sábado, 31 de maio de 2008

Univali Balneário Camboriú - Pós e friends

Ministrei (que termo mais religioso) o primeiro módulo do curso de pós em Turismo da Univali, sexta à noite e sábado. Turma legal, a maior parte turismólogos e hoteleiros, de várias partes do Brasil, sendo a maioria - claro - de SC e RS. Sinto saudades dos tempos do mestrado na Univali. Pessoal amigo, hospitaleiro e divertido. A Silvia, coordenadora do curso de Turismo, é divertidíssima e descolada. Tomelin (o diretor do campus) é velho amigo. Revi Prof. Ronaldo Barreto, um dos grande nomes da gastronomia, com quem trabalhei dez anos no Senac-SP. Um cara divertido, culto e doido pelo que faz. Conheci o famoso Prof. Cyro del Nero, titular aposentado da USP, especialista em moda e cenários. Estava na pós de moda (assim como Ronaldo estava na pós de gastronomia). Cyro tem 77 anos, está firme e bem humorado e adora dar aulas e descobrir coisas novas. especialista em Grécia é um ótimo companheiro para conversas e refeições.
Balneário Camboriú continua construindo prédios. Vi um, em construção, com 35 andares. Não querem mesmo sol na praia à tarde. Mas a cidade está limpa e agradável. Comi um peixe muito bom no Chaplin.
Pena que não deu para rever a amiga Margarita Barretto em Floripa. Fica para uma próxima.
Estou lendo Uma aula com Drucker, de William A. Cohen (Rio: Elsevier, 2008). Cool.
Adoro o frio. Tonight, wine.

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Da Amazônia aos pampas

Esta semana teve congresso interno na USP. Participei um dia e tive que cumprir alguns compromissos. Na quarta-feira fui para Manaus retomar o programa Caminhos do Futuro, entre o Ministério do Turismo e o Núcleo de Lazer e Turismo da USP. Dei a aula pela manhã no Instituto de Educação da Amazônia, uma escola com 120 anos, num daqueles prédios imensos que caracterizavam as escolas de elite do país. Voltei na quinta-feira. Os vôos foram ótimos. Airbus 330 da TAM Guarulhos/Manaus direto e sem escalas. E ainda consegui up grade para a classe executiva, de vez em quando chove na horta.
Manaus luta com a distância, qualidade em serviços e infra-estrtura para se inserir no turismo nacional. A retomada do projeto Caminhos... é um excelente sinal de que há interesse e vontade por essa inserção.
Hoje estou de saída para Balneário Camboriú, onde darei um módulo no curso de pós-graduação (especialização) da Univali. Saudades do povo de Balneário. Durante três anos dei aulas no mestrado da Univali e foram turmas muito legais, com altas discussões e debates em sala de aula.
Volto domingo, depois de curtir o frio do sul.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

12ª Parada do Orgulho GLBT


Foi uma festa típica, democrática e paulistana: colorida, discutida, politizada e alegre. Ninguém arrisca os números de participantes porque certamente havia menos que em 2007. Chuto uns dois milhões. Está ótimo para uma festa que celebra a diversidade e a inclusão. A infra-estrutura foi profissional: bombeitos, policiais militares, guarda metropolitana, pessoal de trânsito, banheiros públicos ao longo do trajeto, postos médicos e informação (em português e em inglês) para todo mundo. Houve farta distribuição de camisinhas e o caminhão do Ministério do Turismo distribuiu bandanas rosa com a inscrição: Diversidade: o Brasil fica mais bonito assim.
Algumas empresas decoraram suas fachadas: Caixa Federal, Conjunto Nacional, lanchonete Bob´s e Citibank. O público compreendia diversos segmentos: idosos, grupos étnicos, crianças com pais ou avós, homens e mulheres das várias opções sexuais e a garotada se divertindo de forma desencanada. Houve poucos incidentes (um atropelamento, algumas brigas isoladas) e muita gente, cada um na sua.
Vi a Parada de dois ângulos: a bordo do trio do Ministério do Turismo (a ministra Marta Suplicy ficou desde o início até perto do final, na Av. Consolação) e depois nas ruas. O clima estava tranquilo e carnavalesco. Cerca de 30 alunos e alunas da USP-Leste aplicaram pesquisas para a SP Turismo. Foi marcante o apoio financeiro e organizacional que a Prefeitura de São Paulo realizou, assim como o apoio institucional do Governo Federal, Caixa federal e Ministério do Turismo.
A Parada, assim como qualquer manifestação de inclusão social, é importante para confirmar e fortalecer espaços conquistados. Espaços na mídia, na política, cultura e economia, na sociedade em geral. Mas um espaço importante é a rua, o espaço urbano tomado pela manifestação.
O tema da Parada foi oportuno: Por um estado laico, sem privilégios ou discriminação. Os religiosos que professam ódio contra o prazer e a liberdade, hetero ou homossexual, representam o que há de pior na sociedade: o ressentimento, tendências autoritárias fascistas e sintomas de repressão ou frustração sexual em si mesmos.
Quanto às críticas sobre uma certa vulgaridade e apologia da farra na Parada, imagino que política de inclusão sexual se faz transando. Deixa o povo se divertir. Com camisinha, sem drogas pesadas, maneirando o álcool e agradecendo a Deus pela festa.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

V Fórum Internacional de Turismo GLS



Na sexta-feira (23/05), à noite, aconteceu na Assembléia Legislativa de São Paulo, o V Fórum Internacional de Turismo GLS, organizado pela Abrat.

Tinha gente do Canadá, da cidade de Miami e do Hotel Axel (Buenos Aires e Barcelona, breve também em Berlim - é o primeiro hotel heterofriendly do mundo).

Estavam os expoentes responsáveis pela organização para Parada GLBTT (ou GLS) de São Paulo e pela vida corporativa turística gay da cidade: Franco Reinaudo, presidente da ABRAT, foi o mestre de cerimônias; Jurema Monteiro, do Ministério do Turismo, falou sobre a importância da segmentação e inclusão de pessoas no mundo das viagens; André Posadas, do Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil, comentou sobbre a crescente consciência dos serviços hoteleiros da cidade face à diversidade. Toni Sando (São Paulo Convention Bureau), Cássio Rodrigo (Prefeitura de SP) e Clovis Casemiro (TAM Viagens) falaram de suas respectivas áreas de atuação. Segundo Toni, a Parada é o maior evento de São Paulo em público e o segundo em arrecadação (uns R$ 300 milhões), atrás apenas da Fórmula 1. Ricardo Hida, consultor do Bureau de Negócios GLS fez a mediação em uma sessão ágil, articulada e sem enrolação, todo mundo sabia o que queria e como conseguir: respeito para um segmento importante da sociedade.

Destque para dois jovens e espertos turismólogos: Jaderson Alencar, da Embratur, é responsável pela captação e divulgação dos roteiros gays brasileiros no exterior e representação junto às organizações internacionais; Tiago Carzetta é diretor da Flex Voyage e da Abrat, representando a entidade em palestras pelo país.

Destaques para o novo Guia São Paulo de Bolso GLS (www.saopaulodebolso.com.br) e para o descoladíssimo site www.theloveland.net que a Embratur fez, em inglês, para divulggar a 12ª Parada de São Paulo no mundo todo.

Na quinta-feira aconteceu a feira cultural GLS na Praça da República com barracas da Caixa, Ministério do Turismo, Prefeitura de SP, organizações de direitos, igrejas que aceitam gays e tendas comerciais diversificadíssimas. Houve farta distribuição de camisinhas e panfletos informativos.

Como bem disse José Simão, não é Semana da Diversidade Sexual, é Semana da Diversão Sexual, afinal o prazer é fundamental para a boa política.

No domingo eu conto sobre a Parada.

Indiana Jones - visto e curtido


Visto o filme, no dia de estréia, ficam os comentários
Atenção: se você for assistir e quiser preservar todas as surpresas NÃO LEIA.



O cara envelheceu (65 anos) mas continua bom de cena;

A volta da mulher terrível do primeiro filme e o novo jovem parceiro convergem para um final bem previsível;

Final feliz, pequeno burguês e adocicado;

Desde 007, em Moonraker (1979), vê-se que a vocação de Foz do Iguaçu é estar na Amazônia, com vários templos pré-colombianos ao redor e que servem de hangar espacial;

Sobreviver a uma explosão atômica dentro de uma geladeira... é d+

Muita pipoca e coca para curtir o cinemão.


segunda-feira, 19 de maio de 2008

Indiana Jones, again



Em 1977, foi Star Wars; em 1981, Indiana Jones e Os caçadores da Arca Perdida. Adrenalina pura. Fantasia total. Movies popcorn coke cool. Massa, mídia e multi. Spielberg e George Lucas detonaram os limites do que se pode fazer com a mente criativa e uma câmera.
Claro que, 27 anos depois, os antigos adolescentes estão babando para conferir se a magia continua e se a mente ainda está sensível ao prazer estético globalizado e afinado por mais tecnologia de efeitos especiais e brainstorms altamente profissionalizados do entretenimento para provocar urghs na platéia.
TEP: Tesão Estético Puro! Nada de reflexões. Ação e visão. Quero ver se Marion Ravenwood traz novas surpresas ao herói. Se rola uma saudade da paixão antiga e se o bom humor e a ironia ainda os unem à vida.
Arcas, cálices sagrados, chicotes, viagens, caveiras de cristal, nazistas e comunistas. That´s the real "welcome to the desert of the real"...




sábado, 17 de maio de 2008

TAM - novidades e curiosidades




Fui para Cuiabá na tarde de quinta-feira e voltei no vôo das 06h00 de sexta-feira. Experimentei o virado a Paulista do novo Festival de Culinária Regional que a TAM oferece em alguns vôos (uns 40). Não é que me surpreendi (assim como outros passageiros)? Estava uma delícia. Muito melhor que aqueles sanduíches anódinos que cercam a vida dos passageiros desde que as reduções de custos começaram a uns anos atrás.


Outra novidade é o Ares da manhã, uma abordagem de marketing para o café da manhã à bordo. Razoável, mas ainda distante dos antigos cafés com torradas, omeletes e donnuts.

Vi, no aeroporto de Congonhas, o Airbus todo assinado pelos(as) funcionários(as), na nova campanha de marketing da empresa.

Finalmente, para os que gostam de aviões, acessem o www.museuasasdeumsonho.com.br para conhecer o museu da TAM em São Carlos (SP). Acima está a foto do DC-3, uma das maravilhas tecnológicas antigas do acervo.


15 Festa Internacional do Pantanal



Fui convidado pelo governo do Mato Grosso (indicado por uma amiga professora) para dar uma palestra sobre Cenários do Turismo na 15ª Festa Internacional do Pantanal, em Cuiabá. Voei para lá quinta-feira á tarde e à noite estava no Centro de Convenções do Pantanal onde falei para uns 240 alunos, professores e profissionais. A Festa reuniu 14 operadores de turismo (11 empresas do Brasil e 3 do exterior). As quatro regiões estavam representadas (Araguaia, cerrado, Amazônia e Pantanal), além de feira de gastronomia, artesanato, cursos e palestras. E, claro, a festa com música, danças e cerveja gelada.
O Secretário de Turismo do Mato Grosso, Yuri Bastos Jorge, é uma pessoa que entende de marketing, é da região e quer desenvolver o turismo de forma sustentável, é óbvio, mas com alta qualidade.
As empresas locais estão em processo de crescente conscientização sobre turismo. Eu vejo que precisam usar mais a internet e seus recursos para se fazerem conhecidas no mundo.
Por exemplo, a foto acima é do site www.josemedeiros.com.br e é da Serra Roncador. Acesse o site para ver mais fotos sensacionais da região, pode até comprá-las on-line.
Depois da palestra fui ao Deck, um restaurante simples e legal, onde comi um pintado com salada que estava uma delícia.
Fiquei treze horas em Cuiabá, mas foi ótimo rever colegas professores (as) e o pessoal do trade interessado em se inserir no turismo nacional. Vou revê-los no III salão Nacional de Turismo, em Sampa.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Universidade Metodista - São Bernardo do Campo (SP)

Na terça-feira à noite fui dar uma palestra sobre "Turismo, cenários e novos negócios" na Universidade Metodista de S. B. do Campo. Fui pela terceira vez no Encontro de Turismo, sendo esse o X ENTUR. Reencontrei amigos(as). O diretor, Rogério, é antigo colega da PUC-Campinas; a Nadja, coordenadora e seu marido, José Roberto, são velhos amigos; o Victor Bauab, da TAM Viagens, é outro conhecido e foi falar sobre sua empresa e a segmentação que a TAM Viagens realiza: turismo de massa, resorts, golfe e público GLS.
A Nadja é uma das coordenadoras mais queridas da turma que eu conheço. É uma mãezona carinhosa, mas severa de vez em quando, que leva o curso em grande estilo. O José Roberto é o novo colega da USP, recentemente aprovado em concurso para docente. Ambos são companheiros do projeto "Caminhos do Futuro" (www.caminhosdofuturo.com.br).
A turma estava animada com o evento e as perguntas no final da palestra mostraram que estão preocupados com seu futuro profissional.
Reiteirei as recomendações:
Ler muito;
viajar;
ir ao cinema, teatro, centros culturais;
abrir a mente;
atualizar-se sempre;
não ser chato ou babaca;
ter bom humor;
vai à luta.
Na quinta-feira à noite darei palestra na 15ª Festa Internacional do Pantanal em Cuiabá, MT. A tuma de Rondonópolis (ex-território do Prof. Panosso) e adjacências já avisou que vai.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Beatriz Helena Gelas Lage - novos desafios

Beatriz Lage aposentou-se da USP. Começa a trabalhar esta semana como assessora de Caio Luiz de Carvalho na São Paulo Turismo. O novo coordenador do curso de Lazer e Turismo da EACH/USP é Ricardo Ricci Uvinha, um nome na área de lazer e de turismo de aventura. Eu passei a coordenar o Núcleo de Lazer e Turismo da USP.
Mas vamos à Beatriz Lage. Ela foi a responsável pelo projeto e implantação do curso de Lazer e Turismo na EACH - Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP, a famosa USP-Leste. Não é fácil fazer isso em uma universidade pública. Hoje o curso tem 21 professores (as) das diversas áreas que articulam o setor de lazer, viagens, turismo, hotelaria, gastronomia e entretenimento, além das disciplinas como administração, economia, geografia, direito, patrimônio histórico...
Conheci Beatriz na década de 1990, quando ela me convidou para escrever A importância da educação para o turismo, em seu livro Turismo Teoria e Prática (São Paulo: Atlas, 2000). Não tiro uma letra do que escrevi a oito anos atrás, o que me satisfaz imensamente. Depois dei aulas no MBA da FEA/USP que ela coordenava, tive seu apoio para prestar a livre docência na Escola de Artes e Comunicações e finalmente prestei concurso para a USP-Leste no final de 2004, onde passei a trabalhar com ela e uma equipe sempre crescente de colegas. No início, em 2005, éramos apenas a Beatriz Lage, o Edson Leite, Ricardo Uvinha, Regina Almeida e eu, Luiz Trigo. Apelidaram o grupo de panetone. Teve até uma festa dos alunos: Panetone na Lage.
Foram momentos interessantes. Pela segunda vez na vida participava da implantação de algo totalmente novo (a primeira vez foi em Águas de São Pedro, no Hotel-Escola do Senac-SP).
Este é o quarto ano da EACH. Missão cumprida, Beatriz parte para outros campos. Mas nossos alunos e alunas continuarão a ter contato com ela, afinal a Mariana Aldrigui, professora responsável pelos estágios, sempre articula projetos com a SP-Turismo (além dos contatos no SP Convention Bureau e dezenas de empresas privadas da área).
Beatriz Lage aposenta-se carregando pedras turísticas. Votos de continuação de sucesso e muita diversão.

Algumas coisas sobre minha mãe

Domingo foi dia das Mães. Comemorei na casa de minha prima Vanira Godoy, a matriarca que reuniu filhos, netos, bisnetos, primos e sobrinhos em sua casa com um almoço, como sempre, delicioso. A goiabada e a cocada caseiras da sobremesa fariam um mineiro ortodoxo roer-se de inveja e despeito.

Mas a minha mãe chamava-se Aurea Anunciação Américo de Godoi (o Trigo é de papai). Morreu em 1975, em Campinas, de ataque cardíaco, quando eu tinha 16 anos (fui filho único, semi-mimado). Era professora de história e geografia e há uma escola estadual em Campinas com seu nome. Já coloquei seu nome no google para matar saudades. Memória virtual...

Quando morre alguém querido a gente sente uma coisa estranha mas isso não é para ser um sentimento ruim. Saudades são boas, porque remetem a bons momentos.

As melhores memória que tenho da mãe:

1. O bolo salgado que ela fazia (exceção culinária, em geral não cozinhava).

2. As histórias em quadrinhos que ela me comprava (Disney) e onde aprendi a ler.

3. As sessões de cinema no domingo de manhã.

4. As sopas nas noites de inverno, em nossa casa.

5. Os Natais passados com os tios e primos(as).

6. O carinho com que ela cuidou de sua própria mãe ao longo da doença fatal.

7. Sua segurança em me educar (afinal eu era rebelde e teimoso). Era???

8. Fui seu aluno na oitava série, era divertido e instigante (para mim e para ela).

9. O prazer de lhe pagar, com meu próprio dinheiro, um lanche nas Lojas Americanas, um mês antes de sua morte.

10. As férias nas praias paulistas.

11. Lembrar de nossa curta história em comum dando risadas. Bom e saudável.

Expo Tur ES 2008 - Parte II



A festa continuou animada. Teve desde fórum de tuurismo até encontro de secretários municipais, feira gastronômica e premiação dos destaques de 2007 em um bem regado coquetel.
Dei minha palestra sobre Ética e Turismo no dia 10, sábado, depois de comer uma moqueca de siri desfiado no Pirão, muito bem acompanhado da turma capixaba ligada à universidade e às empresas públicas e privadas.
Dois destaques sociais importantíssimos: O Prof. Anderson Pereira Portuguez, atuante no estado e de nome nacional, coordenou uma mesa onde a Profa. Marilia Gomes Ghizzi Godoy (Universidade São Marcos - SP) falou sobre as sociedades indígenas e o turismo. O Sr. Leonardo Ventura falou sobre as comunidades quilombolas e o turismo, ele mesmo atuante em sua comunidade. Leonardo citou o apoio do Centro Universitário São Camilo, de Cachoeiro do Itapemirim (ES), que deu bolsas de estudos universitárias para mais de 30 pessoas e agradeceu o Prof. Wellington Correia, coordenador da instituição. Parabéns à São Camilo por essa ação efetiva e eficaz de ação social. O prof. Tiago Carzetta, empresário e diretor da Abrat-GLS (São Paulo), falou sobre o público GLS, a importância do mercado e da sociedade entenderem esse nicho social e mercadológico.
Outro ponto importante é o projeto Pinte nas rotas do turismo do Espírito Santo. Realizado por Márcia Lins rosas e Míriam Rosas Mangueira, o projeto foi lançado em meio de 2006 e propõe a união do lúdico, da arte e das imagens para ensinar às crianças e jovens sobre as rotas do estado. Elas criaram uns toteiros ilustrados em preto e branco (62cm X 42cm) para serem coloridos. São lindos e de muito bom gosto. A criançada diverte-se colorindo o imaginário de sua região preferida.
Destaque também para o excelente trabalho que o estado faz no projeto Caminhos do Futuro, sob responsabilidade do Ministério do Turismo em parceria com o Núcleo de Lazer e Turismo da USP. Veja http://www.caminhosdofuturo.com.br/
Em suma, o estado está a caminho de estruturar seu turismo de uma maneira sólida e consistente.
Destaque para a ABAV/ES e Win Central de Eventos que organizaram o evento. Viajo muito pelo país e poucas vezes vejo um serviço de organização, acompanhamento dos palestrantes e dos participantes tão eficiente e hospitaleiro. Parabéns pela competência e seriedade.

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Expo Tur Vitória-ES

Estou em Vitória, ES. Sexta-feira de sol, céu azul, tempo cálido.
O ExpoTur é um tipo de Salão do Turismo local, seguindo bem as diretrizes do Plano Nacional de Turismo do Ministério. O estado entendeu que não pode mais ficar marcando, entre Rio e Bahia, como mero espectador. Precisa apanhar os turistas que passam e mantê-los felizes na região.
Encontrei velhos amigos: Mário Petrocchi, grande mestre e escritor, sempre de bom humor; o Dionísio, diretor regional do Senac-ES, não estava no estande mas sei que continua fazendo discípulos na universidade Vila Velha. Cumprimentei o secretário de Turismo Marcus Antonio Vicente pelo trabalho em geral, mas especialmente pelo excelente desempenho do projeto Caminhos do Futuro na região. Revi o Raimundo Peres. Ele trabalhou na Bahia, Foz do Iguaçu e agora está no Convention bureau da região metropolitana de Vitória. É um cara que entende o turismo de forma integral, articulando regiões, temas e opções que se complementam. Quando ele estava em Foz do Iguaçu já falava que tinha que vender Missões no Brasil Paraguai e Argentina e o Pantanal. Mente sadia, vê as árvores e o bosque.
Encontrei colegas docentes e ex-alunas, uma até me deu um quati de pelúcia, lembrança do estande de Foz. Está no meu apartamento de hotel.
Amanhã será minha palestra sobre Ética e Turismo. Às 14h00. Mas antes tenho um encontro com a moqueca capixaba de siri catado, no almoço. Ô saudade!

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Baiano é mais burro que os outros?


Claro que não. Esse tipo de discurso tem cheiro, cor e forma de racismo.

Fui ver o currículo Lattes do Prof. Antonio Natalino Manta Dantas, ex-coordenador do curso de Medicina da UFBA que afirmou que os baianos tem menos condições intelectuais, desancou o berinbau e outras bobagens rastaqueras. Que currículo ruim, hein professor?


O currículo Lattes é um documento público para docentes e pesquisadores. Veja abaixo a cópia que fiz do currículo dele: está dois anos desatualizado (acesso em 05/05/2008). O cara sempre foi um burocrata e tem pouca coisa publicada. Pode acessar pelo link para conferir.


Última atualização do currículo em 22/05/2006 Endereço para acessar este CV: http://lattes.cnpq.br/2799698665332386


Vamos aos fatos:

1. Ele, como ex-coordenador (renunciou hoje) deveria ter seu currículo atualizado, pois é obrigação de todo docente ou pesquisador para que as pessoas saibam de suas atividades. Ter o Lattes desatualizado é um mau sintoma para quem está na ativa;

2. Ele tem um perfil bastante administrativo. Pouca pesquisa e publicações. Com 69 anos é um dos antigos da área, devia saber como falar ou não falar ao público;

3. Uma amiga me disse que alguns estudantes da medicina da UFBA teimam em não fazer o provão e isso ajuda a derrubar a nota. Por que ele não chamou a atenção dos seus alunos, se é que isso é procedente?

4. Esse discurso ainda é muito recorrente no Brasil. Revela um racismo, um preconceito encardido, um ressentimento rançoso e uma completa falta de visão mais avançada da sociedade e da cultura.

5. Não há povos ou raças inferiores (mais estúpidas, mais preguiçosas, mais safadas etc.), isso a antropologia já mostrou. Existe o preconceito, a arrogância dos que se acham superiores aos outros, provavelmente porque carregam consigo traumas e complexos do passado. Há manifestações culturais mais complexas ou difíceis de serem criadas e reproduzidas, mas essas manifestações acontecem em todos os segmentos, etnias e classes sociais.

A UFBA já tomou providências. Ele renunciou ao cargo e se desculpou em público. É justo e decente. Burrice é o preconceito. Primitivo é o pensamento, outrora nazista, de que um ser humano pode ser superior ao outro por qualquer motivo (inteligência, genética, força, poder, riqueza, estética...). De resto, o curso de medicina da UFBA que se arranje para ir melhor na próxima avaliação do Ministério da Educação.


Dá-lhe Bahia!


A sociedade pós-industrial ... 10 anos!

Meu livro A sociedade pós-industrial e o profissional em turismo completa dez anos. Foram sete edições pela editora Papirus, de Campinas.
O livro é a minha tese de doutorado (Filosofia da Educação, Unicamp, 1996) adaptada para o mercado editorial, quer dizer, sem tabelas e outras coisas chatinhas que uma tese precisa ter.

Foi uma delícia escrever esse texto. Fiz o doutorado entre 1993 e 1996 e passei os últimos dois anos no Grande Hotel São Pedro, do Senac, em Águas de São Pedro, onde escrevi a maior parte da tese na tranquilidade das águas. Morava em Campinas uma parte da semana, pois dava aulas na PUC-Campinas, e a outra parte ficava em Águas. Trabalhava bastante implantando a faculdade no Hotel-Escola, mas também tinha todas as mordomias do hotel.
Defendi a tese em 1 de outubro de 1996, no salão de defesas da Faculdade de Educação da Unicamp. Banca boa e braba: Nelson Carvalho Marcellino, Constança Marcondes César, Newton Aquiles von Zuben, Janete ... (droga, esqueci) e o meu super-orientador Régis de Moraes. Passei com nota máxima. Lembro que fomos comemorar com um almoço em Barão Grealdo, num restaurante de frutos do mar que não existe mais.
Aí a minha amiga Margarita Barretto aceitou o texto para a Coleção Turismo, da ed. Papirus. Me ajudou a editar, deu palpites mil, aconselhou e finalmente, em 1998, lançamos a criatura. O lançamento foi no bar do Rubem Alves, em Campinas, mas houve lançamentos também em São Paulo e em alguns lugares do Brasil.
O livro não será re-editado. Livros também morrem, ainda mais depois de todas as mudanças nacionais e globais da última década. Não é um livro perene e sim um texto que pretendeu analisar determinado período histórico. Depois que ele se esgotar ficará nas bibliotecas e sebos da vida. Mas outro livro o substituirá, em breve. Aliás, o Análises regionais e globais do turismo brasileiro (2005) e Entretenimento - uma crítica aberta (2003), em parte o substituem.
Fica aqui meu contentamento pelos dez anos e sete edições deste livro que tanto significou na minha vida pessoal e acadêmica.


Fotos descoladas de Marisa Vianna, baiana

Marisa Vianna é uma fotógrafa descolada de Salvador. Seu site é http://www.marisavianna.com.br/ .

Sua temática é urbana, religiosa (igrejas e candomblé), natureza, praias, festas e aquela trama dos tambores e cores que forma a capital baiana. Veja mais fotos no site.


Em 2002, ela publicou um livro de fotos delicioso chamado Salvador cidade da Bahia.




Recentemente ela publicou as fotos em preto e branco, com pequenos detalhes coloridos, na forma de um livro que se divide em cartões postais. As legendas são de Mag Magnavita.



Essa foto tirada ao lado do elevador Lacerda, cidade alta, ao lado daquelas balaustrada que se dependuram sobre a cidade e o mar. Devia ser uma madrugada de carnaval e uma criatura festiva sentia a brisa e olhava o oceano através de seus véus etílicos e eflúvios bem-cheirosos do loló.


domingo, 4 de maio de 2008

Feriadão morgado


Ainda bem que não fui à praia tomar chuva e nem para o Rio Grande do Sul, no ciclone. Fiquei em casa, morgando. Escrevi um pouco, comi bem, fui ao cinema (Iron Man, very cool) e visitei uns parentes. E dormi acintosamente.

A semana será mais ou menos tranquila. Dia 10 estarei em Vitória (ES), dando uma palestra sobre Ética e Turismo num evento do estado do Espírito Santo. Matarei a saudade da moqueca de siri catado (ou desfiado, sei lá).

Esses dias de outono tem uns crepúsculos delirantes. Se não chover, então, é demais. Os dias mais frios ajudam o processo de beber/comer/dormir e daqui a pouco a gente já pensa onde viajar em julho. Mas antes tem as festas juninas, as provas na facu, alguns compromissos agendados e um imenso texto para terminar até meados de junho.

Por ora, saudades das últimas férias de julho...

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Momentos da Aviesp 2008

Imagens da festa da Aviesp, em Águas de Lindóia (SP). O povo na noite de sexta-feira estava animado. Veja o texto no meu blog, no mês de abril 2008.

Tom Cavalcante na noite da CVC (em parceria com o Ceará), fazendo suas gracinhas.


Guilherme Paulus (CVC) em ótimo humor, apresentando a noite de show e jantar da sexta-feira. Paulus escreveu o prefácio do livro sobre segmentação em turismo (organização Alexandre Panosso Netto - USP e Marília Gomes dos Reis Ansarah - UNIP), que será lançado no início do segundo semestre pela ed. Manole. Todos os turismólogos doutores lá estarão, cada um com um texto específico. Não perca. Avisarei na época do lançamento.


A festa da Aviesp foi cool. Acima, William Périco e eu fazendo a maior pose séria na solenidade de abertura. Leia texto sobre William no meu blog, (abril, 2008).



Investment grade - o que esperar de bom?

O Brasil entrou formalmente no segmento dos países melhorzinhos para se investir e negociar. Eu penso que é um avanço significativo. Na internet, os comentários se dividem em: o mérito é dos governos anteriores; o mérito é do atual governo; isso não adianta nada porque os problemas do país permanecem. Vamos aos fatos:

1. O Alain Minc escreveu, em 1994, no livro A nova idade média, que "Se a Rússia conseguir algum dia trocar seu caos por uma desordem como a do Brasil, terá ganho a partida." (São Paulo: ed. Ática, p. 41). O resto do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), a Turquia, o México, tem um monte de problemas e nem por isso deixam de celebrar suas vitórias pontuais.

2. Imagine se fosse o contrário? Se o país tivesse sido rebaixado no ranking mundial de investimentos. De quem seria a culpa? Do atual governo, claro. Portanto a quem cabem os méritos? A vitória tem muitos pais, mas a derrota é orfã.

3. Ainda há muito a ser feito. Por exemplo, a FIAT investirá R$ 6 bilhões no Brasil, até 2010; a telefônica investiu US$ 10 bi, nos últimos dez anos. Las Vegas está investindo US$ 12 bi em projetos turísticos; Cingapura investirá US$ 15 bi em projetos de lazer e turismo até 2012. Há muito dinheiro rolando no mundo a procura de um ninho seguro para procriar.

4. O país tem petróleo, água e alimentos. Tem a gente, um povo doido e legal. Tem territórios imensos a espera de desenvolvimento (sustentável, de preferência). Tem indústria, serviços e setor agro-pecuário. E temos os nosso problemas, como os outros países nesse lado da galáxia. Chega do "complexo de vira-lata" do Nelson Rodrigues. E chega também de ufanismo babaca.

Às festas! Ao trabalho!