sábado, 26 de novembro de 2011

Subindo a serra; literalmente.

Na última sexta-feira, dei uma palestra na Univali (Universidade do Vale do Itajaí), em Balneário Camboriú, SC, sobre Turismo, cultura e gastronomia. Foi a Semana dos cursos de Turismo e Hotelaria e de Gastronomia. Pessoal descolado, apesar de ser sexta à noite muita gente desistiu do bar para ouvir a conversa, espero que tenham curtido. Como eu me sinto em casa na Univali, pois lá dei aulas no mestrado de Turismo por uns três anos, revi alguns colegas professores(as), curti a cidade e pude colocar algumas idéias para a moçada sobre a cultura e suas relações com turismo, hospitalidade, gastronomia, entretenimento, essas coisas. 


No início da tarde de sábado decolei de volta para Sampa. É um voo de 50 minutos, mas dá para ver o litoral norte de Santa Catarina (acima, decolando de Navegantes, SC), todo o litoral do Paraná e a costa sul de São Paulo.


É gostoso pairar entre a imensidão do céu ...


... e do oceano, enquanto a nave lentamente...


... se afasta das terras e alça voo rumo ao ar rarefeito e ...


... aos efeitos celestes de luzes, cores e sombras que formam a atmosfera deste planeta exuberante.


De repente a natureza cede lugar à cultura em seu estado mais bruto e explícito.


Por entre as brumas, a cidade domina a paisagem preenchendo cada mínimo espaço com suas formas geométricas delineadas e construídas com ciência e arte humanas.


E a nava se precipita rumo ao solo. No caso do aeroporto de Congonhas, o efeito "porta-aviões" é uma emoção a mais, uma experiência bastante exclusiva.


Afinal, onde dá para voar num jato (era um Airbus 320 da TAM), com quase duzentas pessoas, roçando o topo dos prédios?


Essa foto foi tirada a uns sete segundos antes da pista do aeroporto.



E essa, a uns 3 segundos do pouso. Aí é a avenida Washington Luís, que corta uma das cabeceiras da pista. Quando a aterrisagem é pela cabeceira do Jabaquara, o efeito não é tão impressionante assim, pois há poucos prédios e o terreno vai perdendo altura até chegar às rodovias Anchieta e Imigrantes. O maior barato mesmo é a chegada paralela ao espigão da Paulista, mergulhando por entre os prédios altos e belos da zona Sul paulistana. Em menos de uma hora a paisagem muda completamente e uma rápida viagem ganha contornos de aventura se a gente olhar para fora da janela.


Quanto mais curtição numa viagem melhor. Do mar à serra numa tarde de luz.

domingo, 20 de novembro de 2011

Piadas corporativas: o mundo da política e da ciência

Essas são rápidas, ferinas e inteligentes. Recebi pela internet, de vários colaboradores:

Na Câmara, ainda no Rio, quando seu presidente Ranieri Mazzini deu a
palavra a Carlos Lacerda, representante do Distrito Federal, o
deputado Bocaiuva Cunha foi rápido e gritou ao microfone, sob os risos
do plenário:
- Lá vem o purgante !
Lacerda, num piscar de olhos, respondeu:
- Os senhores acabaram de ouvir o efeito !


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Certa vez, Einstein recebeu uma carta da miss New Orleans onde dizia a ele:
" Prof. Einstein, gostaria de ter um filho com o senhor...
A minha justificativa se baseia no fato de que eu, como modelo de
beleza, teria um filho com o senhor e, certamente, o garoto teria a
minha beleza e a sua inteligência".

Einstein respondeu:
" Querida miss New Orleans, o meu receio é que o nosso filho tenha a
sua inteligência e a minha beleza".


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Quando Churchill fez 80 anos um repórter de menos de 30 foi
fotografá-lo e disse:
- Sir Winston, espero fotografá-lo novamente nos seus 90 anos...

Resposta de Churchill:
- Por que não? Você me parece bastante saudável...


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Telegramas trocados entre o dramaturgo Bernard Shaw e Churchill, seu
desafeto.

Convite de Bernard Shaw para Churchill:
"Tenho o prazer e a honra de convidar digno primeiro-ministro para
primeira apresentação de minha peça Pigmaleão. Venha e traga um amigo,
se tiver."
                                                             Bernard Shaw.

Resposta de Churchill:
"Agradeço ilustre escritor honroso convite... Infelizmente não poderei
comparecer primeira apresentação. Irei à segunda, se
houver."
                                                          Winston Churchill.


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O General Montgomery estava sendo homenageado, pois venceu Rommel na
batalha da África, na 2ª Guerra Mundial.
Discurso do General Montgomery:
' Não fumo, não bebo, não prevarico e sou herói '.

Churchill ouviu o discurso e retrucou:
' Eu fumo, bebo, prevarico e sou chefe dele.'


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Bate-boca no Parlamento inglês .

Aconteceu num dos discursos de Churchill em que estava uma deputada
oposicionista, Lady Astor, do tipo Heloisa Helena do PSOL,   que pediu
um aparte . Todos sabiam que Churchill não
gostava que interrompessem os seus discursos. Mas, concedeu a palavra
à deputada.

E ela disse em alto e bom tom:
- Sr. Ministro , se Vossa Excelência fosse o meu marido, eu colocava
veneno em seu chá!

Churchill, lentamente, tirou os óculos, seu olhar astuto percorreu
toda a platéia e, naquele silêncio em que todos aguardavam, lascou:
- Nancy, se eu fosse o seu marido, eu tomaria esse chá com prazer!

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segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Um churrasco de cinquentões refestelados

Tenho um grupo de amigos antigos (jurássicos mesmo, inclusive eu), pois nos conhecemos desde os 16 ou 17 anos de idade, antes da gente entrar na universidade. Isso significa que somos amigos a uns 35 anos, pelo menos, pois todo mundo está com 51 ou 52 anos de idade. De uns anos para cá a gente se reúne, a cada semestre, em média, na casa de campo do Marcos, que possui um espaço confortável para a gente relaxar e curtir. Nesse post resolvemos mostrar para os mais jovens como é um churrasco típico da nossa meia idade.


Cada geração tem sua própria perturbação. A nossa foi a guerra fria, a ditadura militar (1964-1985), o início da informática de massa, o surgimento da AIDS, o colapso do socialismo, a fragmentação pós-industrial e os trabalhos esquizóides aos quais todos nos submetemos. Nos conhecemos nas comunidades de jovens da Igreja Católica e ali solidificamos a amizade. Depois cursamos a universidade, fomos batalhar, namorar, alguns constituíram famílias e todo mundo fez e faz sua história, mas sempre mantivemos contato. Eventualmente precisamos relaxar em um ambiente propício e junto às nossas raízes arcaicas.


Marcos e Cláudia são o casal que nos recebe, sempre de ótimo humor e com uma hospitalidade (e paciência) exemplares. A casa de campo deles fica em algum lugar entre Sorocaba e Itu, interior de São Paulo mas perto de Campinas e da capital onde a maioria reside


O Luiz, em geral, leva as carnes e outros iguarias dietéticas e saudáveis. Junto com o Marcos eles preparam o churrasco propriamente dito enquanto a gente bebe, dá palpite, discute, fala bobagens e frases de efeito moral (ou imoral, ou amoral ou...).


Sempre há crianças que não são nossos filhos (são sobrinhos, primos...), pois esses estão com 16 ou 17 anos (para mais) e não suportam ficar direto junto da gente, pois pode ser que a gente não se comporte muito adequadamente. 


Os pais do casal sempre estão presentes e formam uma confraria de respeitabilidade que nos segura nos momentos de desespero e mergulho nas delícias de Baco.


É uma refeição compartilhada com gosto e bom humor ...


... regada a boa cerveja, porcaritos, carnes e até alguns vegetais (poucos, que a gente não é tão degenerado assim).  Dessa vez o Geraldo não foi, mas ele é nosso enólogo militante e sempre leva garrafas escolhidas a dedo que a gente bebe antes ou depois das cervejas.


As novas gerações que interagem conosco são um frescor para nossos paradigmas espaço-temporais.


E temos nós, o grupo. Aqui estão Marcos, Laderlei, Luiz e eu. Faltaram uns três dos membros titulares da corja (o Douglas aparece logo adiante) que sempre comparece nos eventos.


As conversas vão de política a sexo, de religião a drogas, de sociedade e cultura (de todo tipo), de alfa a ômega, de abobrinha a hermenêutica.


A gente se preocupa tanto com o conteúdo de nossas falas... Aqui Celi e Laderlei se refestelam em sua cumplicidade conjugal.


Temos nossas frescuras, suscetibilidades, neuroses e idiossincrasias. Essa cerveja, por exemplo (Medieval, brasileira), deve ter a tampa esquentada para derreter seu lacre que se liquefaz, como sangue vertido das chamas.


Luiz, Douglas e Marcelo comentam suas angústias e ansiedades.



A Solange é a auxiliar da casa e sempre faz algo especial. Dessa vez foi essa farofa úmida, densa e muito saborosa. Uma vez ela fez paella, um ensaio gastronômico épico.


E teve UMA saladinha, que é para não dizer que comemos o verde da esperança.


Assim passamos o domingo em meio aos casos, as querelas, os discursos jogados de forma franca e despreocupada, típicos dos companheiros que se conhecem dos tempos em que a amizade era uma forma de prazer gratuito e descompromissado. Não falamos muito do passado, não somos saudosistas; não pensamos no futuro, pois ele a Deus pertence. Vivemos o quinhão de nossos dias sobre a Terra curtindo os momentos, pois sabemos que 50 anos passam rápido como os sonhos (dos sonos ou das vigílias) curtidos ao longo de nossas vidas.


O mais importante não são as bebidas, mas os bebedores.


A corja que atingiu os cinquenta anos de idade está de bem com a vida (apesar dos problemas) e pensa que os primeiros dos últimos anos a seguir serão simplesmente os melhores. Até o último gole; até a última risada.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

EACH - USP e a criatividade

As tardes quentes da primavera encontram a USP-Leste envolta em discussões políticas, atividades de final de ano, otimismo e discussões sobre criatividade.


Pela caixa d' água já se percebe laivos de criatividade no campus que completa sete anos de existência.


O otimismo vem da preparação para competições esportivas denominadas caipirusp, uma atividade que exige treinamento, vontade e ...


... muita raça e disposição.

Os corredores estão cheios de gente curtindo o quase final do ano, como essa turma de lazer e turismo.


Hoje à tarde, uma palestra especial. A Secretaria da Economia Criativa do Ministério da Cultura, Profa. Dra. Claudia Leitão, deu uma palestra sobre o assunto, convidada pelo nosso Prof. Dr. Pablo Ortellado, que tem um capítulo no texto base da secretaria. Se quiser ler o documento na íntegra acesse o link:

http://www.cultura.gov.br/site/wp-content/uploads/2011/09/Plano-da-Secretaria-da-Economia-Criativa.pdf 

...e saiba o que é essa economia que envolve imaginação, criatividade e inovação.

Se quiser saber o que a UNCTAD (United Nations Conference on Trade and Development) pensa sobre o assunto, acesse:

http://www.unctad.org/Templates/StartPage.asp?intItemID=4577&lang=1

... e veja as implicações e conceitos sobre essa área que envolve artes, cultura, tecnologia e negócios.


Esses games, por exemplo, que nossos alunos pilotam na cantina da EACH, tem tudo a ver com economia criativa ...


... assim como lazer e esportes, que juntamente com turismo, são os chamados Setores Criativos Relacionados.  Os Setores Criativos Nucleares, segundo o Ministério da Cultura, são: Patrimônio Natural e Cultural; Espetáculos e Celebrações; Artes Visuais e Artesanato; Livros e Periódicos; Design e Serviços Criativos; e Audiovisual e Mídias Interativas.



Finalmente, enquanto a lua quase cheia reluzia tênue no crespúsculo, os últimos raios de sol lambiam languidamente o símbolo fálico eachiano, tendo como fundo sonoro gutural as batidas rítmicas da tradicional festa discente de terça-feira, que antecede as aulas da noite. Haja criação.