O prof. Mauro Cury (Unioeste-PR), coordenador da parte acadêmica do Festival de Turismo das Cataratas do Iguaçu, organizou vários passeios para os palestrantes e dois dos mais deliciosos foram um voo de helicóptero proporcionado pela Helisul Táxi Aéreo (www.helisul.com) e a visita especial ao interior da hidrelétrica de Itaipu (www.itaipu.gov.br).
O helicóptero com cinco lugares (piloto e 4 passageiros) decola das proximidades do aeroporto de Foz do Iguaçu e ruma para as cataratas.
O rio Iguaçu cai em uma fratura geológica e forma as quedas. Dependendo da aproximação na chegada, em um vôo comercial a jato, a aeronave passa pelas cataratas, mas em grande velocidade e altitude. Um helicóptero é ideal para observar o cenário em toda plenitude.
E que cenário. A construção que se vê é o Hotel das Cataratas, no lado brasileiro. Era da rede Tropical da finadaVarig, agora é operado pela Orient Express.
As matas tropicais abrangem os lados brasileiro e argentino do Parque Nacional de Iguaçu.
A vastidão das águas em queda, iluminadas pelo sol da tarde, é uma maravilha natural muito especial deste planeta.
A bordo, os minutos passam rapidamente perante as aguas, as matas e o céu azul outonal.
O outro passeio foi na Itaipu Binacional que resolveu, a cerca de dois anos atrás, organizar profissionalmente visitas turísticas ao complexo da hidrelétrica. Parques naturais, museus, centro de visitantes e a própria barragem formam um dos mais importantes complexos turisticos do Brasil.
Em poucos anos Itaipu será a segunda barragem do mundo, quando a China inaugurar a sua maior hidrelétrica da Terra. Mas essas construções continuarão a receber adjetivos exclusivos: ciclópicas, fantásticas, quase alianígenas pela estranheza dos edifícios e principalmente pela escala da construção.
Fizemos o
tour especial que nos leva do topo da barragem até as profundezas das salas dos geradores.
No topo estão vinte torres de equipamentos que correspondem a cada uma das vinte turbinas montadas a dezenas de metros abaixo.
A imensidão em concreto espalha-se por milhares de metros de comprimento e dezenas de metros de altura.
No seu interior equipamentos analógicos e digitais controlam a produção de energia que vai especialmente para o estado de São Paulo e outros estados vizinhos. Desde o início de sua construção, em 1975, Itaipu desenvolveu-se como espaço de tecnologia, proteção ambiental e força econômica para os municípios lindeiros que tiveram suas terras nundadas pelo lago formado pela barragem e recebem subsídios para seu desenvolvimento.
Chaman-se catedrais. São os espaços internos com mais de cem metros de altura - ou profundidade - formados pelas estruturas em concreto puro que seguram o imenso lago de Itaipu e garantem a captação de águas para produção de energia. A foto acima mostra as profundezas do interior da represa, visto de cima, de um dos patamares de observação.
Esses são os coletores de água da represa e os canos que as conduzem às turbinas.
Salas de controle possuem os tetos cobertos de vidro que possibilitam aos visitantes olhar para o sistema nervoso da usina.
A parte superior das salas de geradores tem mil metros de extensão. Logo abaixo as turbinas giram produzindo eletricidade para abastecer todo o Paraguai e cerca de 20% do Brasil.
Itaipu possui ainda um zoológico, horto florestal, canal artificial de piracema (para migração dos peixes), escolas, espetáculo noturno de luzes e guias especializados e bilingues que garantem um serviço turístico de alta qaliade e eficiência. O mais importante: inteligência para permitir que TODO o passeio seja fotografado a vontade, evitando as chatices e ridículos da pseudo-segurança que imagina serem as fotos turísticas um perigo à segurança nacional. Nada disso, em Itaipu os turistas são tratados de maneira madura e competente.
Itaipu é um exemplo de como uma grande empresa pode planejar e operar serviços turísticos com excelência e condições de informar e educar.