terça-feira, 30 de junho de 2009

Pirenopolis - GO

No dia 16 de junho, depois das palestras em Corumbá de Goiás (veja postagem anterior), fui visitar Pirenópolis, uma cidade histórica da região.

É um lugar tranquilo, com bons restaurantes, natureza do cerrado, artesanato e festas populares como do Divino que movimentam a região.

Aqui estão, ao centro, Fernando e Rosângela, os consultores do plano de turismo de Corumbá de Goiás.

Fui contar que gosto de pimenta. Ganhei um vidrinho desses.

O artesanato regional é colorido e exposto em umas lojas bem descoladas.

Esse é Gedson Oliveira, graduado em turismo e secretário de Cultura de Pirenópolis. É ótimo ver o pessoal do turismo atuando em áreas afins e ampliando os contatos.

A cidade possui edifícios históricos bem preservados.
Essa é a rua do Rosário, dos restaurantes. À noite as mesas vão para as calçadas e a gastronomia rola solta em diferentes estilos.

Janela da loja Argento, de artesanato em prata e pedras semi-preciosas. Também na rua do Rosário.

A rota que sai da cidade de Goiás (patrimônio da humanidade) e passa por Pirenópolis e Corumbá de Goiás, além de outras cidades, está se articulando para ser um destino que oferece natureza, cultura, aventura e muita hospitalidade.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

TRIP - primeiros jatos EMB175

Festas no pedaço.




Quarta-feira à noite. Hangar de entrega festiva da Embraer, em São José dos Campos (SP). Noite de orgulho para muita gente boa. No mês de junho, a TRIP Linhas Aéreas recebeu os três primeiros jatos Embraer 175, iniciando uma nova etapa em seus onze anos de vida.

Se um carro novo já traz cheirinho e emoção inéditas, imagine um avião a jato para 86 passageiros, de fabricação brasileira, financiado pelo BNDES e pelo Banco do Brasil (brasileiros) e abastecido pela BR Distribuidora. É um puro espetáculo nacional com o que o país tem de melhor.

Todos os que falaram na festa (seus donos, claro) elogiaram seu maior capital: os funcionários da Trip, aqui reunidos em frente ao novo avião da empresa.

Frederico Furtado, presidente da Embraer, entregou pessoalmente o novo avião para a Trip na pessoa de seu presidente, José Mario Caprioli. A Embraer está se beneficiando da crise atenuada no Brasil. Enquanto teve vários pedidos cancelados ou postergados no exterior, aqui a Azul e a Trip estão recebendo seus pedidos e colocando nos céus do país um jato mais confortável - acreditem - que os Boeings ou Airbus.

José Mário Caprioli chamou sua diretoria para o palco. Logo depois chamou todos os funcionários presentes. Isso não é conversa furada da presidência, ele age assim no cotidiano. Já o vi (está numa postagem sobre a Aviesp) com a mesma camisa da empresa que seus funcionários usam, junto a eles, recebendo as pessoas de maneira correta e sem frescuras. Alta gestão, sem neuroses.

Olha o conforto. Sem a terrível poltrona do meio, horror de todo passageiro. Sem contar que 86 pessoas embarcam e desembarcam mais rápido que 200 ou 300.

Desde o EMB 145 a Embraer tem desenvolvido jatos seguros, econômicos, modernos e ... lindos.
Até nos detalhes.
A holandesa KLM também usa os EMBs. Aqui está um 190, o segundo maior da serie (o 195 é o maior). 52 companhias aéreas de 34 países voam Embraer.


A Trip é composta por quatro vertentes: Caprioli, de Campinas, a empresa de ônibus que idealizou e criou a Trip; Aguia Branca, outra empresa rodoviária que tornou-se parceira; Total Linhas Aéreas, absorvida recentemente; e Sky West, acionista norte-americana, uma das maiores empresas regionais do mundo, sócia da Trip.

Da esquerda: Guilherme Alcorta (Panrotas), Antonio Augusto dos Santos e sua esposa, Antonia Caprioli (patriarcas da Caprioli); Leonardo e sua mãe, Alexandra Caprioli e José Mário Caprioli.

Lembro um dia na PUC-Campinas, a Alexandra (colega da universidade e amiga pessoal) me disse que seu irmão, José Mário, estava criando uma companhia aérea. No início com turbo-hélices (Brasília, também da Embraer), mas que sonhavam um dia ter jatos. O dia chegou. Dia de São João, 24 de junho. Aqui estamos entre amigos: Luiz Timossi (Orecap Campinas), Orlando Paschoal Junior, eu e Alexandra Caprioli.

Hoje a Trip serve 73 cidades. Em dois anos pretende atingir uma centena.

Laura Sancti (PUC), eu, Alexandra, seu marido Alberto e seu filho Leonardo. A turma de Campinas (SP) feliz em ver um empreendimento da cidade tornar-se nacional. O mundo que aguarde...

A festa rolou com boa bebida, comidinhas e o som de Seu Jorge.

Brindar com os velhos amigos que realizaram seus sonhos de uma forma correta, competente e serena ... priceless.

Onze anos depois a Trip vê realizado o sonho de atingir o patamar de equipamentos a jato para parte de suas rotas. Hoje são cinco jatos encomendados (três entregues), com opção para dez ou quinze. Que sejam dezenas.

domingo, 21 de junho de 2009

Foz do Iguaçu (2) - visitas especiais

O prof. Mauro Cury (Unioeste-PR), coordenador da parte acadêmica do Festival de Turismo das Cataratas do Iguaçu, organizou vários passeios para os palestrantes e dois dos mais deliciosos foram um voo de helicóptero proporcionado pela Helisul Táxi Aéreo (www.helisul.com) e a visita especial ao interior da hidrelétrica de Itaipu (www.itaipu.gov.br).

O helicóptero com cinco lugares (piloto e 4 passageiros) decola das proximidades do aeroporto de Foz do Iguaçu e ruma para as cataratas.

O rio Iguaçu cai em uma fratura geológica e forma as quedas. Dependendo da aproximação na chegada, em um vôo comercial a jato, a aeronave passa pelas cataratas, mas em grande velocidade e altitude. Um helicóptero é ideal para observar o cenário em toda plenitude.

E que cenário. A construção que se vê é o Hotel das Cataratas, no lado brasileiro. Era da rede Tropical da finadaVarig, agora é operado pela Orient Express.

As matas tropicais abrangem os lados brasileiro e argentino do Parque Nacional de Iguaçu.

A vastidão das águas em queda, iluminadas pelo sol da tarde, é uma maravilha natural muito especial deste planeta.

A bordo, os minutos passam rapidamente perante as aguas, as matas e o céu azul outonal.

O outro passeio foi na Itaipu Binacional que resolveu, a cerca de dois anos atrás, organizar profissionalmente visitas turísticas ao complexo da hidrelétrica. Parques naturais, museus, centro de visitantes e a própria barragem formam um dos mais importantes complexos turisticos do Brasil.

Em poucos anos Itaipu será a segunda barragem do mundo, quando a China inaugurar a sua maior hidrelétrica da Terra. Mas essas construções continuarão a receber adjetivos exclusivos: ciclópicas, fantásticas, quase alianígenas pela estranheza dos edifícios e principalmente pela escala da construção.

Fizemos o tour especial que nos leva do topo da barragem até as profundezas das salas dos geradores.

No topo estão vinte torres de equipamentos que correspondem a cada uma das vinte turbinas montadas a dezenas de metros abaixo.

A imensidão em concreto espalha-se por milhares de metros de comprimento e dezenas de metros de altura.

No seu interior equipamentos analógicos e digitais controlam a produção de energia que vai especialmente para o estado de São Paulo e outros estados vizinhos. Desde o início de sua construção, em 1975, Itaipu desenvolveu-se como espaço de tecnologia, proteção ambiental e força econômica para os municípios lindeiros que tiveram suas terras nundadas pelo lago formado pela barragem e recebem subsídios para seu desenvolvimento.

Chaman-se catedrais. São os espaços internos com mais de cem metros de altura - ou profundidade - formados pelas estruturas em concreto puro que seguram o imenso lago de Itaipu e garantem a captação de águas para produção de energia. A foto acima mostra as profundezas do interior da represa, visto de cima, de um dos patamares de observação.

Esses são os coletores de água da represa e os canos que as conduzem às turbinas.

Salas de controle possuem os tetos cobertos de vidro que possibilitam aos visitantes olhar para o sistema nervoso da usina.

A parte superior das salas de geradores tem mil metros de extensão. Logo abaixo as turbinas giram produzindo eletricidade para abastecer todo o Paraguai e cerca de 20% do Brasil.

Itaipu possui ainda um zoológico, horto florestal, canal artificial de piracema (para migração dos peixes), escolas, espetáculo noturno de luzes e guias especializados e bilingues que garantem um serviço turístico de alta qaliade e eficiência. O mais importante: inteligência para permitir que TODO o passeio seja fotografado a vontade, evitando as chatices e ridículos da pseudo-segurança que imagina serem as fotos turísticas um perigo à segurança nacional. Nada disso, em Itaipu os turistas são tratados de maneira madura e competente.

Itaipu é um exemplo de como uma grande empresa pode planejar e operar serviços turísticos com excelência e condições de informar e educar.

Festival de Turismo das Cataratas do Iguaçu

Entre os dias 17 e 19 de junho aconteceu o Festival de Turismo em Foz do Iguaçu, uma cidade que merece ser visitada várias vezes por conta das cataratas, da natureza exuberante, das compras e da abertura de Itaipu à visitação turística.

Dessa vez as cataratas não estavam em pleno volume de água, mas tampouco estavam secas como já vi uma vez. O espetáculo das águas em movimento estava garantido.
Esse grupo é da Faculdade Cenecista de Bento Gonçalvez (RS), curso de turismo, e nos encontramos na visita à hidrelétrica de Itaipu.


Os dias de outono estavam lindos e nada frios. Perfeitos para andar ao longo das passarelas e trilhas do Parque Nacional.



Foi um encontro internacional e, a arte acadêmica, foram palestrantes do Paraguai, Chile e Argentina. Na foto a Profa. Dra. Alicia B. Ledesma de Winger, da Universidade de Rosário em sua palestra sobre ética e organizações turísticas. Eu falei, na mesma mesa, sobre ética e hedonismo e o Prof. Dr. Antonio Carlos Castrogiovanni falou sobre projetos especiais de turismo.

Encontrar amigos é algo solene e sublime. Mauro Cury (Unioeste, Foz do Iguaçu) nos convidou e nos recebeu em grande estilo, com seu bom humor e elegante informalidade; e Mário Beni (ao centro), meu colega da USP, uma referência perene.

A paisagem ajuda a perceber como são importantes as lutas pela defesa ambiental e conscientização da necessidade de proteger as belezas naturais do planeta.

Simone e Mauro Cury, professores da Unioeste, incorporam o sentido e o significado da palavra hospitalidade. Eles são garantia de um bom evento, boas conversas e, principalmente, boas risadas.

Entre Mário Beni (direita) e eu estão os colegas da Argentina e do Chile, como Mauro ao centro. Na foto os indefectíveis quatis do parque não são visiveis, mas perambulam por ali às dezenas muito tranquilos e conscientes de seu sólido status de habitantes privilegiados do parque.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Corumbá de Goiás - GO

Corumbá de Goiás é uma pequena cidade entre Goiania (105 km) e Brasília (130 km), no eixo histórico que envolve também Goiás e Pirenópolis. A cidade está desenvolvendo o turismo e nesta semana houve o lançamento de uma série de cursos e atividades para incrementar a área.

Antigo ponto de passagem de caminhões que levavam material de construção de Brasília, a cidade vai se inserir nessa nova atividade de serviços aproveitando seu potencial natural e cultural.

A pequena igreja de Nossa Senhora da Penha de França é um reduto de paz e serenidade esculpida em madeira.

Dei duas palestras na cidade, uma delas para a garotada das escolas públicas, os prováveis beneficiários de uma política que dará seus primeros frutos quando eles estiverem entrando no mundo do trabalho.
O prefeito, Emílio (terceiro a partir da esquerda), e sua equipe participaram da palestra à noite.

A fachada da igreja da Penha, um marco arquitetônico local.

O rio Corumbá tem águas limpas e suas verdes margens enfeitam parte da cidade.

No último dia na cidade uma daquelas agradáveis surpresas do interior do Brasil: fomos tomar café no Pouso da Penha, uma pequena e agradável pousada no centro da cidade. Os biscoitos de queijo, o pão caseiro e o bolo, todos saindo do forno, estavam absolutamente deliciosos. O lanche foi ao som do piano tocado pelo filho da proprietária, uma senhora educada e zelosa que mantém a casa limpa, cheirosa e aconchegante.