terça-feira, 22 de abril de 2008

O padre voador

O que dizer de um cara que se pendura em mil balões e vai ao céu? Deve ser um cara bem legal, capaz de realizar seus sonhos e de convencer a toda uma comunidade que eles são viáveis. Sem contar uma boa dose de imprudência, mas enfim, ninguém é perfeito.
Bartolomeu de Gusmão foi o primeiro padre voador. O personagem de Julio Verne deu a volta ao mundo num balão, aliás o Richard Branson (Virgin Atlantic e Virgin Galatic) também. O padre Adelir quis voar do litoral paranaense até o interior do estado. Subiu aos céus em uma nuvem multicor de balões coloridos (faria sucesso na parada GLS), confiante na navegação rudimentar e em instrumentos básicos (celular e GPS).
Sumiu. Morreu? Estará em alguma ilhota ou penhasco deserto do continente esperando, nessas noites frias e úmidas, um socorro que demora a chegar? O importante é que ele viveu a sua aventura. Um louco de Deus.
Suas últimas imagens são festivas: um milhar de balões coloridos ao céu; um monte de balões coloridos sobre a superfície do mar. Entre eles, uma alma alegre e teimosa que acreditou nos sonhos da infância e se lançou para além do abismo da existência convencional. Teje com Deus, como dizem nos campos...

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