda bebe (se deixarem) como um Opala 4.100 zero bala.



Primos e primas

Amilton, Mara e Iara. O mais velho, Amauri, não foi porque sua esposa, Graça, estava indisposta.



Parte da família reuniuda. Amilcar é o de barba branca, o segundo mais novo dessa geração (o mais novinho sou eu).





Os patriarcas e eu. No meio de uma história divertida e plena de sentidos labirínticos. Faltou meu pai, que mora em Curitiba.

182 anos de vida. And counting...


Aqui já dá mais de um século...


A família ri. Em aniversários, casamentos, até nos bastidores dos funerais. Max, Glória e Amilcar.

Em 2009 tem mais. Muito mais.